Roberto Schwarz

Roberto Schwarz: As contradições de Maurício Segall

02/08/2017 // 1 comentário

Roberto Schwarz / "Para entender a pessoa de Maurício Segall é preciso, na minha opinião, considerá-lo como um pacote explosivo de tensões. Por um lado, descendente de uma família rica e filho de Lasar Segall, um dos grandes pintores de nosso tempo. Por outro, comunista convicto e radical, numa acepção nobre, que vai além da filiação partidária e que a evolução histórica do comunismo deixou sem base." [...]

Leituras de Marx no Brasil

16/05/2017 // 5 comentários

Por Lidiane Rodrigues / "Este livro é um documento inestimável para se constatar a relevância da forma e da vida social de uma leitura. Ele reúne depoimentos dos 'corações veteranos' de uma das primeiras experiências de auto-organização para ler Karl Marx em grupo." [...]

Antonio Candido, por Roberto Schwarz

12/05/2017 // 5 comentários

Em homenagem a Antonio Candido de Mello e Souza, que nos deixou hoje, dia 12 de maio de 2017, o Blog da Boitempo transcreve abaixo um verbete escrito por Roberto Schwarz, um de seus maiores discípulos herdeiros intelectuais, em 1993 para a Revista da USP. O texto oferece um panorama sucinto e afiado de alguns dos pontos-chave da trajetória e obra deste que é amplamente considerado o maior crítico literário brasileiro, e um dos últimos representantes de uma geração de "intérpretes do Brasil" responsável por encabeçar nossa dita "tradição crítica". [...]

Aos olhos de um velho amigo | Roberto Schwarz sobre Michael Löwy

06/05/2016 // 3 comentários

Por Roberto Schwarz / "Michael Löwy é muito conhecido como historiador das ideias da esquerda, e praticamente desconhecido como militante do Surrealismo. Para corrigir essa unilateralidade, vou colocar em epígrafe de minha homenagem uma tragédia surrealista em dois atos, que ele escreveu quando tinha dezoito ou dezenove anos. Ato I: Adão surpreende Caim tentando fazer o amor com Eva e dá uma tremenda surra no filho. Ato II, depois da sova: Caim pergunta a Adão: “mas pai, quando Deus ainda não tinha formado minha mãe com sua costela, como é que você fazia?”. Adão, com ar culpado, olha as mãos. Fim da tragédia. Atrás do esquete de colegial já estava a aposta no valor artístico da profanação." [...]