pacificação

Intervenção federal no Rio: o exército nas ruas

21/02/2018 // 11 comentários

Por Marcos Barreira / "Não há nenhuma novidade no recurso às Forças Armadas para solucionar crises políticas locais. Também a atuação de militares no comando da segurança não é nova, mas eles ocupavam um cargo civil. Se há diferenças, nos dias de hoje, é que, em primeiro lugar, a intervenção federal foi devidamente formalizada, com direito a cerimônia oficial; em segundo lugar, ao definir as atribuições do interventor, o decreto de Temer substitui a autoridade civil por uma militar, modificando a natureza do cargo administrativo." [...]

“Onda conservadora” ou declínio social?

17/10/2017 // 10 comentários

Por Marcos Barreira / "O que aparece como uma “onda” de intolerância para a consciência horrorizada de minorias “progressistas” é apenas a crise do pacto social e o retorno das contradições abrandadas pelo amortecedor social da "Era Lula'." [...]

Terra arrasada

28/11/2016 // 5 comentários

Por Marcos Barreira / "Mais do que uma crise do PT, o que a primeira eleição após o colapso do 'pacto social' revela é um cenário devastador para a esquerda." [...]

Depois do modelo olímpico: as favelas cariocas entre o mercado e a militarização

08/09/2016 // 2 comentários

Por Marcos Barreira / " A falta de financiamento para a expansão do modelo de segurança da “Cidade Olímpica” acontece no momento em que ele já alcançou todos os seus objetivos. Se olharmos sem idealizações para esse modelo, veremos o quão funcional ele foi para as políticas segregadoras e para a dinâmica especulativa. Se há um fracasso, não há de ser o da militarização, pois o aparato de controle, com ou sem financiamento regular, não será desmontado. O que fracassou foi o projeto de uma cidade voltada para o mercado. É por isso que a crise de legitimidade das UPPs aparece antes como reafirmação da lógica de confronto do que como uma nova retórica de integração social." [...]

Entre os números e a ideologia: a avaliação das UPPs em “Os donos do morro”

26/05/2015 // 4 comentários

Marcos Barreira e Maurílio Lima Botelho / "A 'pacificação' é um elemento central na produção de uma nova imagem da cidade do Rio. Quando os pesquisadores tratam-na pura e simplesmente como uma 'política de segurança', sem levar em consideração os efeitos da cobertura midiática, não fazem mais do que ecoar os pronunciamentos oficiais. Por isso mesmo que, em termos práticos, também é difícil delimitar a fronteira entre o projeto das UPPs e as pesquisas teóricas. Em muitos casos, elas fazem parte da construção da legitimidade das políticas de Estado." [...]

Paulo Arantes: O legado da Copa e os mecanismos de repressão

30/06/2014 // 2 comentários

Paulo Arantes / "Meganegócios à parte, o real legado da Copa será um 'upgrading' dos aparelhos coercitivos. Ou inovação de gestão, como preferem dizer as autoridades encarregadas de todo esse festival de violações, gabando-se, por exemplo, de que com os Centros de Integração de Comando e Controle, Secretaria Extraordinária de Segurança Pública para Grandes Eventos, e congêneres, o 'legado de gestão pública já é realidade na segurança', jargão para integração das variadas forças de segurança e destas com as Forças Armadas, para não mencionar o aparato tecnológico antidistúrbios contratado sem limites orçamentários junto aos fornecedores de sempre, Israel, Alemanha, etc. Um outro capítulo seria a tão influente quanto discreta e próspera indústria bélica local, reforçada ultimamente pela entrada das mesmas empreiteiras dos megaprojetos neste ramo de negócio, cuja quinquilharia não exportada destina-se ao controle interno das 'forças oponentes' elencadas pelo recente Manual de Garantia da Lei e da Ordem." [...]

Para além da ocupação do território: Notas sobre o discurso da “Pacificação” e seus críticos

23/06/2014 // 1 comentário

Marcos Barreira / "O processo de 'pacificação' das favelas cariocas, iniciado em 2008 e reforçado pouco depois com a vitória da candidatura da cidade do Rio de Janeiro para sediar dois grandes eventos internacionais, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, tornou-se um consenso que unifica a política, as empresas de mídia, a Universidade, setores privados, produtores culturais e, é claro, a maioria dos moradores da cidade..." [...]