Caminhando entorpecido à noite, pela cidade, um homem cai em um buraco. Muito assustado, percebe que só não caiu mais por conta de arbustos, pedras e galhos que o seguraram. Pela manhã, começa a pedir ajuda aos transeuntes, mas ninguém o ajuda. Por fim, o homem consegue sair sozinho e percebe que não foi tão difícil assim.
Um homem no buraco é a adaptação ilustrada de um conto do escritor proletário Lucien Jean (1870-1908) relembrado e narrado em carta enviada da prisão por Antonio Gramsci em junho de 1932 para sua esposa Iulca (apelido de Giulia Schucht). Durante seu cárcere, Gramsci escreveu diversas cartas nas quais narrou ou traduziu contos populares e reviveu memórias de sua infância na Sardenha como forma de se comunicar com os filhos e os sobrinhos. São alguns desses textos que formam a coleção Nino, da Boitatá. Um homem no buraco é o segundo título da coleção, precedido por O rato e a montanha (2019). Raysa Fontana ilustra a história com cores vivas.
Na edição de 3 de dezembro de 1919, o jornal L’Ordine Nuovo publicou uma tradução resumida do conto de Lucien Jean acompanhada por uma apresentação, provavelmente redigida por Gramsci, chamando atenção para a exigência do movimento proletário de desenvolver “formas próprias” e “instituições próprias”, ou seja, mover-se a partir da própria inteligência e ânimo. Analisando as palavras de Gramsci, tanto no texto para o jornal quanto nas cartas trocadas entre ele e Iulca, vê-se a interpretação do autor em relação ao conto, uma alegoria sobre a necessidade de pensar de maneira independente e buscar soluções por conta própria.Caminhando entorpecido à noite, pela cidade, um homem cai em um buraco. Muito assustado, percebe que só não caiu mais por conta de arbustos, pedras e galhos que o seguraram. Pela manhã, começa a pedir ajuda aos transeuntes, mas ninguém o ajuda. Por fim, o homem consegue sair sozinho e percebe que não foi tão difícil assim.
Um homem no buraco é a adaptação ilustrada de um conto do escritor proletário Lucien Jean (1870-1908) relembrado e narrado em carta enviada da prisão por Antonio Gramsci em junho de 1932 para sua esposa Iulca (apelido de Giulia Schucht). Durante seu cárcere, Gramsci escreveu diversas cartas nas quais narrou ou traduziu contos populares e reviveu memórias de sua infância na Sardenha como forma de se comunicar com os filhos e os sobrinhos. São alguns desses textos que formam a coleção Nino, da Boitatá. Um homem no buraco é o segundo título da coleção, precedido por O rato e a montanha (2019). Raysa Fontana ilustra a história com cores vivas.
Na edição de 3 de dezembro de 1919, o jornal L’Ordine Nuovo publicou uma tradução resumida do conto de Lucien Jean acompanhada por uma apresentação, provavelmente redigida por Gramsci, chamando atenção para a exigência do movimento proletário de desenvolver “formas próprias” e “instituições próprias”, ou seja, mover-se a partir da própria inteligência e ânimo. Analisando as palavras de Gramsci, tanto no texto para o jornal quanto nas cartas trocadas entre ele e Iulca, vê-se a interpretação do autor em relação ao conto, uma alegoria sobre a necessidade de pensar de maneira independente e buscar soluções por conta própria.