Cultura inútil: “Tô certo ou tô errado?” Um bordão autoritário

Mouzar Benedito decidiu dedicar sua coluna de "cultura inútil" deste mês aos pequenos grandes autoritarismos do cotidiano, talquei?

Por Mouzar Benedito.

Imagine um sujeito que sempre diz: “Sou um homem temente a Deus”, e beija uma medalhinha com a imagem da mãe. Que parece simplesmente um tipo folclórico, mas é poderoso, maligno, corrupto e não aceita discordâncias, manda dar sumiço nos seus desafetos. E sempre conclui suas imbecilidades com a pergunta: “Tô certo ou tô errado?”, chacoalhando o braço para exibir relógio e pulseiras de ouro.

Este é um dos personagens, fazendeiro (“ruralista”?), que, junto com políticos do poder, religiosos enganadores e comerciantes, explora a fé do povo.

Estamos falando dos tempos atuais? Poderia ser. Sinal que o Brasil continua o mesmo retratado por Dias Gomes na peça “O berço do herói”, de 1963 (proibida pela censura) e transformada em novela da Globo, proibida na época da ditadura e finalmente exibida em 1985/86, com o nome “Roque Santeiro”.

Em resumo, a novela trata de um personagem (Roque Santeiro) que teria sido morto ao defender os moradores de sua terra, Asa Branca (um microcosmo do Brasil), contra um bandido, e é transformado num verdadeiro santo no imaginário popular explorado pelo padre, o prefeito, os comerciantes e especialmente o fazendeiro todo-poderoso citado no início, Sinhozinho Malta, que tem um caso estanho com suposta viúva do herói, Porcina, que na verdade não foi casada com ele coisa nenhuma.

Mas 17 anos depois ele reaparece vivinho as silva, e vira um problema para os que exploram o povo que o cultua como um herói/santo morto.

Foi uma novela brilhante, que marcou época, escrita pelo próprio Dias Gomes e por Aguinaldo Silva, Marcílio Moraes e Joaquim de Assis.

Dois dos seus personagens mais importantes são a Viúva Porcina, representada por Regina Duarte, e Sinhozinho Malta, esse imbecil truculento que parece simpático e pergunta sempre “tô certo ou tô errado”.

Regina Duarte representou muito bem seu papel. Foi brilhante. Durante um bom tempo ela teve papéis na televisão que dava a impressão que era uma mulher de vanguarda, crítica, uma verdadeira feminista, pode-se dizer. Mas virou o quê?

Secretária da Cultura de um governo obscurantista que faz o Brasil parecer mesmo uma cópia ampliada da pequena cidade de Asa Branca.

E o bordão de Sinhozinho Malta? Bom, ainda hoje há gente parecida com ele que pergunta sempre “tô certo ou tô errado?”, às vezes mudando por “tenho ou não tenho razão?”.

Quem faz essas perguntas, teoricamente está tendo uma posição democrática, sendo modesto, reconhecendo a possibilidade de estar errado, não é? É um democrata?

Com muita “razão”, respondo: não! Quase sempre, o que vejo nessas pessoas que repetidamente perguntam se estão certas ou erradas, é que só aceitam a resposta “tá certo”. Não admitem um “tá errado”. São megalômanas, autoritárias e avessas a críticas, sua opinião é sempre a “verdade”. Há gente assim por aí. Esbravejam, falam impropérios e perguntam: “Tô certo ou tô errado?”. Arrisque a dizer “tá errado”…

Mas a palavra razão, como citei no começo, pode ter outros significados, como “faculdade de raciocinar, bom senso”. E também, “causa, motivo…”

E tem mais: “ter razão” (ou não ter) não é consenso. O que para uns está certo, para outros está errado. O que para uns é ter razão, para outros é não ter nenhuma razão.

Uns “sem razão” (no caso, razão no sentido de faculdade de raciocinar) preferem ser mais diretos, terminam suas afirmações horrorosas com um “talquei?” ou “qual o problema?”.

Selecionei uma série de frases sobre isso de razão nos três sentidos citados (“estar certo”, “ter faculdade de raciocinar” e “ser a causa, quer dizer, a razão de algum acontecimento”), tratam de pretensão, desculpa ou conformismo.

