Cultura inútil | Vingar-se, às vezes, é preciso!

De Shakespeare a Napoleão Bonaparte, passando por Susan Sontag, Freud e Buda, Mouzar Benedito faz uma seleção de frases sobre a vingança.

Imagem: “Justice and Divine Vengeance Pursuing Crime”, de Pierre-Paul Prud’hon (Wikimedia Commons).

Por Mouzar Benedito

“Vingança é um prato que se come frio”. Muita gente acha que esse é um ditado brasileiro e, mais especificamente, mineiro. E tem quem ache que é uma frase de Guimarães Rosa. Eu mesmo estava em dúvida e já usei como sendo ditado mineiro, de tanto ouvir isso. Mas resolvi procurar saber e… surpresa! Nada disso! É, segundo minhas fuçadas, um ditado atribuído ao escritor inglês James Payn, que viveu de 1830 a 1898. Mas há quem atribua ao francês Eugène Sue, também do século XIX (viveu de 1804 a 1857), só que ele não disse tão claro assim. No romance Memórias de Matilda, diz o autor: “A ideia subjacente é que a vingança é mais satisfatória quando se teve tempo de premeditá-la e prepará-la, até a perfeição, em vez de se agir às pressas”.

Bom, seja pra comer frio ou às pressas, sem preparação; seja mineiro ou não, acredito que muita gente disfarça o desejo de se vingar de alguma maldade sofrida. Por exemplo, quando vejo mãe ou pai de jovem morto pela polícia ou por outra pessoa qualquer, injustamente (se é que se pode julgar justo um assassinato por algum motivo brabo) e com crueldade, geralmente o parente do assassinado diz: “Não quero vingança, quero justiça”, sinto que nem sempre é verdade. Ora, você sabendo que uma pessoa querida foi morta sob tortura, por sádicos fardados ou não, se contenta em esperar justiça? Acho que é querer ser “cristão” demais.

Mas nos ditados populares e nas falas de escritores e outros intelectuais, a vingança é (quase) sempre condenada. “Não resolve”, é o que se conclui. Mas quem, sem poderes, quer resolver alguma coisa que quem pode não quer resolver?

No Brasil, em algumas cidades, era comum uma inimizade mortífera entre famílias. Uma família matava uma pessoa de outra, que esperava um tempo e (como o prato que se come frio) algum tempo depois a família do assassinado matava alguém da família que matou seu ente querido (ou nem tanto). Aí a outra família matava mais um, por vingança… uma coisa que não acabava. Na cidade de Exu (Pernambuco), terra de Luiz Gonzaga, havia uma briga dessas. Uma vez, acho que no início dos anos 1970, estava lá e brinquei com umas meninas que eu e dois amigos paquerávamos, perguntando se elas eram de alguma dessas famílias. Responderam brabas que aquilo era invenção da imprensa. E no final do mesmo dia tivemos a notícia do assassinato de um rapaz de uma dessas famílias.

Na Itália, havia uma prática como essa, atribuída à Máfia: a “vendeta”, vingança entre clãs, hábito que chegaram a levar (com os mafiosos) para os Estados Unidos.

Ah… em certas situações, justiça e vingança se confundem. E são necessárias. Pra mim, um bom exemplo foi o fim da ditadura no Brasil. A grande mídia, que apoiou o golpe de 64 e mamou na ditadura durante um bom tempo, passou a louvar uma “transição pacífica”, sem “vingança” contra os canalhas da ditadura, fazendo parecer que isso não seria justiça, mas sim revanche. Autodefesa, talvez. Quem defendia a punição dos líderes (muitos civis) e executores de todo tipo de maldade na ditadura, era chamado (xingado!) de revanchista, inclusive por muitas vítimas da ditadura cheias de bom-mocismo.

Não houve punição nenhuma. Esse pessoal cheio de bom-mocismo dizia que os corruptos, torturadores e todo tipo de gente que deitou e rolou na ditadura se adaptaria aos novos tempos, democráticos, justos e sem corrupção. Eu, modéstia à parte, não achava nada disso. E era xingado. Resultado: todo o pessoal da ditadura foi anistiado (suas vítimas, nem tanto) e continuou praticando as mesmas barbaridades, roubando, corrompendo, praticando a violência e tendo altos cargos políticos. Impunes. Quem achava que eles iam ser “contaminados” por pessoas boas com quem teriam que conviver, viu que aconteceu o contrário: eles é que “contaminaram” os outros. Muita gente que até então se comportava com uma certa dignidade parece que pensou: “Caramba! Tô sendo trouxa! Os caras que roubaram durante toda a ditadura continuam roubando, sem punição, e eu fico me matando de trabalhar sem aceitar propina, sem meter a mão no dinheiro público”… E aderiu à velha prática.

