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O tempo do cotidiano e o tempo histórico

13/01/2016 // 5 comentários

Mauro Iasi / "De uma coisa temos certeza, estes tempos vão passar e outros virão. Nossa decisão é nos inscrever nas fileiras daqueles que os construirão na perspectiva da emancipação humana. Uma das vantagens de se pensar com base no tempo histórico é essa. Tal perspectiva não tem o poder de eliminar as mazelas do cotidiano, mas nos permite olhar para elas e vislumbrar a exata estatura das coisas. E elas, meus caros, hoje em dia, são pequenas... muito pequenas." [...]

Aproximações entre o movimento feminista e o antimanicomial

12/01/2016 // 10 comentários

Daniela Lima / "Gênero e loucura são moldados de acordo com padrões históricos e culturais específicos. Para ambos, a exigência de conformidade com padrões de gênero e de normalidade. A não conformidade com padrões de gênero muitas vezes recebe o nome de loucura. Seja para desqualificar um discurso ou, em última instância, para excluir uma mulher da sociedade. Neste ponto, o movimento antimanicomial e o feminista se encontram, já que o aparato manicomial é usado também para reprimir, normalizar, excluir as diferenças de gênero." [...]

A rosca boliviana: dois modos de conhecer a sua história

14/12/2015 // 1 comentário

José Paulo Netto / "Os tempos atuais (que o saudoso equatoriano Agustín Cueva há muito caracterizou como “tempos conservadores”, próprios da “direitização do Ocidente”) são exemplares para indicar o nível a que chegou o processo da decadência ideológica, aludido por Marx em 1873 e amplamente tematizado por Lukács num relevante ensaio de 1938..." [...]

A adaga foi desembainhada

08/12/2015 // 4 comentários

Mauro Iasi / "A aceitação por parte do Presidente da Câmara dos Deputados do pedido de impeachment da Presidente Dilma abre mais um capítulo nesta novela fundada numa trama de mal gosto e operada por atores menores. Afirmávamos que o impeachment era como uma adaga que todos ameaçavam sacar, mas que não queriam de fato utilizar. Em outros termos, um blefe no jogo político que envolve três personagens: o governo, a oposição e o PMDB que se equilibra habilmente entre os dois primeiros. Diziamos à época: 'Nenhum ator particular que desembainhou a adaga parece de fato querer o impeachment, mas parece que a adaga quer'. O que alimentaria este cenário?" [...]