ditadura

O perigoso Flávio Wolf de Aguiar

18/01/2017 // 8 comentários

Por Flávio Aguiar / "Quem assistiu A vida dos outros certamente se lembrará do agente Gerd Wiesler (representado por Ulrich Mühe, infelizmente já falecido), da Stasi da Alemanha Oriental, aliás HGWXX17, que era seu código de registro no serviço secreto, a quem o livro do dramaturgo perseguido e por ele salvo é dedicado no final. Bem, cada um tem o HGWXX17 que merece. Ou pode ter." [...]

Incêndios adormecidos

06/01/2017 // 19 comentários

Por Luis Felipe Miguel / "Que neste 2017 o movimento popular saiba alimentar as chamas da revolta e fazê-las tomar as ruas do Brasil, de norte a sul." [...]

2016, o ano que não deveria ter começado…

03/01/2017 // 8 comentários

Por Flávio Aguiar / "Quando o Papa Gregório XIII instituiu seu novo calendário em 1582, o mundo pulou magicamente de 4 de outubro para 15 do mesmo mês. 10 dias (de 5 a 14 de outubro) foram simplesmente suprimidos. Fico assaltado por uma dúvida: me refugiar nestes dias que não existiram, o que equivaleria a um exílio para sempre, ou pedir ao Papa Francisco I que cancele o ano de 2016, fazendo-nos pular de 2015 para 2017, o ano do centenário da Gloriosa Revolução. " [...]

O caminho da ditadura

24/11/2016 // 9 comentários

Por Mauro Iasi / "Quando estudava o golpe de 1964 me chamou a atenção o fato de que, nos momentos iniciais daquele processo histórico, muita gente nem se dava conta de sua dimensão. O PCB orientava seus militantes a não resistir ao que parecia mais uma das muitas tentativas de interromper a frágil democracia brasileira. Ao mesmo tempo, lideranças políticas como Juscelino, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto discutiam as alternativas eleitorais para as eleições de 1965." [...]

Vida de cachorro

16/11/2016 // 3 comentários

Por Flávio Aguiar / "“A gente deveria ser como os cachorros imaginam que a gente é: leal, gentil, fiel…” Sabedoria do veterinário que cuidava de meus cães. Mas na vida, esta imagem ideal do mundo canino tem sua contrapartida demoníaca: certos donos exigem de seus cães subserviência, ferocidade contra os outros, um banditismo assassino… É disto que trata o romance 'Cabo de guerra', de Ivone Benedettii: daquilo que se exige dos cachorros. Só que aqui os cachorros são humanos: designam aqueles ex-guerrilheiros que eram recrutados pela repressão para, voltando a seus quadros, os delatarem, ajudando a destruí-los. O protagonista-narrador do romance é um deles." [...]

A cidadania sitiada

14/11/2016 // 6 comentários

Por Luis Felipe Miguel / "Apostar que em 2018 teremos uma reversão do quadro é não entender a natureza do processo político em curso. A continuada criminalização da esquerda política torna o próximo pleito presidencial muito mais difícil do que foram os anteriores. O cerceamento dos espaços de debate amplifica a influência já gigantesca dos oligopólios da mídia. Mais importante ainda, a destituição da presidente Dilma Rousseff sinalizou que os interesses dominantes no Brasil definiram uma tutela sob os governantes eleitos. Mesmo que ocorra a vitória eleitoral de uma candidatura mais popular em 2018, ela precisará enfrentar esta tutela, o que significa, em primeiro lugar, que terá margem limitada para reverter o retrocesso destes últimos tempos." [...]

A tortura é a norma. A anomalia são as ocupações.

09/11/2016 // 2 comentários

Por Edson Teles / "A norma de governo tem sido, faz tempo e agora com grande escalada de crescimento, a violência e o ilícito. Se houve, por um lado, programas sociais de inclusão e de diminuição dos sofrimentos causados pela miséria com uma maior distribuição de renda, o mesmo Estado também investiu em mecanismos de violação de direitos, jurídicos e estruturais. Ou simplesmente se ausentou de tratar os problemas." [...]

Transição à ditadura

28/10/2016 // 15 comentários

Por Luis Felipe Miguel / "Assim como sofremos um golpe de novo tipo, estamos vivendo o início de uma ditadura de novo tipo – a palavra “ditadura” pode parecer excessiva, mas é exatamente disto que se trata." [...]

Urubus e arapongas nas manifestações e o nó que amarra a democracia

14/09/2016 // 10 comentários

Por Edson Teles / "Parece que o capitão do Exército Wilson Pina Botelho, disfarçado sob o codinome Balta, se infiltrou entre jovens ativistas e militantes e armou, no dia de uma das maiores manifestações contra o governo golpista de Michel Temer (por enquanto), uma arapuca contra um grupo que se reunia para caminharem juntos em direção à avenida Paulista. Em uma espécie de história digna de ditadura, misturado com a imagem de uma piada sobre a espionagem no país, o caso chamou a atenção para a presença do falso perfil de esquerda em meio aos movimentos de protesto. Teria ele sacrificado sua identidade secreta para prender duas dezenas de jovens que não representavam 'perigo à ordem pública'?" [...]