Conheça um dos autores mais odiados pela extrema direita

Saiba quem foi Saul D. Alinsky, autor de "Regras para radicais", livro que chega primeiro para os assinantes do Armas da Crítica, o clube do livro da Boitempo.

Saul Alinsky foi um destacado organizador comunitário e autor, cuja influência ressoa profundamente no campo do ativismo social e na teoria política contemporânea. Nascido em 1909 em Chicago, Alinsky dedicou sua vida a transformar comunidades e promover mudanças sociais significativas através da organização de base. Seu trabalho é frequentemente associado ao conceito de “organização comunitária”, uma abordagem que visa mobilizar os cidadãos para lutar por justiça social e econômica.

Graduado em Filosofia pela Universidade de Chicago, especializou-se em arqueologia, uma área que lhe despertava grande interesse. No entanto, seus planos de se tornar um arqueólogo profissional foram frustrados pela Grande Depressão nos Estados Unidos. Durante a pós-graduação, estudou criminologia, o que o levou a conhecer a gangue de Capone e, mais tarde, a penitenciária Estadual Joliet, onde pesquisou sobre a vida na prisão. Ao longo de quase quarenta anos dedicados à organização política, Alinsky enfrentou muitas críticas, mas também recebeu elogios de diversas figuras públicas. Sua atuação como organizador comunitário foi centrada na melhoria das condições de vida em comunidades empobrecidas em todo o país. Na década de 1950, ele concentrou seus esforços em melhorar as condições nos guetos afro-americanos, começando por Chicago e expandindo seu trabalho para outros guetos na Califórnia, Michigan e Nova Iorque, além de diversos outros locais de conflito social.

Na década de 1960, suas ideias foram adotadas por estudantes universitários e organizadores da contracultura, que as integraram às suas estratégias para formar organizações nos campi universitários e em outras instituições. Em 1970, a revista Time destacou que “não seria exagero afirmar que a democracia americana tem sido impactada pelas ideias de Alinsky”.

Regras para radicais, publicado pela primeira vez em 1971 e escrito em meio a efervescências políticas como a Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis, tornou-se uma obra de referência na formação de ativistas. No livro, Alinsky apresenta os princípios teóricos e políticos do movimento de organização das comunidades estadunidenses, em especial as urbanas. Como um guia político, Regras para radicais traz ideias e orientações para mudanças sociais a partir de construções coletivas, além de abordar os princípios organizativos e de formação de lideranças populares.

Alinsky é muitas vezes lembrado por suas estratégias ousadas e por sua capacidade de engajar comunidades em lutas por seus direitos. A extrema direita tem verdadeiro fascínio por suas ideias e táticas, consideradas manipuladoras e subversivas.

Saul Alinsky faleceu em 1972, mas seu impacto continua a ser sentido. Seus métodos e filosofias continuam a influenciar organizadores comunitários, ativistas e líderes políticos ao redor do mundo, destacando a relevância contínua de sua visão para a mudança social. Em um cenário global em constante transformação, o pensamento de Alinsky oferece visões valiosas sobre o poder da organização comunitária e a busca por justiça e equidade.


Não perca a live de lançamento antecipada de Regras para radicais no próximo dia 15 de agosto às 17h, com debate entre Alessandra Orofino, Áurea Carolina, Bruno Torturra e Roberto Andrés, na TV Boitempo:


Regras para radicais: guia prático para a luta social

Publicado pela primeira vez em 1971, Regras para radicais, do estadunidense Saul Alinsky, foi escrito em meio a efervescências políticas como a Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis. A obra, que desde então virou referência na formação de ativistas, apresenta os princípios teóricos e políticos do movimento de organização das comunidades estadunidenses, em especial as urbanas. Como um guia político, Regras para radicais traz ideias e orientações para mudanças sociais a partir de construções coletivas, além de abordar os princípios organizativos e de formação de lideranças populares.

A obra chega ao Brasil pela primeira vez e em meio a disputas jamais imaginadas por Alinsky, como a concentração de poder das big techs, a ascensão da extrema direita no mundo e novos debates sobre identidade e interseccionalidade. Para Áurea Carolina e Roberto Andrés, que assinam a orelha da obra, as táticas propostas pelo autor permanecem atuais: “Elas foram pensadas para que o lado mais frágil da sociedade seja capaz de vencer disputas contra aqueles com muito poder”.

Regras para radicais, de Saul D. Alinsky, tem tradução de Nélio Schneider, prefácio de Alessandra Orofino, orelha de Áurea Carolina e Roberto Andrés e capa de Mateus Rodrigues.

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