Minha coleta foi pensando nos Sinhozinhos Maltas que abundam e perguntam “tô certo ou tô errado”, “tenho ou não tenho razão?”, “talquei?” e “qual o problema?” e se julgam donos da razão. As frases selecionadas podem não ter muito a ver com esses personagens, mas acho que valem para a gente pensar.

Aí vão elas:

Millôr Fernandes: “Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: ‘Vocês têm toda a razão’.”

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Millôr, de novo: “Tem razão quem está com o 38 ou o caixa na mão”.

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René Descartes: “Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: todos estão convencidos de que a têm de sobra”.

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Clarice Lispector: “Refugiei-me na doideira porque a razão não me bastava”.

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Churchill: “A maior lição de vida é a de que, às vezes, até os tolos têm razão”.

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Ditado popular: “Até um relógio parado tem razão duas vezes ao dia” (ou: “Até um relógio parado está certo duas vezes ao dia”).

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Provérbio chinês: “Não compense na ira o que lhe falta na razão”.

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Pitágoras: “Entre dois homens iguais em força, o mais forte é o que tem razão”.

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Victor Hugo: “A razão melhor é sempre a do mais forte”.

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Victor Hugo, de novo: “Grandes homens! Quereis ter razão amanhã? Morrei hoje!”.

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Álvaro Moreyra: “Concordo para sempre: não convém contrariar. A chamada razão é um defeito orgânico, sem culpa dos possuidores”.

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Konrad Adenauer: “Em política, o importante não é ter razão, mas que a deem a alguém”.

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Adélia Prado: “Há sempre uma razão, embora não haja nenhuma explicação”.

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Camões: “Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”.

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Ditado popular: “Em casa que falta pão, todos gritam, ninguém tem razão”.

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Barão de Itararé: “Num governo sem razão todos gritam e ninguém tem pão”.

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Ana Carolina: “Dane-se a razão, eu quero amor!”.

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Bernard Shaw: “Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte”.

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Shaw, de novo: “A razão escraviza todas as mentes que não são suficientemente fortes para a dominarem”.

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Khalil Gibran: “Onde posso encontrar um homem governado pela razão, e não por hábitos e desejos?”.

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Francisco de Goya: “O sonho da razão produz monstros”.

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Benjamin Franklin: “Quando você quiser convencer alguém, fale de interesses em vez de apelar à razão”.

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Benjamin Franklin, de novo: “Aos 20 anos, a vontade é soberana; aos 30, o espírito; aos 40, a razão”.

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Marquês de Maricá: “A razão prevalece na velhice, porque as paixões também envelhecem”.

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Dante Alighieri: “A razão vos é dada para discernir o bem do mal”.

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G. K. Chesterton: “Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que perdeu tudo menos a razão”.

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Anatole France: “A razão é o que mais assusta em um louco”.

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André Gide: “As coisas mais belas são ditadas pela loucura e escritas pela razão”.

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André Suares: “A loucura é o sonho de uma única pessoa. A razão é, sem dúvida, a loucura de todos”.

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Jane Fonda: “Se uma boa causa os leva à loucura, pergunte-lhes se, como seres humanos, a razão justifica seus atos”.

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Princípio dos comerciantes: “O freguês sempre tem razão”.

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S. Kent: “Psiquiatria: o único negócio em que o freguês nunca tem razão”.

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José Bergamin: “Em certos momentos, a única forma de ter razão é perdendo-a”.

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Erasmo de Roterdã: “Segundo a definição dos estoicos, a sabedoria consiste em ter a razão por guia; a loucura, pelo contrário, consiste em obedecer às paixões; mas para que a vida dos homens não seja triste e aborrecida, Júpiter deu-lhe mais paixão do que razão”.

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Ditado popular: “Quando a paixão entra pela porta, a razão sai pela janela”.

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Mahatma Gandhi: “A fé precisa ser reforçada pela razão. Quando a fé é cega, ela morre”.

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Denis Diderot: “Se a razão é uma dádiva do céu, e se o mesmo se pode dizer quanto à fé, o céu deu-nos dois presentes incompatíveis e contraditórios”.

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Diderot, de novo: “A razão sem paixões seria quase um rei sem súditos”.

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Freud: “Estar apaixonado é estar mais próximo da insanidade do que da razão”.

