Como começar a ler Angela Davis?, por Raquel Barreto

Confira o roteiro proposto por Raquel Barreto e não perca o ciclo de debates que marca os 80 anos de Angela Davis!

Raquel Barreto propõe um itinerário para compreender a produção de Angela Davis, uma das mais importantes pensadoras contemporâneas. Sua extensa obra se inicia na década de 1960 e articula uma sólida formação teórica e filosófica, uma análise estrutural e uma práxis perseverante atenta as questões que o tempo presente impõe.

Nos dias 30 e 31 de janeiro, a trajetória, a obra e a militância da autora de Mulheres, raça e classe serão debatidas por grandes especialistas, com especial ênfase aos diálogos que Davis vem travando com intelectuais e movimentos sociais brasileiros. O evento, realizado com o apoio do CPF Sesc, terá transmissão ao vivo pelo YouTube. Confira as informações sobre o evento aqui.


Uma autobiografia, de Angela Davis
Davis, à época com 28 anos, narra a sua trajetória, da infância à carreira como professora universitária, interrompida por aquele que seria considerado um dos mais importantes julgamentos do século XX e que a colocaria, ao mesmo tempo, na condição de ícone dos movimentos negro e feminista e na lista das dez pessoas mais procuradas pelo FBI.

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis
Obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Davis começa o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, demonstrando a impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo.

Mulheres, cultura e política, de Angela Davis
Nessa compilação de discursos e artigos, a ativista política Angela Davis apresenta um balanço de sua luta por uma mudança social progressista. Dividida em três eixos temáticos, “Sobre as mulheres e a busca por igualdade e paz”, “Sobre questões internacionais” e “Sobre educação e cultura”, a obra aborda as mudanças políticas e sociais pelas quais o mundo passou nas últimas décadas em relação à igualdade racial, sexual e econômica.

A liberdade é uma luta constante, de Angela Davis
Ampla seleção de seus artigos, discursos e entrevistas recentes realizados em diferentes países entre 2013 e 2015, organizados pelo militante dos direitos humanos Frank Barat. Os textos trazem reflexões sobre como as lutas históricas do movimento negro e do feminismo negro nos Estados Unidos e a luta contra o apartheid na África do Sul se relacionam com os movimentos atuais pelo abolicionismo prisional e com a luta anticolonial na Palestina.

O sentido da liberdade, de Angela Davis
Publicados pela primeira vez em português, os doze textos que compõem o livro foram palestras realizadas por Angela Davis entre 1994 e 2009 e abordam a relação entre neoliberalismo, racismo, opressões de gênero e classe e o fenômeno da expansão da indústria da punição (ou complexo industrial-prisional) nos Estados Unidos. É a partir dessa inter-relação que a autora analisa fatos históricos da sociedade estadunidense, como a guerra no Iraque, o 11 de Setembro, a eleição de Barack Obama, o movimento pelos direitos civis e a importância da luta coletiva – em especial das comunidades negras, LGBTQIA+ e de mulheres – para repensar e ampliar o sentido da liberdade.


Democracia para quem? Ensaios de resistência, de Angela Davis, Patricia Hill Collins e Silvia Federici
A obra reúne as palestras proferidas de 15 a 19 de outubro de 2019, por três intelectuais do movimento feminista – Angela Davis, Patricia Hill Collins e Silvia Federici –no âmbito do seminário internacional “Democracia em Colapso?”, promovido pelo Sesc São Paulo e pela Boitempo. No livro, é possível tomar contato com reflexões feitas pelas três autoras – referências globais em suas áreas de estudo e de atuação – sobre temas como capitalismo, racismo, desigualdade social, ecologia, entre outros.

Construindo movimentos: uma conversa em tempos de pandemia, de Angela Davis e Naomi Klein
A covid-19 seria mesmo democrática como muitos afirmam? Nessa conversa, as autoras argumentam que o foco da doença atinge especialmente os mais pobres e vulneráveis, como negros e mulheres, mesmo em países mais ricos, como os Estados Unidos. A atuação de líderes autoritários que utilizam a pandemia como manobra de garantia de poder também é tema no debate, com destaque para Viktor Orban, Jair Bolsonaro, Benjamin Netanyahu e Donald Trump. 


30 e 31 de janeiro de 2024
Realização: CPF-Sesc e Boitempo


30/01 | 10h às 12h | Angela Davis, Brasil e movimentos sociais
Conversa com Angela Figueiredo e Vilma Reis, mediação de Camilla Dias


30/01 | 14h às 16h | Angela Davis, abolicionismo e antirracismo
Conversa com Jurema Werneck e Preta Ferreira, mediação de Semayat Oliveira


30/01 | 17h às 19h | Angela Davis, feminismo e interseccionalidade
Conversa com Geni Núñez e Zélia Amador de Deus, mediação de Maria Carolina (Encruzilinhas)


31/01 | 10h às 12h | Angela Davis, internacionalismo e a causa Palestina
Conversa com Natália Chaves e Juliana Borges, mediação de Soraya Misleh


31/01 | 14h às 16h | Angela Davis, comunismo e o Partido dos Panteras Negras
Conversa com Raquel Barreto e Rosane Borges, mediação de Renata Souza


31/01 | 17h às 19h | Angela Davis, democracia e liberdade
Conversa com Laíssa Ferreira e Neon Cunha, mediação de Adriana Ferreira


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