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Nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), houve um impulso nas privatizações. Em 1997, a CVRD foi privatizada em um processo do qual saiu vitorioso um grupo de empresas liderado por Benjamin Steinbruch (que, pouco tempo antes, havia comprado a siderúrgica estatal CSN), bancos e fundos de pensão. Os argumentos para a privatização apresentados pelo governo à época seguiram o padrão ideológico – naquele momento muito em evidência no mundo e na América Latina em particular – do “Consenso de Washington”. [...] A CVRD, no entanto, foi historicamente uma empresa muito lucrativa. Nos três anos anteriores à privatização, os lucros da CVRD foram de US$ 304 milhões (1994), US$ 721 milhões (1995) e US$ 558 milhões (1996). No entanto, as políticas de ajuste estrutural, como privatizações, estabilização de preços, liberalização dos mercados, desregulamentação e austeridade fiscal, foram uma agenda formulada e implantada de forma antidemocrática, desenhada em Washington e imposta sem debate, por meio da tutelagem de instituições como o FMI e o Banco Mundial, cujo objetivo era assegurar a capacidade de pagamento dos países devedores.