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Martha Medeiros: “Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo achar uma razão para tudo. Pessoas como eu sofrem mais. Se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Nada é estático em nossas vidas. Nada é à toa. Tudo ganha uma compreensão, tudo é degrau, tudo eleva”

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Ditado popular: “A razão, ainda que severa, é sempre amiga e sincera”.

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Rousseau: “As injúrias são as razões dos que não têm razão”.

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Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”.

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Ariano Suassuna: “O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado”.

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Ditado popular: “Razão, quanto mais, melhor”.

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Leonora Carrington (escritora inglesa que viveu no México): “A razão deve conhecer a razão do coração e todas as demais razões”.

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Milan Kundera: “Onde fala o coração, é de má educação que a razão o contradiga”.

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Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

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Pascal, de novo: “Dois excessos: excluir a razão, admitir apenas a razão”.

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Ralph Gerard: “A razão pode responder perguntas, mas a imaginação tem que perguntá-las”.

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Ditado popular: “Quem está perto da razão, está longe da culpa”.

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Rousseau: “Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz”.

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Immanuel Kant: “A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação”.

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Rita Mae Brown (escritora e artista plástica estadunidense): “Finalmente eu descobri que a única razão para estar viva é desfrutar a vida”.

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Charles Chaplin: “Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão. Creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder”.

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Leon Tolstoi: “A razão não me ensinou nada. Tudo o que eu sei foi-me dado pelo coração”.

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Renato Russo: “Quem um dia irá dizer que não existe razão para as coisas feitas pelo coração?”.

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Dom Hélder Câmara: “Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver”.

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Ditado popular: “Onde governa a razão, obedece o apetite”.

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Zíbia Gaspareto: “A vida guarda a sabedoria do equilíbrio e nada acontece sem uma razão justa”.

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Napoleão Bonaparte: “Em tudo quanto se empreende, há que atribuir dois terços à razão e o outro terço ao acaso. Se aumentardes a primeira fração, sereis pusilânime. Aumentais a segunda, sereis temerário”.

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Napoleão Bonaparte, de novo: “Os homens são sempre contra a razão quando a razão é contra eles”.

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André Malraux: “O difícil não é estar com os amigos quando têm razão, mas quando estão errados”.

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Karl Marx: “A razão sempre existiu, mas nem sempre de uma forma razoável”.

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Shakespeare: “Fortes razões fazem fortes ações”.

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Shakespeare, de novo: “As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão”.

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Jacinto Benavente: “Só temo meus inimigos quando eles começam a ter razão”.

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Ditado popular: “Desmentir com razão, é bofetada sem mão”.

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Tati Bernardi: “Quem me vaia também tem razão”.

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Tati Bernardi, de novo: “Eram essas coisas meio erradas que faziam a vida tão certa”.

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Oscar Wilde: “O homem é um animal racional que perde sempre a cabeça quando é chamado agir pelos ditames da razão”.

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Albert Camus: “A necessidade de ter razão é o sinal de um espírito vulgar”.

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Goethe: “Somos tão limitados que cremos sempre ter razão”.

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Voltaire: “É perigoso ter razão quando o governo está equivocado”.

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Julie Lespinasse (escritora francesa): “A solidão não mitiga os desgostos do coração se a razão não auxilia”.

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Nietzsche: “Não é só a razão, mas também a nossa consciência, que se submete ao nosso instinto mais forte, ao tirano que habita em nós”.

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Hermann Hesse: “Certamente têm razão aqueles que definem a guerra como estado primitivo e natural. Enquanto o homem for um animal, viverá por meio de luta e à custas dos outros, temerá e odiará o próximo. A vida, portanto, é guerra”.

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Sartre: “Se os comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo”.

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Ernesto Sábato: “A razão não serve para a existência”.

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Ditado popular: “A razão espanta o medo”.

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Miguel de Cervantes: “Nos perigos graves, atropela-se toda razão”.

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Confúcio: “Aquele que diz que pode e aquele que diz que não pode têm ambos razão”.

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Carl Jung: “Razão por si só não basta”.

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Conde de Rivarol: “A razão se compõe de verdades que há que dizer e verdades que há que calar”.

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Florbela Espanca: “A vida é apenas isto: um encadeamento de acasos bons e maus, encadeamento sem lógica, sem razão…”

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Leonardo da Vinci: “Se tens que lidar com água, consulta primeiro a experiência, depois a razão”.

