conjuntura

De novo a falácia da redução de direitos trabalhistas

23/05/2016 // 2 comentários

Por Jorge Luiz Souto Maior / "E tão logo o 'impeachment' deu seu passo mais incisivo, com o afastamento da Presidenta Dilma e a nomeação de Temer, a primeira providência tomada pelo governo temporário foi a de anunciar a reforma trabalhista. A reforma em questão é apoiada em dois pilares: ampliação da terceirização e institucionalização do negociado sobre o legislado." [...]

A crise e os seres humanos bons

13/05/2016 // 10 comentários

Por Jorge Luiz Souto Maior / "Fora dos limites da dignidade, qualquer solução de consenso para a crise política ou mesmo uma eventual vitória, seja em que sentido for, a que se chegue por intermédio do mascaramento da realidade ou como fruto de cessões de princípios, é, de fato, uma derrota, afinal não há remédio para a crise de consciência que desse ajuste resulta e esta última, a crise de consciência, tende a perdurar por anos e, como no dilema de Fausto, pode vir a se apresentar, de vez em quando, para cobrar a conta." [...]

E o Estado de exceção avança…

06/05/2016 // 8 comentários

Jorge Luiz Souto Maior / "O julgamento de Eduardo Cunha não foi outra coisa senão uma forma de levar adiante o conjunto de irracionalidades já instaurado. Ora, se o Presidente da Câmara estava interferindo indevidamente na atuação da Câmara a tal ponto da própria Câmara não ter mecanismos para evitar isso, seria o caso de reescrever as regras da atuação institucional do Legislativo, declarando a sua falência. Sem enfrentar a questão intrincada da artificial separação de poderes, parece-me que afastar, por decisão judicial, o Presidente da Câmara, em situação não abarcada por previsão legal, constitui, no mínimo, uma intervenção impertinente do Judiciário sobre o Legislativo." [...]

Um roteiro para entender o golpe em curso no Brasil

21/04/2016 // 11 comentários

O cientista político Carlos Eduardo Martins concedeu uma entrevista aNina Jurna, correspondente internacional do RTL Notícias , Het Parool e NRC Handelsblad na América do Sul, no dia 14 de abril de 2016. A matéria que foi ao ar no dia 18 de abril, intitulada "Brazilië zet president op zijspoor", contou com apenas alguns dos destaques das respostas de Carlos Eduardo Martins. Por isso, o Blog da Boitempo publica, abaixo, o texto integral da entrevista enviado pelo autor. Estruturada por perguntas básicas, que dialogam com o senso comum, a entrevista fornece um breve roteiro para mapear o que está acontecendo no Brasil hoje. Boa leitura! [...]

Fim da Nova República?

16/03/2016 // 13 comentários

Carlos Eduardo Martins / "A ofensiva contra o governo Dilma e a principal liderança petista, Luiz Inácio Lula da Silva, parece encerrar um ciclo iniciado no Brasil a partir da abertura em 1979, que condicionou o processo político no país a avanços democráticos, lentos, graduais e seguros para as classes dominantes, responsáveis pelo Golpe de 1964 e por seu modelo econômico." [...]

O tempo do cotidiano e o tempo histórico

13/01/2016 // 5 comentários

Mauro Iasi / "De uma coisa temos certeza, estes tempos vão passar e outros virão. Nossa decisão é nos inscrever nas fileiras daqueles que os construirão na perspectiva da emancipação humana. Uma das vantagens de se pensar com base no tempo histórico é essa. Tal perspectiva não tem o poder de eliminar as mazelas do cotidiano, mas nos permite olhar para elas e vislumbrar a exata estatura das coisas. E elas, meus caros, hoje em dia, são pequenas... muito pequenas." [...]

Uma breve análise da conjuntura

16/10/2015 // 8 comentários

Ricardo Musse / "O paradoxo no qual a oposição encontra-se enredada torna-se cada dia mais flagrante. Não dispondo de capacidade decisória, nem de votos suficientes para sustentar um pedido de impeachment, o bloco formado por PSDB, DEM, PPS e SD alinhou-se a Eduardo Cunha, referendando integralmente sua estratégia. Embora apresente e justifique suas iniciativas como ações orientadas pelo combate à corrupção e em defesa da moralidade pública, a oposição mostra-se despreocupada com a possibilidade de colocar no poder um grupo que assume explicitamente o propósito de deter o avanço das investigações e restaurar o financiamento privado das campanhas eleitorais. Cegueira ideológica ou simplesmente má-fé?" [...]