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Margem Esquerda 24
Autoria de Vários
Desde 2003 a Margem Esquerda, revista semestral da Boitempo, se dedica a enfrentar os principais desafios de nosso tempo histórico. Com rigor teórico e compromisso com a construção de um mundo justo e livre de opressões, cada edição apresenta dossiê temático, artigos, entrevistas com alguns dos principais teóricos do marxismo e ativistas políticos, além de poesias, resenhas e um ensaio visual.

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A Boitempo Editorial, que completa 20 anos de atividade em 2015, lança em junho a 24ª edição da Revista Margem Esquerda. São muitas as formas de discutir as cidades. O dossiê desta edição, “Cidades em conflitos, conflitos nas cidades”, organizado por João Sette Whitaker Ferreira, com a colaboração de Karina de Oliveira Leitão, o faz por meio da análise da crise no espaço urbano e dos conflitos dela decorrentes.

Embora com enfoques diversos, os textos de Agnes Deboulet, Flávio Villaça, Gabriel De Santis Feltran e Tom Angotti concordam que a segregação urbana se intensifica com a desigualdade social e colocam em pauta formas, soluções e modelos de organização do espaço público, buscando enfrentar os impasses do presente e os desafios do futuro.

Ilustra o dossiê um ensaio do fotógrafo Mauro Restiffe, que, segundo o editor de imagens Sergio Romagnolo, “mostra a sua e a nossa perplexidade diante do mundo, de Moscou ao Complexo da Maré”. A fotografia de Restiffe é química, como aquela inventada há 150 anos.

Para analisar as metrópoles como palco de conflitos, não poderia faltar a figura da polícia, a parte mais visível do aparelho repressivo do Estado. Assim, na seção Artigos, os leitores encontrarão o texto “Por que tem sido tão difícil mudar as polícias?”, de Luiz Eduardo Soares. Esta Margem enfrenta também o difícil tema da xenofobia, do avanço do neofascismo e do fortalecimento de partidos da extrema-direita na Europa. O sociólogo italiano Pietro Basso aponta a intensificação do racismo de Estado, contra o qual emerge um antirracismo de classe capaz de aproximar trabalhadores nacionais e imigrantes.

Ainda na seção Artigos, Mario Duayer contribui com “Jorge Luis Borges, filosofia da ciência e crítica ontológica”, em que vai da literatura à filosofia da ciência para sustentar o caráter incontornável da razão para a práxis transformadora. Já Michael Löwy nos brinda com um texto sobre Lucien Goldmann, intelectual marxista nascido em 1913, na Romênia, que estudou a filosofia de Kant e o pensamento de Lukács, mas se interessava também pela visão trágica de mundo dos jansenistas e de Pascal.

O entrevistado desta edição é o intelectual nova-iorquino Immanuel Wallerstein, uma das principais referências teóricas dos movimentos antiglobalização, de quem a Boitempo publicou o livro O universalismo europeu, em 2007. Na entrevista – realizada por Daniel Bin, com a colaboração de Emir Sader, João Alexandre Peschanski e Luiz Bernardo Pericás –, Wallerstein fala sobre sua formação, a crise estrutural do sistema-mundo e questões relacionadas à política internacional dos Estados Unidos.

Na seção Clássico temos um verbete enciclopédico escrito pelo revolucionário russo Leon Trotski sobre outro genial líder bolchevique, Vladimir Ulianov Lenin. Escrito em 1926 para a 13ª edição da Enciclopédia Britânica, o texto foi traduzido por José Eudes Baima Bezerra e editado por Alexandre Linares.

As Homenagens são para Leandro Konder, morto em novembro de 2014 – “outro revolucionário cordial”, nas palavras de José Paulo Netto –, que reuniu, como poucos, firmeza teórica e gentileza, na mais fiel tradução da máxima “hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás” – e para o escritor uruguaio Eduardo Galeano, morto em 13 de abril de 2015. O autor de As veias abertas da América Latina é lembrado em texto de Emir Sader. Esta edição traz ainda uma resenha do livro Intérpretes do Brasil, organizado por Luiz Bernardo Pericás e Lincoln Secco, e quatro notas de leitura, além de um poema do tunisiano Aboul-Qacem Echebbi, traduzido por Flávio Aguiar.

No ano em que celebramos sete décadas da vitória dos Exércitos Vermelhos sobre o eixo nazifascista e quatro da vitória vietnamita sobre os Estados Unidos, recordamos com pesar as mortes de Roque Dalton – comunista, poeta, pensador e revolucionário salvadorenho –, assassinado em 1975, e de Inês Etienne Romeu. Ex-dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e única sobrevivente da Casa da Morte, em Petrópolis – aparelho clandestino de tortura do regime militar que executava presos políticos –, Inês faleceu no dia 27 de abril, em Niterói, aos 72 anos. Esta edição é dedicada a eles, e também a Konder, Galeano e tantos outros que empenharam sua vida em fazer deste um mundo mais justo e igualitário.
 
Número de páginas: 160
Dimensões: 23 x 16 x 0,5 cm
Peso: 225,6 g
ISBN: 9771678768424
Encadernação: Brochura
Ano de publicação: 2015