Enfim… juntei frases que colhi há tempos com outras que conheci depois de decidir escrever este texto. Vamos a elas.

Shakespeare (em O mercador de Veneza): “Se você nos picar, não sangramos? Se você nos faz cócegas, não rimos? Se você nos envenenar, não morreremos? E se você nos prejudicar, não devemos nos vingar?”.

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Shakespeare, de novo: “Cada gota de sangue inocente derramado clama vingança contra o príncipe que fez afiar a espada”.

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Alfred Hitchcock: “A vingança é doce e não engorda”.

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Provérbio italiano: “A vingança nobre não é pecado”.

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Guimarães Rosa: “Vingar é lamber, frio, o que o outro cozinhou quente demais”.

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Marcelo Marchesi: “Tenho uma geladeira cheia de vingança que nunca irei comer”.

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Frank Sinatra: “A melhor vingança é o sucesso estrondoso”.

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Alda Merini: “A melhor vingança? Felicidade. Não há nada que enlouqueça mais as pessoas do que ver você feliz”.

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Paul Gauguin: “Sendo a vida o que é, sonha-se com a vingança”.

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Vincent Van Gogh: “Quanto mais feio, mais velho, mais mesquinho, mais pobre eu fico, mais desejo me vingar fazendo cores brilhantes, bem arranjadas, resplandecentes”.

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Susan Sontag: “A interpretação é a vingança do intelectual sobre a arte”.

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Mateo Alemán: “A melhor vingança, a mais lucrativa e a menos perigosa é aquela em dinheiro”.

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Eça de Queirós: “Eu não sou um moralista, sou um artista; o artista é um ser nefasto – que não é responsável pelas suas fantasias nem pelas suas vinganças”.

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Jesus Cristo: “Você sabe que na Bíblia foi dito: olho por olho, dente por dente. Mas eu vos digo: não se vingue de quem te faz mal”.

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Mahtma Gandhi: “Olho por olho, e o mundo acabará cego”.

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Buda: “O rancor que você guarda é como uma brasa que você pretende jogar em alguém, só que quem queima é você”.

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Alexandre Dumas: “’Oh, Deus’, disse Monte Cristo, ‘sua vingança às vezes pode demorar a chegar, mas acho que então será ainda mais completa’”.

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Ditado popular: “A vingança é o prazer dos deuses”.

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Jacques Bossuet: “A pior vingança de uma mulher é permanecer fiel a um homem”.

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Pierre Corneille: “Vingar-se sem entusiasmo é cortejar o desastre; condene ou coroe seu ódio”.

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Balzac: “O ódio sem desejo de vingança é um grão caído sobre o granito”.

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Ditado popular: “Quem semeia ódios, colhe vinganças”.

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Freud: “A maldade é a vingança do homem contra a sociedade pelas restrições que lhe impõe […]. É o resultado dos conflitos entre nossos instintos e nossa cultura”.

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Francisco de Bastos Cordeiro: “Esquecer uma ofensa é mostrar-se superior; perdoá-la é vingar-se terrivelmente”.

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Leoni Kaseff: “A vingança da virtude é o perdão”.

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Benedetto Croce: “Mesmo na vingança, em suma, não desfrutamos do mal dos outros, mas do nosso próprio bem”.

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Carmen Sylva: “Dizem que a vingança é doce: à abelha, custa-lhe a vida”.

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Nietzsche: “Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara que o homem”.

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Indira Gandhi: “O amor nunca faz reclamações; jamais se irrita e nunca exerce a vingança”.

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Alexandre Herculano: “Quanto o fel se mistura com o prazer da vingança”.

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Marco Aurélio: “O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele”.

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Camilo Castelo Branco: “O inverso da caridade é a vingança”.

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Maquiavel: “Os homens devem ser adulados ou destruídos, pois podem vingar-se das ofensas leves, não das graves; de modo que a ofensa que se faz ao homem deve ser de tal ordem que não se tema a vingança”.

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Laura Hillenbrand: “O paradoxo da vingança é que ela torna os homens dependentes daqueles que os prejudicaram, acreditando que a libertação da dor só acontecerá quando seus algozes sofrerem”.

