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Petrobras e petroleiros na ditadura
trabalho, repressão e resisrência
No ano em que se completam 60 anos do golpe civil-militar no Brasil, chega às livrarias a obra Petrobras e petroleiros na ditadura: trabalho, repressão e resistência, coletânea que aborda a relação entre a Petrobras e a ditadura no país. Fruto de investigação realizada ao longo dos últimos anos, o livro aprofunda e amplia o pouco que sabemos sobre a colaboração da maior empresa do Brasil com o brutal regime de exceção que imperou no país durante 21 anos.
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No ano em que se completam 60 anos do golpe civil-militar no Brasil, chega às livrarias a obra Petrobras e petroleiros na ditadura: trabalho, repressão e resistência, coletânea que aborda a relação entre a Petrobras e a ditadura no país. Fruto de investigação realizada ao longo dos últimos anos, o livro aprofunda e amplia o pouco que sabemos sobre a colaboração da maior empresa do Brasil com o brutal regime de exceção que imperou no país durante 21 anos.
 
A obra se divide em quatro partes. De início, os autores abordam o contexto de criação da Petrobras e seu papel estratégico no projeto desenvolvimentista da época. Em seguida, os textos tratam das motivações do golpe, da colaboração entre a empresa e o regime, e das consequências da nova ordem na vida dos trabalhadores e na atuação dos sindicatos. Construído esse embasamento, os autores falam dos beneficiários das ações da empresa no período, além de apresentar casos emblemáticos de crimes ambientais perpetrados tanto pela Petrobras quanto pelos militares. Por último, temos um olhar para o futuro e um debate sobre a atual crise climática e uma possível justiça de transição.
 
O lançamento da obra coincide com o momento de fragilidade democrática que o país atravessou nos últimos anos. Na apresentação, os autores destacam o retorno significativo dos militares em cargos estratégicas durante o mandato de Jair Bolsonaro e refletem sobre a dificuldade da sociedade civil em criar um futuro livre de repressão e violência: “O nunca mais, apesar de manter sua importância e vigor, fragiliza-se em termos de efetividade, porque não tem a força que resulta da compreensão crítica e socialmente referenciada do passado e de sua incorporação à memória coletiva. Assim, assistimos, por um lado, ao es­praiamento e à naturalização de condutas que violam direitos fundamentais; por outro, às vivências reiteradas da violência”.

Trecho do livro

A Petrobras é responsável pela falta de cuidados e de adoção de medidas preventivas e acautelatórias em suas atividades produtivas e de transporte de combustíveis. Os moradores de Pojuca e de Vila Socó serviram como testemunhas de horripilantes cenas, que lhes marcaram o corpo, a alma e a memória. O que nos parece é que, para a empresa, essas pessoas inexistiam. Uma marca da ditadura que pode ser lida em vários capítulos deste livro: a falta de sensibilidade, a indiferença e, por vezes, a anulação de pessoas pobres e vulneráveis, mesmo sendo adolescentes e crianças, mesmo sendo famílias inteiras”.

Autoria de Luci Praun, Alex de Souza Ivo, Carlos Freitas, Claudia Costa, Julio Cesar Pereira de Carvalho, Luiz Marques, Márcia Costa Misi, Marcos de Almeida Matos e Vitor Cerqueira Góis
Organização de Luci Praun, Alex de Souza Ivo, Carlos Freitas, Claudia Costa, Julio Cesar Pereira de Carvalho, Márcia Costa Misi, Marcos de Almeida Matos
Prefácio de Rosa Maria Cardoso da Cunha
Prólogo de Victoria Basualdo
Texto de orelha de Raimundo Lopes
Texto de quarta capa de Ricardo Antunes
Páginas: 352
Formato: 23cm x 16cm x 3cm
Peso: 400g
Ano Publicação: 2024
Encadernação: Brochura
ISBN: 9786557173763

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