Paulo Arantes / "Estamos enfim reaprendendo com a era FHC como de fato ficou brutalmente estúpido ser inteligente. Diante da piranhagem que foi o episódio Telebrás, poderia-se muito bem replicar que mais vale um salto econômico arrancado a fórceps do que a grita moralista das camadas sociais sem futuro... Uma amostragem relâmpago: 1) Política de terra arrasada com os petroleiros em greve? É claro, precisam aprender que estamos trocando capitalismo velho por capitalismo novo; 2) Previdência Social? Totalmente inviável, como um simples cálculo atuarial pode demonstrar, fulano traga os números; 3) Sim, nomeou um antigo torturador chefe da Polícia Federal: certamente precisou negociar coisa mais graúda. E por aí afora..." [...]
Já está em gráfica, o volume final do guia de leitura de David Harvey para a obra máxima de Karl Marx, O capital. Enquanto o livro não fica pronto, o Blog da Boitempo brinda seus leitores com um post descontraído, mostrando um pouco dos bastidores da capa de "Para entender O Capital: Livros II e III", que levou um processo bem especial... [...]
Miguel Urbano / "Seria uma ilusão romântica esperar que Dilma altere, se for reeleita, a estratégia do seu primeiro mandato de clara tendência neoliberal que ela tentou disfarçar com um ténue verniz progressista. A sua política econômica favoreceu as transnacionais, a banca e as grandes empresas brasileiras. Significativamente, contou com o apoio de Barack Obama e da finança internacional. Mas na segunda volta Aécio é o candidato preferido por Washington e pela grande burguesia brasileira. Esse apoio não será provavelmente suficiente para lhe abrir as portas da Presidência." [...]
Por Jorge Souto Maior, Graça Druck, Lincoln Secco, Paulo Arantes, Marcus Orione, Luiz Renato Martins, Flávio Batista, Gustavo Seferian, Luis Carlos Moro. [...]
Em meio a um acalorado debate eleitoral, a Boitempo lança "O ódio à democracia", do filósofo francês Jacques Rancière. Curto e provocativo, o livro faz um irreverente e erudito giro pela história da filosofia política jogar nova luz em alguns dos principais impasses da democracia e da esquerda hoje. Nas palavras de Slavoj Žižek, “nos atuais tempos de desorientação da esquerda, o texto de Rancière oferece uma das raras conceitualizações consistentes de como continuar a resistir.” [...]