Depois do consenso de Fevereiro // Especial Revolução Russa
A Revolução de Outubro foi impulsionada por uma insatisfação de massa diante da erosão das conquistas de Fevereiro.
Por Christopher Read.
Durante a Revolução de Fevereiro, o Império Russo alcançou um grau de unidade sem precedentes. Todas as classes, etnias e nacionalidades deram boas-vindas à derrubada de Nicolau II. Armênios, chechenos, chukchis, finlandeses, georgianos, cazaques, poloneses e uzbeques celebraram a queda do tsar em conjunto com camponeses, intelectuais, trabalhadores, banqueiros e, inclusive, alguns latifundiários.
Mas essa solidariedade não poderia durar.
Um ano depois, a Rússia Tsarista estava dividida e continuaria a dividir-se até que, no seu auge, em 1919, ao menos vinte organizações separadas reivindicavam o controle de todo ou parte do que um dia foi um império unificado. A luta subsequente incluiu alguns dos episódios mais bárbaros de antissemitismo vistos na Europa até aquele momento e ceifou dez milhões de vidas.
A polarização da população imperial mudou a história. No entanto, enquanto historiadores prestaram considerável atenção às suas consequências – especialmente ao ascenso da autodeterminação nacional e a vitória bolchevique –, eles ignoraram em grande medida o processo subjacente.
A análise do que aconteceu à unidade de Fevereiro nos ajuda a compreender melhor a Revolução Russa e nos proporciona novas percepções sobre o papel da economia e da vida social na radicalização política.
Uma fachada rachada
O apoio à Revolução de Fevereiro, inicialmente, foi esmagador. No entanto, essas alianças rapidamente mostraram rachaduras. Os políticos de esquerda estavam divididos em relação a Primeira Guerra Mundial, mas tiveram pouca influência sobre o primeiro Governo Provisório. De fato, a atmosfera nos centros revolucionários de Petrogrado e Moscou, bem como nas principais cidades e vilarejos era ainda, majoritariamente, patriótica.
Frequentemente, os historiadores desconsideram o quanto a Revolução de Fevereiro incluiu um sentimento pró-guerra, pelo menos em relação ao fato de que os russos desejavam defender seus territórios imperiais dos ataques de alemães e de seus aliados. A guerra havia perdido muito de sua popularidade, mas ninguém estava preparado para render-se. Os cidadãos se resignaram a lutar, mas rejeitaram aqueles considerados responsáveis pela situação de sua nação — especialmente o tsar, a tsarina e o suposto partido pró-Alemanha na liderança da Justiça e do governo. Pelo menos inicialmente, muitos revolucionários derrubaram Nicolau para re-energizar o esforço de guerra, e não para causar o colapso do império.
Obviamente, os pacifistas e os militaristas estavam ambos nas ruas durante Fevereiro. Mas, conforme nos relata o brilhante cronista da cidade revolucionária N. N. Sukhanov, aqueles que gritavam palavras de ordem antiguerra se deparavam com ameaças e frequentemente eram expulsos das manifestações. Ninguém fora das elites era simpático à guerra, mas os cidadãos comuns gostavam menos ainda da possibilidade de uma ocupação alemã. Eles esperavam acabar com a guerra por qualquer meio, menos a rendição. Por conta disso, acreditavam que os ativistas que reivindicavam a paz pertenciam a uma conspiração pró-Alemanha.
Outras divisões cruciais rapidamente começaram a borbulhar. Todos os principais partidos aceitaram a necessidade de uma Assembleia Constituinte eleita democraticamente, mas tal consenso não resolveu o problema imediato de quem deveria governar.
A esquerda reconheceu os recém-constituídos sovietes como instituições chaves. Eles, no entanto, não anteciparam o regime de forças dualistas que futuramente emergiria. De fato, o Governo Provisório parecia representar a única estrutura concebível. Ele foi construído com base na unidade nacional de Fevereiro e prometeu governar até que as eleições para Assembleia Constituinte fossem realizadas. Apenas quando Lênin retornou é que foram apresentadas sérias dúvidas sobre seguir tal caminho.
Enquanto isso, os arquitetos da abdicação de Nicolau – um grupo de políticos liberais de Duma, comandantes do alto escalão do exército e membros da elite – não tinham a menor ideia do que seguiria a queda de Nicolau. Muitos, incluindo Pavel Miliukov, queriam um novo tsar – o irmão de Nicolau, Miguel. A resistência popular, porém, bruscamente desiludiu os monarquistas. Em um conhecido incidente, trabalhadores clamaram a queda de Miliukov, após ele declarar e reivindicar apoio para um novo tsar.
O desejo de prevenir o ascenso da revolução, e não de promove-lo, unificou a elite. A total destruição dessa ilusão exerce um papel fundamental na nossa história de polarização. A esperança por uma unidade nacional diante da invasão alemã foi rapidamente exposta como ingênua e insubstancial.
