Você conhece a coleção Estado de sítio?

Saiba mais sobre a coleção da Boitempo, coordenada por Paulo Arantes, que conta com nomes como Giorgio Agamben, Vladimir Safatle, Leda Paulani, Alain Badiou, Maria Rita Kehl, Chico de Oliveira, Pilar Calveiro, Christian Laval, entre outros.

“A tradição dos oprimidos nos ensina que o ‘estado de exceção’ em que vivemos é na verdade a regra geral. Precisamos construir um conceito de história que corresponda a essa verdade.”
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Sob inspiração de Walter Benjamin, a coleção Estado de sítio coordenada por Paulo Arantes trata de temas centrais do nosso tempo: crescente autoritarismo do Estado, terrorismo, fundamentalismo e imperialismo, relações da televisão e do cinema com o poder e a guerra e conflitos globais.
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À coleção, que conta com títulos de Giorgio Agamben, Vladimir Safatle, Paulo Arantes, Leda Paulani, Alain Badiou, Christian Laval e Pierre Dardot, Pilar Calveiro, entre tantos outros, se soma O valor da informação: de como o capital se apropria do trabalho social na era do espetáculo e da internet, de Marcos Dantas, Denise Moura, Gabriela Raulino e Larissa Ormay.


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O que resta de Auschwitz, de Giorgio Agamben
Como narrar o inenarrável ou testemunhar sobre algo que está além da compreensão humana? O que resta de Auschwitz, de Giorgio Agamben, procura, a partir de uma análise profunda do papel do testemunho como documento histórico e de seus limites enquanto relato pessoal, entender as dimensões da produção escrita dos sobreviventes do Holocausto nazista. O livro investiga as dificuldades do testemunho quando este envolve a perda de referenciais básicos num espaço marcado pela total ausência de normas, onde o esforço pela identificação de algo parecido com uma lógica de funcionamento não só se mostrava vão, como também poderia significar a não sobrevivência.

A hipótese comunista, de Alain Badiou
A “hipótese comunista”, conceito formulado pelo filósofo, dramaturgo e militante francês Alain Badiou, inspira uma obra homônima sobre a revitalização do comunismo e um novo programa para a esquerda. Considerado um dos principais filósofos de nosso século, Badiou parte da reflexão sobre a noção de fracasso do comunismo – enunciado negativo amplamente disseminado pela ‘nova filosofia’ ocidental a partir da década de 1970 – para defender a sua retomada. Badiou vê o fracasso como uma trajetória, e não como o fim de uma experiência histórica.

A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal, de Christian Laval e Pierre Dardot
Por meio de recursos analíticos pouco ortodoxos – que conciliam investigação histórico-social e psicanálise, Foucault e Marx –, Dardot e Laval desfazem mitos e revelam o que há de novo no neoliberalismo: uma racionalidade global – e não apenas uma doutrina econômica ou ideológica – que vem transformando profundamente as sociedades de forma subterrânea e difusa, estendendo seu sistema normativo a todas as relações sociais, sem deixar incólume nenhuma esfera da existência humana.

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O novo tempo do mundo e outros estudos sobre a era da emergência, de Paulo Arantes
Os ensaios que integram O novo tempo do mundo formam o mapa possível de nosso tempo – um tempo em contínua guerra civil, assinalado pela ausência de perspectivas, estado de exceção permanente, catástrofe ambiental, colapso urbano e militarização do cotidiano: uma era de perpétua emergência, em que esquerda e direita confluem na gestão de programas de urgência. Refletindo sobre as manifestações de junho de 2013, o extermínio colonial, a economia de guerra, a indústria dos presídios, as UPPs, o trabalho nos campos de concentração, as revoltas nos guetos, o golpe militar de 64, Paulo Arantes enfrenta neste livro o ambicioso desafio de pensar a experiência da história em uma era de expectativas decrescentes.

O que resta da ditadura: a exceção brasileira, organização de Vladimir Safatle e Edson Teles
Bem lembrada na frase que serve de epígrafe ao livro, a importância do passado no processo histórico que determinará o porvir de uma nação é justamente o que torna fundamental esta obra. Organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, O que resta da ditadura reúne uma série de ensaios que esquadrinham o legado deixado pelo regime militar na estrutura jurídica, nas práticas políticas, na literatura, na violência institucionalizada e em outras esferas da vida social brasileira.

Poder e desaparecimento: os campos de concentração na Argentina, de Pilar Calveiro
Uma lúcida e profunda reflexão sobre os campos de extermínio criados na ditadura militar argentina. Combinando a autoridade de quem esteve presa e sobreviveu aos campos e o rigor crítico de uma cientista política, Pilar Calveiro faz uma análise da política, das dinâmicas de poder, nas experiências do dia a dia nos campos, mas também de maneira mais ampla, no horror do regime autoritário. Este livro é uma absoluta façanha: Calveiro sobreviveu à situação mais extrema do horror militar e manteve a corajosa tarefa de pensar a experiência. Subvertendo a proposta do testemunho bruto, o livro entrelaça diferentes depoimentos de sobreviventes com análises ‘distanciadas’ a respeito da formação histórica, social e psicológica do totalitarismo na sociedade argentina.


Novo livro da coleção Estado de sítio no Armas da crítica, o clube do livro da Boitempo

O valor da informação, de Marcos Dantas, Denise Moura, Gabriela Raulino e Larissa Ormay, é um estudo inédito e provocador que examina três grandes processos em curso na sociedade capitalista contemporânea: a apropriação do conhecimento pelos direitos de propriedade intelectual, a geração de valor por trabalho não pago dos usuários nas plataformas e redes sociais da internet e a produção e apropriação de rendas informacionais por meio do espetáculo audiovisual, com foco nos grandes campeonatos de futebol.

Com a ótica da teoria marxiana do valor-trabalho aplicada à teoria da informação, os autores apresentam temas extremamente atuais e com o mérito de unir uma teoria tradicional e consagrada a práticas absolutamente modernas – um tema já tratado de forma esparsa por outros autores, mas pela primeira vez reunido de forma consistente e aprofundada numa única publicação.

Entre outras considerações, é colocada uma questão central para reflexão: a informação é uma mercadoria? Nos três eixos da obra, são expostos os grandes conglomerados empresariais, suportados pelo capital financeiro, que comandam o trabalho de artistas, cientistas e mesmo da sociedade em geral, por meio da apropriação do mais-valor que geram graças à constante troca de informações.

O valor da informação: de como o capital se apropria do trabalho social na era do espetáculo e da internetde Marcos Dantas, Denise Moura, Gabriela Raulino e Larissa Ormay é o livro de julho do Armas da crítica, o clube do livro da Boitempo. Assine até o dia 15 de julho para garantir em primeira mão seu exemplar e todos os benefícios do nosso clube do livro:
📙📱 Um lançamento antecipado da editora por mês, em versão impressa e e-book
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Hoje, às 15h, teremos o lançamento antecipado de O valor da informação, com debate entre Marcos Dantas, Denise Moura, Gabriela Raulino, Larissa Ormay e Rafael Grohmann (mediação), na TV Boitempo:

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