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O patriarcado do salário
Autoria de Silvia Federici
Série de artigos que explora a relação entre marxismo e feminismo, destacando o papel crucial do trabalho não remunerado das mulheres na sustentação do sistema capitalista. A autora desafia concepções tradicionais e oferece perspectivas inovadoras sobre gênero, tecnologia e lutas sociais.
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O patriarcado do salário, da filósofa italiana Silvia Federici, traz ao leitor uma série de artigos que abordam a relação entre marxismo e feminismo do ponto de vista da reprodução social. Retomando diversas discussões presentes nas obras de Karl Marx e Friedrich Engels, a autora aponta como a exploração de trabalhos como o doméstico e o de cuidados, exercido pelas mulheres sem remuneração, teve e tem papel central na consolidação e na sustentação do sistema capitalista.

Revisitando a crítica feminista ao marxismo e trazendo para o debate perspectivas contemporâneas sobre gênero, ecologia, política dos comuns, tecnologia e inovação, Federici reafirma a importância da linguagem, dos conceitos e do caráter emancipador do marxismo. Ao mesmo tempo, esclarece por que é preciso ir além de Marx e repensar práticas, perspectivas e ativismo a fim de superar a lógica social baseada na propriedade privada e desenvolver novas práticas de cooperação social.
 

Trecho do livro

Depois que a esquerda aceitou o salário como a linha divisória entre trabalho e não trabalho, produção e parasitismo, uma enorme parcela do trabalho não assalariado que as mulheres realizam dentro de casa para o capital passou despercebida das análises e estratégias de esquerda. De Lênin a Gramsci, toda a tradição da esquerda concordou com a “marginalidade” do trabalho doméstico para a reprodução do capital e com a marginalidade da dona de casa para a luta revolucionária. Para a esquerda, na condição de donas de casa, as mulheres não sofrem por causa da evolução capitalista, mas pela ausência dela. Nosso problema, ao que parece, é que o capital não organizou nossas cozinhas e nossos quartos, o que gera uma dupla consequência: a de que nós aparentemente trabalhamos em um estágio pré-capitalista e a de que qualquer coisa que fazemos nesses espaços é irrelevante para a transformação social. Pela lógica, se o trabalho doméstico é externo ao capital, nossa luta nunca causará sua derrocada.

Autoria de Silvia Federici
Tradução de Heci Regina Candiani
Texto de orelha de Bruna Della Torre
Apoio da Fundação Rosa Luxemburgo
Capa de Ronaldo Alves, sobre obra de Vânia Mignoni
Número de páginas: 208
Dimensões: 20 x 13 x 2,0 cm
Peso: 293,3 g
ISBN: 9786557170540
Encadernação: brochura
Ano de publicação: 2021

SubTítulo 295042

notas sobre marx, gênero e feminismo (v.1)