cinema

Ainda estamos perguntando: onde estão?

14/11/2024 // 2 comentários

Edson Teles comenta "Ainda estou aqui": "A história que nos é apresentada no filme trás para um público mais amplo que a bolha da esquerda ao menos dois elementos chaves para a compreensão da ditadura: o impacto de conviver com um desaparecimento forçado e a luta de familiares de mortos e desaparecidos por memória, verdade e justiça. Esses dois 'problemas' se constituem como as pedras no sapato de uma democracia vacilante e refém de estruturas hierárquicas, classistas, racistas e patriarcais." [...]

Fascínio e horror em “Bebê Rena”

02/05/2024 // 1 comentário

Cauana Mestre escreve sobre a série "Bebê Rena": "De uma marca traumática a outra, o protagonista da nossa tragicomédia contemporânea vai nos ensinando que fascínio e horror são duas faces da mesma moeda, que muitas vezes somos capturados por objetos que não sabemos conjugar com nossos desejos e que para perpetuar nossa relação fantasmática com eles podemos ir muito longe, até que o último grão seja destruído." [...]

Ficção americana: antirracialista e anti-identitário

18/04/2024 // 3 comentários

Douglas Barros: "A preciosidade de 'Ficção americana' foi a de demonstrar o antirracismo reduzido à lógica comportamental cuja característica é o não questionamento da própria ideia de raça. Um culturalismo difuso, repousado no juízo de que é possível criar uma cultura antirracista sob o regime capitalista através de manuais." [...]

Eu, capitão

21/03/2024 // 1 comentário

João Lanari Bo escreve sobre o filme de Matteo Garrone: "A repercussão de uma narrativa como essa é imediata, sobretudo na Europa, onde a pressão migratória é uma das principais questões políticas." [...]

Fabian – o mundo está acabando [Fabian oder der Gang vor die Hunde]

29/06/2022 // 2 comentários

Bruna Della Torre analisa o filme “Fabian”, baseado no livro de Erich Kästner: "A grande experiência de Fabian, aquela que fala à nossa época, é a concorrência. Não a concorrência capitalista liberal, romantizada pela economia política burguesa. Mas a concorrência apocalíptica que emula o chamado ‘estado de natureza’, a última estação do liberalismo.” [...]