Colaborações especiais

Juca Kfouri: o que fica pro futebol brasileiro?

14/07/2014 // 5 comentários

Juca Kfouri / "A imagem do Brasil depois da Copa é muito melhor do que, com carradas de motivos, se imaginava antes dela. É verdade sim que o governo federal, um mês antes de a Copa começar, partiu em busca de empatar um jogo que perdia por 4 a 0 e que conseguiu vencer, digamos, por 6 a 5 — o que exige elogios ao ataque assim como críticas à defesa. Ocorre que há quem queira fazer apenas elogios e outros que só desejam criticar, todos movidos ou por cegueira partidária ou por outros interesses." [...]

Jennings: Será o fim de Blatter?

10/07/2014 // 1 comentário

Andrew Jennings / "Raymond Whelan, da Match, vai ter que abrir o bico. Ele sabe tudo o que se pode saber sobre a gangue dos ingressos da Copa do Mundo. Ele sabe qual dos dirigentes do futebol recebe as pilhas de ingressos para revender no mercado negro. Ele está no coração desse negócio há quase duas décadas..." [...]

A política nas urnas e no gramado

08/07/2014 // 1 comentário

Ricardo Gozzi / "A julgar pela história, não é apenas improvável, mas também fantasioso e leviano considerar que uma fração decisiva do eleitorado é míope ao ponto de fundamentar seu voto no resultado da seleção nos gramados. Mesmo assim, houve quem comemorou – em segredo ou em público – quando soube que a gravidade da lesão de Neymar o tiraria da Copa, certamente sem se dar conta de que isso dificultará somente uma campanha, a da seleção brasileira." [...]

Esquerda padrão Fifa

01/07/2014 // 2 comentários

Vladimir Safatle / "Parece o sintoma mais acabado de falência ideológica usar megaeventos como dispositivo de mobilização nacional. Tentar reeditar luta de classes por meio da defesa da Copa do Mundo é uma situação patética que alguns defensores do governo deveriam nos poupar. Mais um pouco e teremos gente que se dizia de esquerda gritando: 'Brasil, ame-o ou deixe-o'." [...]

Paulo Arantes: O legado da Copa e os mecanismos de repressão

30/06/2014 // 2 comentários

Paulo Arantes / "Meganegócios à parte, o real legado da Copa será um 'upgrading' dos aparelhos coercitivos. Ou inovação de gestão, como preferem dizer as autoridades encarregadas de todo esse festival de violações, gabando-se, por exemplo, de que com os Centros de Integração de Comando e Controle, Secretaria Extraordinária de Segurança Pública para Grandes Eventos, e congêneres, o 'legado de gestão pública já é realidade na segurança', jargão para integração das variadas forças de segurança e destas com as Forças Armadas, para não mencionar o aparato tecnológico antidistúrbios contratado sem limites orçamentários junto aos fornecedores de sempre, Israel, Alemanha, etc. Um outro capítulo seria a tão influente quanto discreta e próspera indústria bélica local, reforçada ultimamente pela entrada das mesmas empreiteiras dos megaprojetos neste ramo de negócio, cuja quinquilharia não exportada destina-se ao controle interno das 'forças oponentes' elencadas pelo recente Manual de Garantia da Lei e da Ordem." [...]

Política e megaeventos esportivos

27/06/2014 // 1 comentário

Camilo Onoda Caldas / " Os agentes do capital não querem apenas um ambiente de trocas mercantis garantido pelo Estado, eles também demandam políticas estatais que lhe sejam mais favoráveis. E isso ocorre com relação à Copa do Mundo de Futebol e com relação às Olimpíadas. Aliás, quanto maior a expressão econômica do evento, maior poder político envolvido. Não é à toa que João Havelange, no final de seu longo reinado na FIFA, considerava-se o homem mais poderoso do mundo e se gabava de que os chefes de Estado se curvavam diante dele." [...]