Douglas Rodrigues Barros

A ontologia do ser neoliberal

03/09/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "O neoliberalismo é a resposta a um desdobramento das contradições do capitalismo que acompanharam as transformações sociais do século XX. Por que se reafirmar isso? Para não se esquecer que a atualidade neoliberal é produzida pela forma como o capitalismo se organiza num estágio de crise permanente." [...]

Faz sentido falar em luta de classes hoje?

06/08/2024 // 2 comentários

Douglas Barros: “Nosso esforço deve ser reconduzido a entender a luta de classes não como uma escolha narrativa, mas como algo dado numa realidade material organizada a partir da exploração necessária à manutenção do capital.” [...]

Casamento às cegas: sacrifício e sofrimento

03/07/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "A indignidade – da qual todos nós, enquanto espectadores, nos tornamos cúmplices – é, portanto, a marca distintiva que lança luz às sombras de uma sociedade em estado de exceção permanente cujo sofrimento, em nome da inclusão, da representação, e da possibilidade de sobreviver ao paredão diário, marca a nossa relação com um mundo social demasiadamente distópico." [...]

Ficção americana: antirracialista e anti-identitário

18/04/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "A preciosidade de 'Ficção americana' foi a de demonstrar o antirracismo reduzido à lógica comportamental cuja característica é o não questionamento da própria ideia de raça. Um culturalismo difuso, repousado no juízo de que é possível criar uma cultura antirracista sob o regime capitalista através de manuais." [...]

Goodbye, Žižek!

02/04/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "Žižek, tão contundente ao identitarismo, despediu-lhe por uma porta – a de defesa dos direitos humanos – para fazê-lo entrar por outra – a de defesa da civilização europeia. Permaneceu, portanto, preso ao paradigma do Estado sem a crítica da economia política. Por isso, optou desde sempre pelo pré-marxismo." [...]

“Pobres criaturas” e nosso reflexo em seu espelho

27/02/2024 // 2 comentários

Douglas Barros: "Enredados na teia da adesão dos ideários representados pela indústria cultural – que é só parte de um todo chamado sociedade do espetáculo – nossos felizes progressistas se dão por satisfeitos com os enunciados conscientes. No filme são vários, dentre os quais um feminismo adocicado e brandas referências ao socialismo – aliás, totalmente à revelia do que ocorre na obra homônima de Alasdair Gray utilizada para construir o roteiro. Isso basta para tornar o nicho progressista satisfeito." [...]

O que significa o fetichismo da mercadoria?

06/09/2023 // 1 comentário

Douglas Barros: "O fetichismo da mercadoria foi a compreensão que Marx teve de que o capital se tornou o novo deus. Ele fundamenta as bases e movimenta a sociedade onde reina a mercadoria, dá a impressão que os produtos do trabalho humano se tornam autônomos ante seus produtores pelas forças irreconhecíveis do capital e do mercado, organizando a própria subjetividade dos indivíduos." [...]