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Padre Antônio Vieira: “O príncipe não deve seguir as razões dos grandes, senão as grandes razões”.

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Giacomo Leopardi: “A razão é inimiga de toda a grandeza (…). As coisas que chamamos grandes costumam sair da ordem normal e, como tais, entranham certa desordem: pois bem, a razão condena essa desordem”.

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Lord Byron: “Aqueles que se recusam a serem chamados à razão, são intolerantes; aqueles que não conseguem, são idiotas; e aqueles que não ousam, são escravos”.

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Não sei quem: “Ando preferindo ter paz do que razão”.

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Ditado popular: “Onde entra o vinho, sai a razão”.

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Aristóteles: “Ficar com raiva é fácil. Mas ficar com raiva com a pessoa certa, no momento certo, pela razão certa, do jeito certo, isso não é nada fácil”.

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Josué de Castro: “A razão científica não pode abranger em sua totalidade a razão vital”.

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Gustave Le Bom: “O homem que pretende agir guiado só pela razão está condenado a agir muito raramente”.

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Sêneca: “O tempo cura o que a razão não consegue curar”.

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Ditado popular: “O tempo é senhor da razão”.

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Fred Vargas (escritora francesa): “Os momentos em que ele tinha razão contra toda razão, não eram os melhores”.

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Romain Rolland: “A razão é um sol impiedoso; ela ilumina, mas cega”.

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Cesare Pavese: “Nunca falta a ninguém uma boa razão para suicidar-se”.

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Albert Einstein: “Nenhum número de experiências, por muitas que sejam, poderão provar que tenho razão. Mas será suficiente uma só experiência para demonstrar que estou equivocado”.

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Einstein, de novo: “Se não nos batermos contra a razão, nunca chegaremos a nada”.

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Rosa Luxemburgo: “No meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e felicidade. Então, procuro uma razão para esta alegria, não acho e não posso deixar de rir de mim mesma. Creio que a própria vida é o único segredo”.

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Eduardo Galeano: “Em certo sentido, a direita tem razão quando se identifica com a tranquilidade e com a ordem. A ordem é a diuturna humilhação das maiorias, mas sempre é uma ordem – a tranquilidade de que a injustiça siga sendo injusta e a fome faminta”.

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Geraldo Vandré (na música “Pra não dizer que não falei de flores”): “…Nos quartéis lhes ensinam a antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão”.

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Paulo Leminski: “Lugar onde todos têm razão, melhor não ter nenhuma”.

Uma historinha

É atribuída a Tancredo Neves uma historinha sobre isso de “ter razão”, mostrando sua esperteza política. Na verdade, ela faz parte da cultura árabe, é muito antiga. Mas fiquemos com a versão de que é de Tancredo.

Depois de se eleger para a presidência da República nas eleições indiretas de 1984, mas antes de tomar posse, um monte de gente ia a ele dar palpite sobre alguma ação que deveria tomar. Um dia, ele estava conversando com um assessor, um político abordou os dois e falou de algumas atitudes que ele devia tomar. Ele respondeu:

— Você tem razão.

O sujeito saiu todo contente, achando que sua opinião seria seguida e logo em seguida veio outro sujeito e deu palpites numa direção exatamente oposta ao anterior. Tancredo respondeu a ele:

— Você tem razão.

O palpiteiro saiu contente e o assessor falou a Tancredo que isso não era correto. Dar razão a alguém que fala uma coisa e em seguida dar razão a quem fala exatamente o oposto… Tancredo virou-se para o assessor e disse:

— Você tem razão.

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Mouzar Benedito, jornalista, nasceu em Nova Resende (MG) em 1946, o quinto entre dez filhos de um barbeiro. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). Estudou Geografia na USP e Jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo. É autor de muitos livros, dentre os quais, publicados pela Boitempo, Ousar Lutar (2000), em co-autoria com José Roberto Rezende, Pequena enciclopédia sanitária (1996), Meneghetti – O gato dos telhados (2010, Coleção Pauliceia) e Chegou a tua vez, moleque! (2017, e-book). Colabora com o Blog da Boitempo mensalmente, às terças. 

1 comentário em Cultura inútil: “Tô certo ou tô errado?” Um bordão autoritário

  1. O atual papa receberá Michel Temer depois de Lula ?

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