O caracol e sua concha retoma, de forma polêmica e combativa, a teoria de Ricardo Antunes, um dos mais destacados sociólogos marxistas da atualidade, sobre a centralidade da categoria "trabalho".
A tese central apresentada no livro afirma que o progresso científico-tecnológico no capitalismo contemporâneo não resulta, como expõe a corrente eurocêntrica, no fim da teoria do valor trabalho. O núcleo teórico de sua argumentação é inspirado em Marx e em sua ideia de que o saber rigoroso e o conhecimento técnico-científico desempenham papel fundamental na transformação da produção.
Ricardo Antunes empreende um estudo sobre a alteração produzida pela incorporação da ciência e da tecnologia na composição orgânica do capital e nas suas relações entre trabalho produtivo e improdutivo, manual e intelectual, material e imaterial e na forma assumida pela divisão sexual do trabalho, interferindo na nova composição das classes sociais do capitalismo contemporâneo globalizado.