Ditadura nunca mais!
Para nunca esquecer, entre os dias 31 de março e 2 de abril, uma seleção de e-books que tematizam o golpe de 1964, a ditadura militar e a resistência estarão com preço promocional de R$ 1,99 a R$9,90.
Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart, concretizando-se em 1º de abril. Já nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda, como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Nos 21 anos seguintes, milhares de pessoas foram presas, torturadas e mortas. Contra qualquer tentativa de revisionismo histórico: DITADURA NUNCA MAIS!
Para nunca esquecer, entre os dias 31 de março e 2 de abril, uma seleção de e-books que tematizam o golpe de 1964, a ditadura militar e a resistência estarão com preço promocional de R$ 1,99 a R$9,90.
O que resta da ditadura, de Edson Teles e Vladimir Safatle (org.)
Ditadura: o que resta da transição, de Milton Pinheiro
Memórias, de Gregório Bezerra
Cabo de guerra, de Ivone Benedetti
Poder e desaparecimento, de Pilar Calveiro
Cães de guarda, de Beatriz Kushnir
Soledad no Recife, de Urariano Mota
O novo tempo do mundo, de Paulo Arantes
Bala perdida, de Bernardo Kucinski e Christian Dunker
O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil, de Esther Solano
Por que gritamos Golpe?, organização de Ivana Jinkings e Kim Doria
Crise e golpe, de Alysson Leandro Mascaro
Tortura e sintoma social, de Maria Rita Kehl
1964, de Paulo Arantes
Do uso da violência contra o Estado ilegal, de Vladimir Safatle
Democracia Corintiana, de Ricardo Gozzi
Caio Prado Junior: uma biografia política, de Luiz Bernardo Pericás
Caio Prado Junior: o sentido da revolução, de Lincoln Secco
Ruy Guerra: paixão escancarada, de Vavy Pacheco Borges
Luiz Carlos Prestes, de Anita Leocadia Prestes
Brasil à parte: 1964-2019, de Perry Anderson
Fascismo, de Evguiéni B. Pachukanis
Ressentimento, de Maria Rita Kehl
Sete faces de Eduardo Coutinho, de Carlos Alberto Mattos
Um dia esta noite acaba, de Roberto Elisabetsky
Para quem estiver em São Paulo no dia 1º de abril, convidamos para o debate Literatura e ditaduras, com Ivone Benedetti, Marcelo Ridenti e Roberto Elisabetsky. A mediação será de Amanda Lacerda e Leonardo Claudiano (Grupo de Estudos Literatura e Ditadura). Às 10h30 na Livraria Martins Fontes (R. Dr. Vila Nova, 309, Vila Buarque, São Paulo).
Para saber mais sobre o tema
Arrigo, de Marcelo Ridenti
Arrigo apresenta ao leitor aventuras e desventuras do personagem que dá nome ao livro. Em uma visita corriqueira, o narrador, participante da narrativa, encontra Arrigo inerte em uma cadeira de balanço. Quando decide procurar ajuda, a porta emperra e o impede de sair do apartamento. A partir daí, decide terminar um antigo projeto de contar a história de Arrigo e companheiros enquanto aguarda socorro para tirá-los do esvaziado edifício Esplendor, no centro de São Paulo. Autor de diversas obras de não ficção, Ridenti traz em seu romance de estreia uma mescla de realismo e fantasia e revisita pela ficção cem anos de história da esquerda brasileira.
Um dia esta noite acaba, de Roberto Elisabetsky
Neste romance histórico, Roberto Elisabetsky entrelaça a história de uma família com a história recente de nosso país, por meio de uma estrutura que alterna a ação das personagens no dia do comício com recortes históricos de sua trajetória e a do Brasil, desde o fim da década de 1950 até aquela fatídica noite. Ambas as narrativas convergem para um desfecho surpreendente e emocionante. Uma história sobre o preço pago pela sociedade brasileira na luta por direitos democráticos, em contraponto aos riscos que a democracia enfrenta novamente no atual momento político do país.
