Para conhecer a obra de Lênin
Imagem: Wikimedia Commons
Conhecer a obra de Lênin é apenas estudar a história do marxismo e do movimento operário, ou seus escritos ainda nos dizem algo sobre o mundo e as lutas presentes? Por onde começar as leituras? Pensando nessas e tantas outras questões, organizamos uma lista completa de livros, bem como alguns conteúdos gratuitos para se aprofundar na vida e obra do grande revolucionário russo.
Relembre todos os oito volumes já publicados pela coleção Arsenal Lênin, além de textos fundamentais que discutem suas principais contribuições para a teoria marxista e a prática revolucionária ainda hoje.
COLEÇÃO ARSENAL LÊNIN
Esquerdismo, doença infantil do comunismo é um ensaio publicado pela primeira vez em 1920 e escrito às vésperas do II Congresso da Internacional Comunista, momento em que a Rússia enfrentava uma sangrenta guerra civil. Nesta obra, Lênin aborda diretrizes para o futuro da Revolução de Outubro e busca enfrentar uma tendência política que então ganhava força: o “esquerdismo”.
Caracterizado por uma posição dogmática quanto ao estabelecimento de alianças, sustentada pelo anseio infantil de que a transição para o comunismo pudesse se dar de maneira linear, o esquerdismo se disseminava entre o movimento comunista europeu. Discutindo com essas tendências em torno dos dilemas práticos do período, Lênin traça considerações teóricas sobre a distinção entre tática e estratégia, fundamentais ainda hoje.
Imagem: Exército Vermelho em Moscou, em 1918, durante a Guerra Civil (WikiCommons).
“A história em geral, e a história das revoluções em particular, é sempre mais rica em conteúdo, mais variada em formas e aspectos, mais viva e mais ‘astuta’ do que imaginam os melhores partidos, as vanguardas mais conscientes das classes mais avançadas.”
— Vladímir I. Lênin, em Esquerdismo, doença infantil do comunismo
O que fazer? é a obra seminal da teoria política de partido do dirigente revolucionário russo. Publicado como brochura em 1902, o livro apresenta as linhas gerais do que seria mais tarde chamado de “partido leninista”, indicando as tarefas de organização necessárias ao desenvolvimento da revolução, bem como avaliando os equívocos das diferentes linhas de pensamento no interior do que até então era o campo da social-democracia.
“Quem conhece, por pouco que seja, a situação real do nosso movimento não pode deixar de ver que a ampla difusão do marxismo foi acompanhada por um certo rebaixamento do nível teórico. […] Sem teoria revolucionária, não pode haver movimento revolucionário. Nunca se insistirá o bastante nessa ideia num momento em que a pregação da moda do oportunismo abraça a fascinação pelas formas mais estreitas da atividade prática.”
— Vladímir I. Lênin, em O que fazer?
Duas táticas da social-democracia na revolução democrática foi escrito no calor das manifestações que se seguiram ao chamado “Domingo Sangrento” – ocorrido em janeiro de 1905, quando as tropas do tzar Nicolau II abriram fogo contra uma multidão que protestava em frente ao Palácio de Inverno, em São Petersburgo –, um momento tido por muitos como marco inicial da agitação política russa. Publicado durante o exílio de Lênin em Genebra, na Suiça, a obra aponta tarefas da classe operária para os anos subsequentes e expõe as divergências fundamentais surgidas na época entre os bolcheviques e os mencheviques, além de trazer aspectos teóricos importantes, como uma contribuição ao conceito de “ditadura do proletariado” e a noção de “revolução ininterrupta”, análoga, sob muitos aspectos, à de “revolução permanente”, de Trótski.
O texto foi finalizado pouco tempo antes de outro evento significativo na vida política russa: o motim de marinheiros no couraçado Potemkin, posteriormente eternizado pelo cinema de Eisenstein. Na percepção de Lênin, a revolta que aconteceu em Odessa não apenas reforçava as avaliações que fizera, como induzia na prática uma mudança de posição necessária no interior da social-democracia russa.
