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Teorema da expropriação capitalista
Autoria de Klaus Dörre
Conjunto de textos que desvenda o regime de expropriação capitalista e a luta pela transformação social, questionando o crescimento material contínuo e o papel da acumulação. Uma análise crucial para compreender as dinâmicas do capitalismo e as alternativas em um mundo em transição.
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Desenvolvido pelo autor ao longo dos anos e, hoje, amplamente discutido no mundo de língua alemã e inglesa, o teorema do “regime de expropriação capitalista” é ancorado nas contribuições de Rosa Luxemburgo e sua discussão acerca do estatuto da “assim chamada acumulação primitiva” em O capital, de Karl Marx. O autor formulou tal teorema para abordar como a expansão do modo de produção capitalista traz impactos notáveis para as reflexões que envolvem classes sociais, Estado e precarização.

Sua premissa é a de que o capitalismo é “uma economia de mercado que se autonega continuamente”. Para Dörre, o pensamento econômico liberal, baseado na ideia de concorrência e eficiência como ausência de coação e regulação, mascara tanto a dinâmica capitalista quanto a dimensão político-estatal de seu projeto. Se, de um lado, a própria economia ortodoxa reivindica o Estado como fórum que determina as regras do jogo, de outro, Dörre mostra que os atores de mercado operam com base em mecanismos de cooperação. Nesse sentido, o autor sustenta que a tese da economia pura de mercado desempenha função ideológica e estratégica (pois, em situações de crise, pode sempre atribuir a culpa ao erro da regulação existente e se manter eternamente válida). A partir desta crítica, Dörre conclui que a intervenção estatal é uma constante no desenvolvimento do capitalismo.

A obra é um conjunto de textos escritos pelo autor ao longo dos anos e apresenta uma chave de leitura sociológica para compreender os atuais fenômenos do capitalismo, notadamente em sua configuração financeira. Primeira compilação de Dörre lançada no Brasil, trata-se de uma análise inovadora, fundada em interpretações consistentes do marxismo e em pesquisas rigorosas, o que justifica seu amplo impacto internacional.
 

Trecho do livro

Existem alternativas? Crise financeira global, exaustão, bloqueios invencionais e pós-democracia mostram que o regime de expropriação do capitalismo financeiro provoca limitações intrínsecas. Tais limitações não foram criadas por movimentos de protesto, e sim por mecanismos centrais de funcionamento do sistema. Na medida em que isto se converte em conhecimento consciente dos grupos subalternos, surgem possibilidades de mudanças. Ao lado da exaustão e da resignação, surgem oportunidades, críticas, oposição e resistência. Até mesmo grupos precarizados são eventualmente capazes de revolta e protesto. Bloqueios invencionais podem causar um declínio econômico, mas também podem fortalecer os motivos para uma mudança política.

Autoria de Klaus Dörre
Tradução de Cesar Mortari Barreira e Iasmin Goes
Apresentação e revisão técnica de Guilherme Leite Gonçalves
Coedição de Fundação Perseu Abramo
Texto de orelha de Lena Lavinas
Texto de quarta capa de Ruy Braga e Virgínia Fontes
Apoio de DFG-Kolleg Postwachstumsgesellschaften
Capa de Antonio Kehl
Número de páginas: 248
Dimensões: 23 x 16 x 3 cm
Peso: 349,7 g
ISBN: 9786557171639
Encadernação: brochura
Ano de publicação: 2022