Curso completo de introdução à obra de Astrojildo Pereira na TV Boitempo!

Já está disponível o curso completo de Introdução à obra de Astrojildo Pereira promovido em parceria entre o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo e a Boitempo, com a presença de Gilberto Maringoni, Joselia Aguiar e Marly Vianna.

Já está disponível o curso de Introdução à obra de Astrojildo Pereira, na TV Boitempo. O objetivo do curso virtual é apresentar a vida e o pensamento de Astrojildo Pereira, escritor, jornalista, crítico literário e político brasileiro, fundador do PCB, por ocasião do centenário de fundação do Partido Comunista Brasileiro. A apresentação de sua biografia e de seus escritos foi realizada em três palestras, com a presença de Gilberto MaringoniJoselia Aguiar e Marly Vianna.

O curso foi promovido em parceria entre o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo e a Boitempo, que editou para a ocasião uma caixa contendo cinco obras de Astrojildo Pereira e uma biografia, de autoria de Martin César Feijó. Como forma de homenagem aos 100 anos do Partido Comunista Brasileiro, novas e cuidadosas edições de obras de um de seus fundadores foram lançadas: URSS Itália Brasil (1935), Interpretações (1944), Machado de Assis: ensaios e apontamentos avulsos (1959), Formação do PCB: 1922-1928 (1962) e Crítica impura (1963). A biografia de Astrojildo, escrita por Martin Cezar Feijó, O revolucionário cordial, também ganhou nova edição. Os livros podem ser adquiridos separadamente ou com valor promocional em uma caixa com os seis volumes.

Os textos de orelha dos livros podem ser lidos aqui no Blog:
Astrojildo Pereira e a centralidade do embate entre democracia e fascismo no Brasil, por Dainis Karepovs
Astrojildo Pereira: crítica alerta e recusa a esquematismos fáceis, por Pedro Meira Monteiro
O Machado de Assis de Astrojildo Pereira, por Luccas Maldonado
Astrojildo Pereira e a fundação do PCB, por Fernando Garcia de Faria
Astrojildo Pereira: paixão militante e curiosidade autodidata, por Paulo Roberto Pires
Martin Cezar Feijó e o retrato rigoroso da vida de Astrojildo Pereira, por Gilberto Maringoni

Todas as aulas do curso podem ser vistas nessa playlist em nosso canal no YouTube, mas também é possível conferir cada uma delas mais abaixo neste post. Não se esqueça de se inscrever na TV Boitempo para receber nossos vídeos em primeira mão.

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Introdução à obra de Astrojildo Pereira

Astrojildo Pereira: o jornalista | Gilberto Maringoni


Astrojildo Pereira: o militante | Marly Vianna


Astrojildo Pereira: o crítico literário | Joselia Aguiar


Conheça a coleção

Primeira obra de Astrojildo, URSS Itália Brasil foi publicada pela primeira vez em 1935 e abrange textos lançados na imprensa de 1929 a 1934. O livro é fundamental para estudiosos dos anos de 1930, época que o Brasil vivia uma fase de consolidação de um Estado centralizado após a chamada Revolução de 30 e que comunismo e fascismo eram poderosas forças que se contrapunham no contexto geopolítico. Os textos de Astrojildo funcionam como importantes depoimentos do período e trazem ao leitor um rico material de informação e análise sobre a formação do Estado soviético, as condições do fascismo italiano e as contradições intelectuais e políticas do Brasil da primeira metade do século XX.

Machado de Assis: ensaios e apontamentos avulsos, lançado pela primeira vez em 1959, é um dos trabalhos mais importantes e conhecidos de Astrojildo Pereira. O autor traz uma detalhada análise sobre a vida e obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira, revelando um escritor perspicaz, crítico atento e sensível e um romancista com forte sentido político e social.

Interpretações foi lançado em 1944 e inclui textos redigidos entre 1929 e 1944. O livro está dividido em três partes: “Romances Brasileiros”, “História política e social” e “Guerra Após Guerra”. A primeira parte aborda a obra de diversos romancistas nacionais como Machado de Assis, Manuel Antonio de Almeida, Joaquim Manuel de Macedo, Lima Barreto e Graciliano Ramos. A segunda parte analisa as vicissitudes históricas da formação brasileira, incluindo o debate sobre a abolição da escravatura, durante o Segundo Reinado. Já na terceira e última parte, Astrojildo analisa as questões internacionais, como a ascensão do nazismo, a Segunda Guerra Mundial e faz uma importante reflexão sobre os deveres do intelectual brasileiro diante do conflito mundial. 

Crítica impura foi o último livro publicado por Astrojildo. Seu conteúdo é uma reunião de textos publicados originalmente em diferentes jornais e revistas e selecionados para compor três eixos temáticos. A primeira parte é dedicada à literatura, com estudos sobre a vida e obra de autores como Machado de Assis, Eça de Queiroz, Monteiro Lobato, José Veríssimo e outros. Nesse momento, pode-se ver a produção que colocou Astrojildo entre os principais críticos literários brasileiros. A segunda aborda a China comunista na qual Astrojildo analisa uma série de relatos de viagens sobre o país asiático feitos durante os anos 1950 e 1960. Apresenta-se, então, um militante comunista atento ao processo revolucionário chinês que havia ocorrido há pouco. O último eixo tem como assunto comum as vinculações entre política e cultura, reunindo textos de intervenção pública que marcaram a trajetória política de Astrojildo em diversos debates centrais do Brasil da metade do século XX.

Principal articulador da fundação do PCB em março de 1922, Astrojildo escreveu ao longo dos anos, para jornais e revistas, uma série de textos sobre os acontecimentos que marcaram a fundação do partido. Em 1962, quando se comemorava os 40 anos da fundação do partido, reuniu os melhores artigos e notas sobre a história da legenda e os publicou com o título Formação do PCB 1922/1928.

O revolucionário cordial: Astrojildo Pereira e as origens de uma política cultural é uma tentativa de interpretação da trajetória do intelectual Astrojildo Pereira através de seus escritos e sua comunicação, principalmente aquela impressa em livros. O trabalho de Martin Cezar Feijó busca apresentar os escritos militantes de Pereira, marcados por profunda tensão entre a revolução e a modernidade, no período que compreende a Primeira Grande Guerra (1914-1918) e o fim da Segunda Guerra (1939-1945).
 

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