Flávio Aguiar

A Revolução dos Cravos segundo José Cardoso Pires

24/04/2014 // 3 comentários

Flávio Aguiar / "Esta é a primeira vez em que ponho este relato no papel, quer dizer, na tela do computador. Em 1975, por apresentação de amigos comuns, marquei um encontro com o escritor José Cardoso Pires num bar do centro da cidade. Passamos uma tarde memorável juntos, tomando conhaque, quando ele me contou a sua participação nos acontecimentos do 25 de abril..." [...]

1964, 50 anos depois

03/04/2014 // 3 comentários

Flávio Aguiar / "Virar a página? Sim, é necessário virar a página. Até porque os que não querem virar a página, os Bolsonaros da vida, os militares de pijama nostálgicos da ditadura, os amantes de privilégios em todas as classes sociais não querem virar a página. Querem ficar presos e deter-nos todos na prisão da reverência ao canalhismo de 64. Mas virar a página não significa esquecer. Porque se a metáfora é a do livro, o livro pode e deve ser folheado numa e noutra direção..." [...]

Ainda as lições do Brasil, 50 anos depois

27/03/2014 // 1 comentário

Flávio Aguiar / "Falar mal do Brasil é uma síndrome muito ampla. Se não se fala mal de algo, 'não estamos na conversa'. As opções são muitas, indo do sistema de saúde ao consumo de cerveja. No caso do sistema de saúde, a coisa é grave. Encontrei um padrão, por onde ouvi. Em 99% dos casos, as pessoas que falam mal do sistema público de saúde não o usam, e falam generalidades, do tipo 'as filas são enormes', 'não há bom atendimento', 'falta tudo', e valem-se seguidamente de expressões do tipo 'ouvi dizer', 'me disseram', etc. Já 90% que usam o sistema público de saúde falam de coisas concretas, indo do atendimento a casos de câncer até o de HIV, além de outros..." [...]

A classe média fora do lugar

13/03/2014 // 5 comentários

Flávio Aguiar / "O Brasil não foi feito para muita gente. Pelo menos um certo Brasil. Vejam só: quanto mais empregos há, mais gente precisa se deslocar de casa para o trabalho, e vice-versa. Quanto mais estudantes há, mais gente ainda precisa se deslocar entre a casa e a escola ou universidade. O resultado é que os ônibus lotam; como o transporte público (ao contrário, por exemplo, de grande parte das cidades europeias) é densamente privatizado, os preços das pessagens tendem a subir, enquanto as frotas de delapidam a olhos vistos, o metrô de S. Paulo ameaça parar e a dar ‘pitis’, etc." [...]

Analfabeto na Alemanha é dureza

28/11/2013 // 4 comentários

Por Flávio Aguiar. Sempre achei que podia ter algo torto em dizer que Deus escreve certo por linhas tortas. Isto me parecia algo como querer desculpar os sofrimentos pelos quais a gente acaba [...]

Hoje voltamos todos a Brasília

14/11/2013 // 1 comentário

Por Flávio Aguiar / Hoje voltamos todos a Brasília / Com os despojos do nosso eterno presidente / Seremos recebidos todos com as honras e as cicatrizes de um futuro que não houve / E de um passado que não passa [...]