As minhas revoluções soviéticas
Por Flávio Aguiar / "A evocação mais pungente e pessoal dos tempos soviéticos se deu em conversa com um velho professor de História e militante comunista. Perguntado se ele tinha saudade do regime comunista, ele disse que não (isto em 1996, cinco anos depois da queda do Muro). Disse que o regime virara algo policialesco, mais ocupado em controlar seus cidadãos do que em combater 'o outro lado'. Mas acrescentou: 'eu tenho saudades dos sonhos que tive, e hoje não tenho mais'. Esta crônica é dedicada, como homenagem, a este velho militante, o Comunista Desconhecido, cujo nome não sei, e a seus sonhos. Que eles possam renascer das cinzas em que hoje estamos mergulhados." [...]