Juliana Borges

Sobre defesa da dignidade de mulheres negras

30/03/2022 // 3 comentários

Juliana Borges: "Humanos sentem. Desumanos, não. Desumanos aguentam tudo. E isso é feito usando um outro negro, para o toque refinado do racismo. Will Smith defendeu dignidade e humanidade, demonstrou parceria, coisa rara a mulheres negras." [...]

Mais Mano Brown: reflexões pós-eleições (parte 1)

01/11/2018 // 5 comentários

Por Juliana Borges / "O discurso de Mano Brown foi muito mal interpretado, principalmente pelos setores médios do progressismo. Mas o intelectual orgânico, forjado nas ruas do Capão Redondo, estava apenas alertando para como a barbárie havia se instaurado nas relações e no cotidiano das periferias e o quanto a falta de presença e de construção coletiva estava cegando a nossa defesa por princípios democráticos." [...]

A ideologia racista como mito fundante da sociedade brasileira

08/08/2017 // 8 comentários

Por Juliana Borges / "A conjuntura atual no país nos faz vocalizar a todo o momento que estamos vivendo 'um retrocesso', 'um retorno ao passado'. Mas será que trata-se de uma regressão ou um reordenamento para sistemas e características fundantes da sociedade brasileira, de modo a garantir e aprofundar o pleno funcionamento das desigualdades e do sistema de castas sócio-raciais?" [...]

Necropolítica na metrópole: extermínio de corpos, especulação de territórios

01/06/2017 // 6 comentários

Por Juliana Borges / "Ao mobilizar centenas de policiais e manifestar expressiva violência naquele território da Luz, a atual política da administração municipal de São Paulo tem por objetivo não apenas o controle, mas visa limpar pessoas e abrir caminho aos interesses corporativos e financeiros. É a “Cidade linda” operando na lógica da limpeza social e racial do território e abrindo-o para interesses mercadológicos. São as dominações racista e classista em funcionamento interseccionado." [...]

Existências diaspóricas. Caminhos que convergem.

03/05/2017 // 3 comentários

Por Juliana Borges / "Judith Butler propõe-se, pela perspectiva da teoria crítica, a apresentar questões e reflexões sobre possibilidades, divergências, mas, sobretudo, sobre as convergências entre o povo judeu e o povo palestino. Evoca, portanto, conceitos de igualdade, justiça, culpa, perdão, pluralidade, alteridade para propor princípios éticos, absolutamente indissociados da judaicidade em sua visão, norteadores de uma ação que reestabeleça diálogos menos apaixonados e mais cooperativos e democráticos. Ou seja, uma ética emancipatória e de reconhecimento do outro como constitutivo de nós mesmos." [...]