Homens partidos: comunistas e sindicatos no Brasil, de Marco Aurélio Santana, é o resultado de um esforço rigoroso e ousado de reconstrução de um importante momento da história social brasileira, tomando como fio condutor a ascensão e a queda do Partido Comunista Brasileiro, o PCB. O autor privilegia o período de 1945 a 1992, tendo como viés a correlação do partido com o movimento sindical.
Em Homens partidos, o autor examina não apenas a trajetória de vida e morte do PCB, mas também o seu legado, reconstituindo um amplo período de atuação, particularmente na luta contra a ditadura, pós-64. O livro mostra um partido vivo e dinâmico, construindo, por meio de embates, seus rumos. Com uma trajetória marcada pela perseguição, o PCB buscou desenvolver uma rápida ocupação de espaços no movimento sindical que servisse de instrumento para credenciá-lo como força de peso no interior do cenário político nacional.
Marco Aurélio Santana proporciona ainda reflexões sobre o Partido dos Trabalhadores e a Central Única dos Trabalhadores. O leitor percebe que o antigo PCB se extinguiu, mas seu legado não deve ser desconsiderado, especialmente quando pensamos a atuação de partidos socialistas e de organizações que defendem a classe trabalhadora do Brasil.