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Provérbio alemão: “A vingança é uma salsicha de sangue”.

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Lupicínio Rodrigues, na música “Vingança”: “Eu gostei tanto / tanto / quando me contaram / que a encontraram bebendo e chorando / na mesa de um bar”.

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Lupicínio, ainda, na mesma música: “… Enquanto houver força em meu peito / eu não quero mais nada / E pra todos os santos / vingança, vingança clamar / Ela há de rolar como as pedras / que rolam na estrada / sem ter nunca um cantinho de seu / pra poder descansar”.

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Confúcio: “Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas”.

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Ditado popular: “Vingança e ciúmes são espadas de dois gumes”.

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Rudyard Kipling: “Aqueles que matam cobras são mortos por cobras”.

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James Fenimore Cooper (em “O Último dos Moicanos”): “Quando o homem branco morre, ele pensa que está em paz, mas os homens vermelhos sabem torturar até os fantasmas dos seus inimigos”.

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Rocco Schiavone: “É a própria natureza da vingança, que percebe o tempo ao contrário: quanto mais ele passa, mais aumenta o desejo”.

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Luigi Pulci: “Espere o lugar e a hora da vingança, porque nada é bem feito com pressa”.

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Ditado popular: “A vingança sabe esperar”.

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Napoleão Bonaparte: “Vingança não tem previsão”.

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Vittorio Alfieri: “Alta vingança / do alto silêncio ela é filha”.

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Átila: “É um direito natural saciar a alma com vingança”.

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Ditado popular: “A vingança abranda a dor”.

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Dante Alighieri: “A grande honra se conquista com a vingança”.

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Pierre Marivaux: “A vingança agrada a todos os corações ofendidos; […] uns preferem-na cruel, outros generosa”.

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Friedrich Schiller: “A vingança é estéril em si mesma: o alimento terrível de que se alimenta; seu deleite é o assassinato e seu fim é o desespero”.

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Ditado popular: “A vingança é doce, mas os frutos são amargos”.

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Torquato Tasso: “Doce é a raiva em espera pela vingança”.

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Tertuliano: “Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe”.

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Castro Alves: “Ai! Que vale a vingança, pobre amigo. Se na vingança, a honra não se lava”.

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Benjamin Franklin: “O esquecimento mata as injúrias. A vingança multiplica-as”.

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Prosper Mérimée: “A vingança é o duelo dos pobres”.

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Ditado popular: “Quem não pode vingar-se do senhor, vinga-se do criado”.

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Baltasar Gracián: “Não se vinga bem recorrendo ao mal”.

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Robert Kennedy: “Não fique bravo, vingue-se”.

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Raul Sampaio e Nelson Gonçalves (na música “Revolta”): “É meu consolo acreditar que estás sofrendo / e em tua vida de prazeres vives louca…”.

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John Jefferson: “Um bom ato de vingança merece outro”.

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Erasmo de Roterdã: “De uma guerra se gera outra; uma vingança puxa outra”.

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Ditado popular: “Atrás de mim, vem quem me vingará”.

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Paul-Jean Toulet: “Ser mau é vingar-se antecipadamente”.

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Antigo provérbio chinês: “Sente-se à beira do rio e espere. Mais cedo ou mais tarde você verá o cadáver do seu inimigo passar”.

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Charles Dickens: “Quando chegar a hora, solte um tigre e um demônio; mas espere o tempo com o tigre e o demônio acorrentados – não mostrados, mas sempre prontos”.

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Arthur Conan Doyle: “A vingança não dá satisfação se o alvo não tiver tempo para entender quem o atinge o motivo da punição”.

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Jean de La Bruyère: “É por fraqueza que odiamos um inimigo e pensamos em nos vingar; é por preguiça que nos acalmamos e desistimos da vingança”.


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Mouzar Benedito, jornalista, nasceu em Nova Resende (MG) em 1946, o quinto entre dez filhos de um barbeiro. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). Estudou Geografia na USP e Jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo. É autor de muitos livros, dentre os quais, publicados pela Boitempo, Ousar Lutar (2000), em coautoria com José Roberto Rezende, Pequena enciclopédia sanitária (1996), Meneghetti – O gato dos telhados (2010, Coleção Pauliceia) e Chegou a tua vez, moleque! (2021, Editora Limiar). Colabora com o Blog da Boitempo mensalmente.

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