Cena de O encouraçado Potemkin (1925), de Serguei Eisenstein
“A revolução ensina, sem dúvida, com tal rapidez e tal firmeza que parecem inacreditáveis nas épocas pacíficas de desenvolvimento político. E o que é mais importante, ela ensina não só os dirigentes mas também as massas.”
— Vladímir I. Lênin, em Duas táticas da social-democracia na revolução democrática
Democracia e luta de classes reúne uma seleção inédita de textos escritos por Lênin entre 1905 e 1919, fornecendo um panorama dos acalorados embates travados no interior do movimento revolucionário durante o período – entre eles, claro, as polêmicas contra o “renegado Kautsky” em torno da tática bolchevique no curso da guerra civil e a estratégia revolucionária. O enfoque da coletânea é a relação primordial entre o escopo das classes na sociedade e o conceito de democracia – elucidada, em síntese, na devida compreensão da noção de “ditadura do proletariado” em Marx.
Nesse conjunto de escritos, Lênin demonstra que é impossível dissociar a classe que está no poder do tipo de poder que ela exerce:
“A menos que se queira zombar do bom senso e da história, não se pode falar em ‘democracia pura’; enquanto existirem classes diferentes, só se pode falar em democracia de classes. […] A história conhece a democracia burguesa, que vem para substituir o feudalismo, e a democracia proletária, que vem para substituir a burguesa.”
— Vladmir I. Lênin. “A revolução proletária e o renegado Kautsky”, em Democracia e luta de classes
O Estado e a revolução
Escrito entre agosto e setembro de 1917, em meio às perseguições do governo provisório encabeçado por Aleksandr Keriénski, este livro é o mais relevante estudo sobre o caráter do Estado desde as obras de Karl Marx e Friedrich Engels. Para concluí-lo, Lênin desbravou página a página os escritos sobre o Estado dos fundadores do materialismo dialético, notadamente A origem da família, da propriedade privada e do Estado, de Engels, e A guerra civil na França, de Marx.
A elaboração do texto remonta a polêmicas travadas no seio do partido bolchevique, em 1916, que motivaram o dirigente comunista a confeccionar o caderno conhecido como O marxismo sobre o Estado (ou o “Caderno azul”). Em suas páginas, organizou inúmeras citações de Marx, Engels, Kautsky, Pannekoek e Bernstein, além de fazer observações e críticas que se tornariam a base de O Estado e a revolução. A obra, redigida meses antes da tomada do poder pela Revolução de Outubro, só foi publicada no primeiro semestre de 1918. O autor revisou e ampliou o volume para a segunda edição russa, lançada no ano seguinte, dando-lhe a forma final.
Manifestação durante a Revolução de Fevereiro (WikiCommons).
“A sociedade capitalista, considerada em suas mais favoráveis condições de desenvolvimento, oferece‑nos uma democracia mais ou menos completa na república democrática. Mas essa democracia é sempre comprimida no quadro estreito da exploração capitalista e, por isso, sempre permanecerá, no fundo, a democracia de uma minoria, apenas para as classes possuidoras, apenas para os ricos. A liberdade na sociedade capitalista continua sempre a ser, mais ou menos, o que foi nas repúblicas da Grécia antiga: uma liberdade de senhores de escravos. Os escravos assalariados de hoje, em consequência da exploração capitalista, vivem de tal maneira acabrunhados pelas necessidades e pela miséria que nem tempo têm para se ocupar de ‘democracia’ ou de ‘política’; no curso normal e pacífico das coisas, a maioria da população encontra‑se afastada da vida sociopolítica.”
