Mauro Iasi

Olavo, a pós-modernidade e o Pequeno Príncipe

13/06/2019 // 1 comentário

Por Mauro Iasi / "Extremamente sedutora na forma, a pós-modernidade é filha do irracionalismo e mãe da barbárie. Como toda genitora, fica incomodada diante da cria que não sai exatamente como desejada. Esperava um mundo livre das metanarrativas, expressão do poder sobre os corpos e da liberdade, mas se vê diante da produção industrial da mentira, do poder em seu estado puro. Em suma, não da intuição genial liberta das amarras das normas acadêmicas, mas da burrice em sua forma exuberante. Deviam ter ouvido as palavras proféticas de Adorno e Horkheimer, alertando que a terra totalmente esclarecida resplandeceria como uma calamidade triunfal." [...]

1964: a infâmia, a cicatriz e o bufão

29/03/2019 // 2 comentários

Por Mauro Iasi / "Entre as muitas coisas que o presidente-miliciano não sabe está quanto seu ato de reconhecimento colocou os militares em uma situação altamente constrangedora, incômoda e na contramão de toda a estratégia tão eficaz construída para ocultar o golpe nas brumas do esquecimento. Na tentativa de se manter no poder, ele pode ter assinado seu passaporte para fora do governo em breve." [...]

Tempos sombrios, tempos de ternura

20/03/2019 // 6 comentários

Por Mauro Iasi / "Mesmo o ódio justo transforma as feições e torna rouca a voz, embrutece a alma e pode aviltar os fins éticos justos. Neste momento é necessário um distanciamento muito difícil para que não nos percamos na lama destes tempos sombrios. Talvez seja esta a dimensão ética que nos distingue da barbárie e que impede que nos misturemos à mesma lama de ódio que ela secreta." [...]

Um conto de Natal

20/12/2018 // 6 comentários

Por Mauro Iasi / "Não era possível ver muito a nossa frente. Nossa visão estava ocupada com o passado, com os passos dados pelos caminhos incertos que percorremos até aqui. Sabíamos onde estávamos, alguns de nós ainda se recordavam do lugar aonde gostaríamos de ter ido, mas olhávamos para nossos pés descrentes da caminhada." [...]

O fascismo e os “homens bons”

16/10/2018 // 14 comentários

Por Mauro Iasi / "Na Alemanha de Weimar também haviam pessoas boas que só queriam um país grande e forte. Estavam descontentes com a crise, a inflação e o desemprego. Tinham críticas aos governos democráticos, muitas delas bastante pertinentes. Queriam defender a família, queriam uma raça pura, bonita e forte. Por isso votaram em massa pelos nazistas e os elegeram em 1932." [...]