Paulo Arantes / "Meganegócios à parte, o real legado da Copa será um 'upgrading' dos aparelhos coercitivos. Ou inovação de gestão, como preferem dizer as autoridades encarregadas de todo esse festival de violações, gabando-se, por exemplo, de que com os Centros de Integração de Comando e Controle, Secretaria Extraordinária de Segurança Pública para Grandes Eventos, e congêneres, o 'legado de gestão pública já é realidade na segurança', jargão para integração das variadas forças de segurança e destas com as Forças Armadas, para não mencionar o aparato tecnológico antidistúrbios contratado sem limites orçamentários junto aos fornecedores de sempre, Israel, Alemanha, etc. Um outro capítulo seria a tão influente quanto discreta e próspera indústria bélica local, reforçada ultimamente pela entrada das mesmas empreiteiras dos megaprojetos neste ramo de negócio, cuja quinquilharia não exportada destina-se ao controle interno das 'forças oponentes' elencadas pelo recente Manual de Garantia da Lei e da Ordem."
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