— Vladímir I. Lênin, em O Estado e a revolução
Imperialismo, estágio superior do capitalismo
Escrita um ano antes da Revolução de Outubro e publicada no calor das jornadas revolucionárias de 1917, esta obra é considerada uma das mais importantes contribuições do líder bolchevique. Colocado em evidência com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Lênin deixa claro que o imperialismo não era apenas uma prática política de determinados países capitalistas, mas a evolução do próprio sistema do capital, que atingia no início do século XX – com o capital financeiro e os monopólios – o seu estágio mais avançado. Ao confrontar-se, portanto, com os novos desafios do capital no século XX, Lênin acrescenta um capítulo às análises de Marx e Engels, oferecendo um dos mais importantes armamentos teóricos para o proletariado diante do capital monopolista.
“A política colonial dos países capitalistas já concluiu a conquista de todas as terras desocupadas do nosso planeta. Pela primeira vez, o mundo encontra-se já dividido, de tal modo que o que vem a seguir é somente uma redistribuição, ou seja, a passagem de um ‘proprietário’ para outro, e não a passagem de um território sem dono para um ‘dono’”.
— Vladímir I. Lênin, em Imperialismo, estágio superior do capitalismo
O desenvolvimento do capitalismo na Rússia
Análise rigorosa da economia e da estrutura social da Rússia no período posterior à reforma de 1861, que aboliu a servidão do campesinato, este estudo começou a ser escrito em 1896, quando Lênin estava na prisão, e foi finalizada apenas em 1899, durante seu exílio na aldeia de Chúchenskoie.
Indispensável e monumental, a obra é uma das mais significativas produzidas por Lênin, baseada em farta pesquisa e documentação histórica – o autor consultou mais de 500 fontes, entre livros, monografias, relatórios, atas, revistas, estatísticas etc. Partindo de uma perspectiva marxista, o autor esmiúça o desenvolvimento do mercado interno russo que acontece com a reforma e a divisão social do trabalho que se seguiu.
“Leitura do Decreto de 19 de fevereiro de 1861”, tela de Grigoriy Myasoyedov (1881). Via Wikimedia Commons
Embora pouco conhecidos do grande público, os Cadernos filosóficos reúnem um conjunto de textos considerado fundamental para compreender a evolução teórico-prática ocorrida nos intensos dez últimos anos de vida do líder soviético. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e a cisão por ela gerada no interior da Segunda Internacional, Lênin se viu forçado a deixar seu exílio na Polônia e estabelecer-se na Suíça, país neutro no conflito. No período em que esteve em Berna, o revolucionário leu, fichou e comentou textos filosóficos de diferentes épocas e procedências, de Aristóteles a Hegel e Marx, passando por Feuerbach, Plekhánov e muitos outros. Todos os estudos convergiam, no entanto, para uma preocupação central: a fundamentação dialética da transformação social. Ainda que fragmentárias, suas anotações representam uma mudança qualitativa em relação a sua obra filosófica conclusa mais conhecida, Materialismo e empiriocriticismo.
MAIS LÊNIN NA BOITEMPO



Manifesto Comunista/ Teses de Abril, de Karl Marx e Friedrich Engels e Vladímir Lênin
Uma edição comemorativa que une a obra mais famosa do filósofo alemão ao texto clássico do líder revolucionário. Apresenta contextos históricos, oferecendo uma análise abrangente da influência desses documentos na Revolução Russa de 1917 e sua relevância nos desafios contemporâneos do capitalismo.
Escritos de outubro, organizado por Bruno Gomide
Em um vibrante mosaico de vozes que ecoam a Revolução Russa, esta coletânea revela surpresas e tensões entre os protagonistas desse período épico. Inclui textos de Bábel, Berdiáev, Biély, Blok, Bogdánov, Bukhárin, Búnin, Górki, Guíppius, Kérjentsev, Khlébnikov, Kollontai, Lênin, Lunatchárski, Lunts, Maiakóvski, Mandelstam, Parnók, Rózanov, Suvtchínski, Téffi, Trótski, Tsvetáieva, Tyniánov, Vorônski, Vygódski, Vygótski, Zamiátin.
