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Reforma trabalhista, modernização catastrófica e a miséria da República brasileira

27/03/2017 // 9 comentários

Por Giovanni Alves / "O aprofundamento da fragmentação do mundo do trabalho levado a cabo pela terceirização e reforma trabalhista apontam para uma Quinta República – caso tenhamos eleições democráticas em 2018 – com “pés de barros”, devido os conflitos sociais que devem abalar a institucionalidade caduca do capital. Incapaz de constituir-se como sujeito histórico devido suas misérias corporativo-burocráticas ou sectário-politica, o proletariado brasileiro torna-se refém hegemonicamente da burguesia brasileira lumpenizada, rentista e alienada dos interesses civilizatórios." [...]

O “Tex” de Breccia

17/03/2017 // 2 comentários

Por Luiz Bernardo Pericás / "A técnica apurada de Enrique Breccia pode ser admirada em cada página. Se em outras épocas ele desenhara o cenário da Patagônia e dos pampas, desta vez transporta sua aventura para o Velho Oeste na América do Norte." [...]

Universidade em ritmo de barbárie

15/03/2017 // 7 comentários

Por Christian Dunker / "Se no lugar onde a palavra deve ser o princípio fundamental do poder, praticamos a violência gratuita, o que esperar para o nosso funcionamento social? Tudo se passa como se no momento em que as classes menos favorecidas chegam à universidade, é hora de fechá-la transformando-a em outra coisa." [...]

Sociedad Latinoamericana György Lukács: uma excelente ideia

13/03/2017 // 3 comentários

Por José Paulo Netto / "Surgiu, há pouco, uma excelente ideia – que já está sendo divulgada entre nós e em vários países da América Latina – que merece uma atenção especial e que, penso, diz respeito a todos aqueles que, independentemente de suas posições ideoteóricas, têm intervenção/interesses no chamado mundo da cultura. Trata-se da proposta da criação da Sociedad Latinoamericana György Lukács, formulada pelo Prof. Miguel Vedda, da Universidade de Buenos Aires, personalidade já conhecida nos meios acadêmicos brasileiros e admirada pela sua competência e rigorosa produção no domínio da teoria estética e dos estudos literários. A meu juízo, a proposta de Vedda deve ser divulgada, debatida e implementada." [...]

A revolução das mulheres: uma antologia necessária

10/03/2017 // 3 comentários

Daniela Lima escreve sobre a antologia de feminismo soviético que acaba de ser publicada pela Boitempo. // "O resgate dos textos reunidos nesta antologia não representa apenas uma reconstituição histórica necessária – visto que mulheres são vítimas de um constante apagamento –, mas a possibilidade de olharmos para nós hoje de uma perspectiva radicalmente outra." [...]

Um marco na história dos direitos das mulheres: a ação pela descriminalização do aborto e a Greve Internacional de 8 de março

08/03/2017 // 8 comentários

Flávia Biroli / "Neste momento especial, eu me uno e me solidarizo com mulheres brasileiras e de todo o mundo em suas lutas. Neste 8 de março, eu paro com voz crítica apontada para o capitalismo predatório, que nos rouba energia, tempo, saúde física e psíquica, os aparatos coletivos para a proteção e o cuidado, a possibilidade de que os afetos sejam bem-vividos em vez de nossos corpos serem violados pelo casamento (in)feliz entre neoliberalismo, machismo, homofobia e racismo." [...]

Cora Coralina, 1977

08/03/2017 // 6 comentários

Por Mouzar Benedito / "Remexendo papéis velhos, achei um exemplar do jornal Movimento, de 11 de abril de 1977. Mandei o jornal para um museu da cidade de Goiás, mas antes copiei uma página dele. É que tinha voltado à cidade de Goiás em janeiro de 1977 e fiz uma entrevista com ela, com intenção de publicar no Versus, jornal que ajudei a fundar e era um dos editores." [...]

Hegemonia em coxinhalândia

06/03/2017 // 9 comentários

Por Ruy Braga / "A aprovação popular do prefeito tucano é recorde e os adversários da onda privatizante aparentemente encontram-se imobilizados. Como interpretar essa anomalia? Como explicar que uma agenda política focada na espoliação daquilo que é público receba aprovação popular?" [...]

O fim daquele medo bobo

03/03/2017 // 22 comentários

Por Luis Felipe Miguel / "A história política brasileira é marcada por canções. Foi “Para não dizer que não falei de flores”, no momento de fechamento do regime militar; “Apesar de você”, quando a derrota da esquerda estava configurada; “O bêbado e a equilibrista”, na luta pela anistia; “Vai passar”, anunciando a redemocratização; “Brasil, mostra a tua cara”, para as decepções da Nova República, e assim por diante. A trilha sonora do momento brasileiro é “Medo bobo”, imortalizada (?) por Maiara e Maraisa – o que, por si só, revela a decadência criativa da música popular, mas essa é outra conversa. Tal como o casal da música, o governo do Michel ficou paralisado por um medo que, mais tarde, percebeu que não tinha razão de ser." [...]