O próximo ano se afigura como um dos mais difíceis de nossa História. Nele estará contido o espalhamento maior da pandemia e o seu fim. Será tenso e esperançoso. O confinamento social nos tornou mais reflexivos. A proximidade dramática de situações-limite, entre vida e morte, nos levou a pensar e agir em coisas essenciais. A Boitempo lança livros que versam sobre mudanças, revoluções, quebra de costumes, tentativa de desenhar um futuro que seja a opção de um presente melhor.
2020 chegou como um furacão. Foi desafiador para os vulneráveis, para os trabalhadores e trabalhadoras, para as mulheres, para o povo negro. Ao mesmo tempo, são os vulneráveis que mudam o mundo quando veem que nada mais têm a perder. Por isso a reação também foi forte nesse ano torto: do #BrequeDosApps às manifestações antirracistas, da defesa do livro contra os ataques promovidos pelo Ministério da Educação às mobilizações que se organizaram em torno do reencantamento da política em meio às eleições municipais.
Quisemos comemorar muitas coisas em 2020, quando completamos um quarto de século. Co-memorar, memorar juntos. Fizemos isso reunidos à distância, pela exigência dos tempos. Os 25 anos de existência da Boitempo foram marcados também pelos 150 anos de Vladímir Lênin e pelo bicentenário de Friedrich Engels.
Um ano de crise no mercado livreiro, que colocou a Boitempo à prova. Miramos no essencial. Mudamos práticas, formas de relacionamento com nossos parceiros, os leitores, ampliação de nossas atividades online – com cursos, seminários e atividades variadas e uma parceria mais estreita com livreiros independentes. Nosso blog cresceu. Lançamos uma coleção de títulos exclusivamente publicados em e-book acerca da crise do coronavírus e as possibilidades de reinvenção do comunismo e estreamos nosso aguardado clube do livro, o Armas da crítica. Tudo isso criou uma espécie de universo Boitempo, que vai muito além da atividade de comercializar obras impressas e virtuais.
Convidamos nossos leitores – a quem agradecemos uma vez mais e sem os quais nada disso seria possível – a seguirem acreditando no poder transformador da leitura e da solidariedade.
Que venha 2021, a vacina, boas leituras e a construção de um mundo sem opressões!
E, para não perdermos o costume, que em 2021 tenhamos um feliz fora Bolsonaro!
Confira em nosso Blog uma retrospectiva dos livros lançados neste 2020, que teve obras de Aleksandr Bogdánov, Alysson Leandro Mascaro, Angela Davis, Antonio Gramsci, Boaventura de Sousa Santos, Christian Ingo Lenz Dunker, David Harvey, Domenico Losurdo, Edyr Augusto, Evguiéni B. Pachukanis, Flávia Biroli, Friedrich Engels, Gianni Fresu, Giorgio Agamben, Graça Druck, Guilherme Gonçalves, Gustav Mayer, György Lukács, Janaína Tokitaka, João Carlos Salles, José Paulo Netto, Juan Marco Vaggione, Karl Marx, Leonardo Padura, Luiz Eduardo Soares, Luiz Filgueiras, Maria das Dores Campos Machado, Maria Rita Kehl, Mike Davis, Nancy Fraser, Naomi Klein, Olga de Dios, Perry Anderson, Pierre Salama, Rahel Jaeggi, Renata Souza, Ricardo Antunes, Sérgio Costa, Slavoj Žižek, Talíria Petrone e Vladímir Ilitch Lênin.
Com mais de 10 milhões de visualizações, a TV Boitempo ultrapassou em 2020 o marco de 257 mil inscritos, consolidando-se como o maior canal de editora latino-americana no YouTube! Aproveitamos para agradecer todas as pessoas que acompanham e contribuem com esse espaço que busca estender, para além das nossas publicações, a reflexão e o debate suscitado por nossos livros e autores.
Destacamos 10 conteúdos marcantes que o canal trouxe ao longo de 2020. Publicamos mais de cem vídeos diferentes, dentre os quais oito cursos online ministrados por autores nacionais e internacionais, mais de quarenta transmissões ao vivo, drops e colunas com reflexões sobre temas da atualidade política e cultural.
Qual vídeo acha que faltou ser incluído aqui? E que tipo de conteúdo gostaria de ver publicado na TV Boitempo em 2021? Não deixe de registrar sua sugestão ao final deste post!
Um pouco do que preparamos para 2021
Saiba, em primeira mão, algumas novidades nas quais estamos trabalhando para o ano que vem!
Além de novas obras de Vladímir Lênin, Nancy Fraser, Antonio Gramsci, Patricia Hill Collins, György Lukács, Silvia Federici, István Mészáros e, claro, Karl Marx e Friedrich Engels.
Boas festas!
Equipe Boitempo: Artur Renzo, Carolina Mercês, Débora Rodrigues, Dharla Soares, Elaine Ramos, Frederico Indiani, Heleni Andrade, Higor Alves, Ivam Oliveira, Ivana Jinkings, Kim Doria, Livia Campos, Luciana Capelli, Marina Valeriano, Marissol Robles, Marlene Baptista, Maurício Barbosa, Pedro Davoglio, Raí Alves, Thais Rimkus e Tulio Candiotto.
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