Marx pelos marxistas, organizado por André Albert
Tributo a Karl Marx, estes escritos reúnem relatos de amigos, familiares e companheiros de luta, pintando um retrato humano e afetuoso do pensador que desafiou o capitalismo. O artigo de Lênin “Karl Marx: breve esboço biográfico seguido de uma exposição do marxismo”, escrito para o Dicionário Enciclopédico Granat, foi um dos mais importantes textos a difundir a vida e a obra de Marx nas primeiras décadas do século XX.
UM PONTO DE PARTIDA PARA CONHECER LÊNIN
Lênin: uma introdução, de João Quartim de Moraes
Escrito para a coleção Pontos de partida, este livro do filósofo e cientista político João Quartim de Moraes, traz um panorama introdutório sobre a vida do revolucionário russo Vladímir I. Lênin. Começando pelos anos de formação, o autor repassa pontos importantes da vida de Lênin, como a construção do partido, as consequências da Primeira Guerra Mundial, os principais escritos do autor, a prisão na Sibéria, a derrota de 1905 até a grande revolução de 1917 e os anos posteriores até sua prematura morte, em 1924.
OUTROS LIVROS PARA SE APROFUNDAR


Reconstruindo Lênin: uma biografia intelectual, de Tamás Krausz
Uma biografia intelectual reveladora de Lênin, abordando sua teoria e prática política de forma equilibrada e crítica. Estudo fascinante sobre um dos líderes mais influentes do século XX e a relevância contínua do leninismo na contemporaneidade.
Lênin: um estudo sobre a unidade de seu pensamento, de György Lukács
Um fascinante mergulho na relação entre teoria e práxis do líder revolucionário. Escrito em 1924, após a morte de Lênin, destaca-se por apresentar, de forma clara e competente, conquistas teóricas cruciais, como a teoria do partido revolucionário e a definição da etapa imperialista do capitalismo.
“Lênin é o maior pensador que o movimento revolucionário dos trabalhadores concebeu desde Marx.”
— György Lukács, em Lênin: um estudo sobre a unidade de seu pensamento
CONTEÚDOS GRATUITOS PARA SABER MAIS
Na TV Boitempo
I Curso Livre Lênin
Por ocasião do seu centenário de morte, a editora Boitempo e o Cenedic, com apoio do Departamento de Sociologia da FFLCH/USP, realizaram o I Curso Livre Lênin. O programa foi composto por cinco aulas, que buscaram debater diferentes aspectos dos escritos do líder bolchevique: da concepção de partido ao método, passando por suas análises sobre o desenvolvimento capitalista na Rússia e o imperialismo, os debates reafirmam a atualidade de um dos maiores pensadores e revolucionários da história.
O curso completo, além de várias outras atividades sobre o legado de Lênin realizados ao longo de 2024 em todo o Brasil, estão disponíveis na TV Boitempo e podem ser acessados pela playlist abaixo:
Curso “Lênin: uma introdução”
Inspirado no livro homônimo, as duas aulas ministradas pelo professor João Quartim de Moraes foram preparadas exclusivamente para os assinantes do Armas da Crítica – o clube do livro da Boitempo – de setembro de 2024. Posteriormente, o curso foi integralmente disponibilizado na TV Boitempo.
No Blog da Boitempo
“Lênin continua insuperável“, por Virgínia Fontes
“Com elegância e maestria, Lênin não apenas se opõe aos setores oportunistas, economicistas, conformistas, ‘espontaneístas’, mas desmonta seus argumentos um por um, exibe a documentação que comprova a covardia de tais formulações e elabora cuidadosamente os argumentos que desvelam tais práticas, sem perder o fio das lutas revolucionárias. Ele consolida a teoria e a prática revolucionárias tanto na imediatidade dos embates de seu tempo, como enfrenta argumentos que, sorrateiros, são ainda hoje requentados e reutilizados, demonstrando a absoluta falta de criatividade e de opções dos defensores – mais ou menos maquiados – do capital e do capitalismo.”