Soledad no Recife, de Urariano Mota
O livro Soledad no Recife percorre as veredas dos testemunhos e das confissões ao reviver a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, e a traição que culminou em sua tortura e assassinato pela ditadura militar. Delatada pelo próprio companheiro Daniel, conhecido depois como Cabo Anselmo, Soledad morre com um grupo de candidatos a guerrilheiros, na capital pernambucana, pelas mãos da equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. O episódio ficou conhecido como “O massacre da chácara São Bento” e revelou-se mais um extermínio do que um confronto armado. A trama real inspira o romance em que Urariano Mota – com a propriedade de que viveu e sobreviveu aos anos pós 1964 – resgata os vestígios da traição arquitetada contra Soledad e contra o país naqueles tempos, com o olhar reflexivo de quem volta ao passado.
Cabo de guerra, de Ivone Benedetti
O arrebatador Cabo de guerra invoca fantasmas do passado militar brasileiro pela perspectiva incômoda de um homem sem convicções transformado em agente infiltrado. No final da década de 1960, um rapaz deixa o aconchego da casa materna na Bahia para tentar a sorte em São Paulo. Em meio à efervescência política da época, que não fazia parte de seus planos, ele flerta com a militância de esquerda, vai parar nos porões da ditadura e muda radicalmente de rumo, selando não apenas seu destino, mas o de muitos de seus ex-companheiros.
Ditadura: o que resta da transição, organização de Milton Pinheiro
Organizada pelo cientista político Milton Pinheiro, a coletânea enfrenta o desafio de reinterpretar uma história em que vários aspectos estão ainda por decifrar, desde o contexto por trás do golpe até a campanha pelas Diretas Já. Com ensaios inéditos de pensadores como João Quartim de Moraes, Anita Prestes, Lincoln Secco, Décio Saes, Marco Aurélio Santana, entre outros, o livro traça um rico panorama das continuidades e rupturas na história contemporânea brasileira, abrangendo temas como as mutações da ideologia, o lugar dos intelectuais, dos sindicatos, a mobilização comunista, as políticas econômicas e a presença dos partidos políticos.
O que resta da ditadura: a exceção brasileira, organização de Vladimir Safatle e Edson Teles
Bem lembrada na frase que serve de epígrafe ao livro, a importância do passado no processo histórico que determinará o porvir de uma nação é justamente o que torna fundamental esta obra. Organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, O que resta da ditadura reúne uma série de ensaios que esquadrinham o legado deixado pelo regime militar na estrutura jurídica, nas práticas políticas, na literatura, na violência institucionalizada e em outras esferas da vida social brasileira.
A ditadura é assim, de Equipo Plantel, com ilustrações de Mikel Casal
O cotidiano de um emburrado ditador ilustra como funciona a sociedade dentro de um regime autoritário. A ditadura é assim é o segundo volume da coleção Livros para o amanhã, que discute a maneira como as pessoas se relacionam em sociedade. O propósito deste livro é mostrar o funcionamento e os perigos da ditadura partindo de exemplos simples, a fim de que as crianças compreendam o problemas existentes em um sistema político que privilegia uma única corrente de pensamento em detrimento das outras.
Confira também os dossiês temáticos e artigos no Blog da Boitempo:
50 anos do AI-5
O que resta do Golpe de 64
A ditadura que tentou matar o futuro, por Milton Pinheiro
As balizas do golpe bonapartista e a esquerda brasileira, por Milton Pinheiro
Pachukanis e o fascismo, por Juliana Guimarães
Análise estrutural do fascismo: breves apontamentos, por Juliana Magalhães
Fascismo e crise como contradição, por Carlos Rivera-Lugo
Na TV Boitempo, fizemos uma playlist especial com vídeos que comentam, explicam e analisam a ditadura militar brasileira e outras formas de totalitarismo:
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