O que Marielle Franco teria a dizer sobre o massacre de Jacarezinho? É a pergunta de fundo deste texto, com o qual Yara Frateschi inaugura sua coluna no Blog da Boitempo. [...]
Tiaraju Pablo / "A grande campeã deste carnaval foi Marielle Franco. A vereadora assassinada foi mencionada nos desfiles da Unidos da Vila Isabel, da Paraíso do Tuiuti, da Mangueira, da Vai-Vai, da Pérola Negra, dentre outras escolas e em inúmeras manifestações de rua. Marielle eterna. Marielle presente. Quem ficou eternizada em sambas e na memória coletiva é ela, e não seus algozes!" [...]
Em entrevista inédita, o sociólogo franco-brasileiro fala sobre a ascensão do conservadorismo e da extrema direita na Europa e no mundo e procura interpretar o fenômeno da eleição de Jair Bolsonaro. [...]
Por Mauro Iasi / "Somos um país fraturado. Um país fraturado é mais que um país dividido, é um país no qual a divisão tornou-se algo explosivo. Não é um mero trauma, é uma fratura exposta. Os bálsamos e unguentos tradicionais não vão curar o osso partido, a pele rompida, os tendões e músculos destroçados." [...]
Por Flávia Biroli / "Não é apenas que outras mulheres negras e que vivenciam o cotidiano das favelas e seus desafios, que se organizam e resistem nele, tivessem suas preocupações e interesses vocalizados por Marielle. A chegada à Câmara Municipal de alguém com quem compartilham características e posição social lhes permitiu ressignificar o espaço da política." [...]
Por Luis Felipe Miguel / "Marielle vinha das comunidades pobres e dedicava a elas o melhor de suas forças. Seu mandato, embora conquistado com muitos votos da Zona Sul, era voltado para a favela e com ela mantinha interlocução densa e permanente. É por isso, também, que sua morte representa um revés tão sério para a luta popular, no Rio e no Brasil." [...]
"Alguns comentários que correm pelas redes dizem que a vereadora foi “vítima” de sua “ideologia”, a intenção é clara: culpá-la sobre a sua própria execução. Amargo engano, ela foi atora de sua “ideologia” e foi morta – covardemente – pelos seus inimigos. E tenha a certeza que seguiremos na luta até o fim, porque a morte dela – e nem a de centenas de lutadores – não nos fará calar as nossas verdades e, tampouco, nos desorientar. Avante!" [...]
Por Mauro Iasi / "A voz tem um nome, Marielle. E Marielle foi morta outra vez. Mas esta morte tem um nome, porque carregava muitas vozes, porque nunca estava sozinha nunca será esquecida, porque através dela é que lembramos dos esquecidos. Seu nome é Marielle, seu nome é mulher, seu nome é negra, seu nome é justiça, seu nome é luta, seu nome é socialista, seu nome é Marielle." [...]