“A filosofia revolucionária de Lênin“, por Gianni Fresu
“As maneiras de entender a dialética internamente ao materialismo histórico foram um divisor de águas na história do movimento operário de inspiração marxista. A posição da filosofia hegeliana como fonte essencial do marxismo foi ignorada ou combatida tanto pela ‘ortodoxia’ determinista quanto pelo revisionismo. Se, para Bernstein e seus diversos seguidores, a dialética é um simples método com o qual se pretende embrulhar a história – uma astúcia filosófica, um mero artifício metafísico, sobre a qual pesa a responsabilidade do ‘apriorismo’ marxista –, para Lênin a dialética é o coração pulsante do materialismo histórico, aquilo que o torna uma teoria viva e dinâmica.”
“Lênin contra a passividade“, por João Quartim de Moraes
“Em junho-julho de 1905, quando Lênin escreveu Duas táticas da social-democracia na revolução democrática, a revolta dos camponeses se aprofundava, ocupando latifúndios e reivindicando a nacionalização da terra. A burguesia pedia reformas liberais. A derrubada do tsarismo estava no horizonte, mas o regime dispunha de margem de manobra. Deviam os bolcheviques se pôr à frente das lutas em curso? Segundo os mencheviques, se a revolução tinha objetivamente caráter burguês, cabia à burguesia dirigi-la; a revolução dos operários era a socialista. Contra essa passividade travestida de rigor programático, Lênin desafiou a ortodoxia socialdemocrata.”
“Lênin e a teoria do Estado proletário“, por Marly Vianna
“Nas Teses de abril, Lênin havia deixado clara a necessidade de avançar rumo ao socialismo: nenhum apoio deveria se dado ao governo provisório, uma vez que, depois das experiência dos sovietes, amplamente respaldados pelo povo, não seria possível retroceder e apoiar uma república parlamentar burguesa. Decidido o rumo da revolução, Lênin passou a definir o que seria o Estado proletário instituído com a tomada do poder.”
“Imaginar a revolução“, por Carolina Peters
“Avesso ao esquematismo dogmático, Lênin nos defronta em seus textos com formulações sempre surpreendentes. Sua contribuição original parece possível graças a uma dialética (como não poderia deixar de ser) entre o absoluto rigor no estudo dos clássicos e a liberdade deliberada diante desses textos, uma postura ativa em relação aos problemas ali circunscritos. […] É por isso que Brecht dizia a respeito de Lênin: ‘Ele pensava dentro de outras cabeças; e na sua outros, além dele, pensavam. Este é o verdadeiro pensamento’.”
“Lênin e a crítica demolidora ao revisionismo“, por Edmilson Costa
“Lênin buscou compreender a natureza do processo de transição do capitalismo e, ao mesmo tempo, combater o revisionismo da Segunda Internacional e seus principais dirigentes, que dissimulavam e pactuavam com o imperialismo. Para derrotar essas tendências oportunistas no movimento operário, Lênin delineou os elementos da estrutura econômica e política que levaram à capitulação dos dirigentes da Segunda Internacional e formulou uma crítica demolidora a essas posições revisionistas.”
“V. I. Lênin (22/4/1870 – 21/1/1924), a luta pelo poder revolucionário e as ‘esquerdas’ no Brasil de hoje“, por Anita Prestes
“O grande mérito de Lênin naquele momento histórico explica-se não só pelo seu talento e sensibilidade política como principalmente pelo seu profundo conhecimento, tanto da realidade da Rússia e das especificidades de ter este país se transformado no ‘elo mais fraco da cadeia das nações imperialistas’, quanto pelo domínio criativo da teoria revolucionária marxista.”
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