Enquanto celebrava a Revolução de Fevereiro, boa parte da população estava abraçando aspectos contraditórios. As classes proprietárias acreditavam que isso seria o marco de renovação do esforço de guerra e tinham esperança de que uma onda de chauvinismo afogasse a revolução. Os líderes do exército esperavam um estímulo à moral, proporcionando-lhes mais vitórias militares no ano seguinte. Os líderes do exército esperavam um estímulo à moral, o que lhes proporcionaria mais vitórias militares no ano seguinte. Os donos das fábricas esperavam que se apaziguasse a inquietação dos trabalhadores, ao passo que os trabalhadores pensavam que suas condições de vida finalmente melhorariam. Os camponeses queriam castigar – e, por fim, derrubar – os latifundiários. Estes desacordos explosivos começaram a emergir imediatamente.
Um governo experimental
O governo provisório incorporou o espírito de Fevereiro. Enquanto outros examinaram suas políticas, eu estou mais interessado na sua evolução. Surpreendentemente, mesmo cem anos depois, nós não temos um relato definitivo desses acontecimentos.
Inicialmente, o governo era formado por liberais que acreditavam que deveriam orientar o país rumo à democracia, mas esse comprometimento apresentou um dilema fatal. Se eles estabelecessem um sistema democrático, os eleitores provavelmente os abandonariam em favor da esquerda. Desde os primeiros momentos da revolução, a maioria, talvez cerca de 80%, apoiava partidos de esquerda como os Socialistas Revolucionários e os Social Democratas.
Os liberais do governo provisório, dos partidos Constitucional-Democrata (Kadetes) e Outubristas aos seus aliados nacionalistas, sabiam que enfrentariam a aniquilação caso as eleições fossem realizadas. A esquerda também sabia disso, e fez com que desconfiassem, ainda mais, de que seus parceiros de coalizão não cumpririam com suas promessas. Não obstante, a unidade de todas as forças antitsaristas manteve-se por pouco tempo.
A primeira brecha significativa naquela unidade ocorreu quando Lênin voltou do exílio e declarou “nenhum apoio ao governo provisório.” Embora estivesse longe de convocar uma derrubada imediata, ele estava tomando o próximo passo revolucionário lógico.
Conforme ele compreendia, a unidade com a burguesia era útil na luta contra o tsarismo, mas assim que o tsar caísse, a burguesia se tornara o principal inimigo do povo. As forças revolucionárias radicais não deveriam se envolver com elas. O socialismo reformista, acreditava Lênin, iria fazer com que os esquerdistas entregassem o proletariado à mercê do capitalismo.
À medida que a polarização ideológica da elite política começou a se desenvolver lentamente – mas com elevada rapidez –, o processo paralelo entre as massas impulsionou a revolução.
Polarização militar
Devemos notar, no entanto, que a polarização – uma subestimada consequência da abolição tardia da servidão – era, há tempos, norma na sociedade russa. Afinal, poucos elementos poderiam fazer a ponte entre latifundiários e servos. Embora a sociedade russa e sua economia estivessem evoluindo no final do século XIX, uma grande distância ainda separava as pessoas comuns em relação às elites.
Essa tradicional polarização persistiu durante a revolução em uma área crucial: as forças armadas. Como muitos estudos apontaram, o exército estava rigorosamente dividido, e os oficiais impunham essa hierarquia com severa disciplina.
O recrutamento facilitou isso de certa forma, uma vez que intelectuais destacados e oficiais de classe média simpatizavam com os oficiais de baixas patentes. Ao fazer isso, eles se opunham a muitos de seus colegas, que acreditavam que era necessário espancar os soldados para força-los à submissão ou, como Kornílov propôs, executá-los por falta de disciplina.
Nem mesmo a Revolução de Fevereiro conseguiu trazer unidade ao exército. Enquanto a nação celebrava, os soldados decretavam violentas represálias contra seus mais rigorosos comandantes. Desde o início, soldados e marinheiros tiveram papéis cruciais na revolução. A experiência deles começou com a polarização, que só se expandiu. Nisso, eles estavam um passo à frente dos trabalhadores rurais e urbanos, os quais, em breve, estariam polarizados por conta da escalada de violência, pelo declínio nos padrões de vida e pelas tentativas desastradas da elite para conter os impulsos revolucionários.
A luta pelo controle
O extraordinário poder, a criatividade, o instinto estratégico e a persistência das massas russas durante 1917 permanecem inigualáveis na história. Este é um dos aspectos da revolução que podemos celebrar incondicionalmente. Nos vilarejos, fábricas, encouraçados e quartéis, lutas políticas locais extraordinárias atingiram o ponto de ebulição.
O exemplo mais notável veio dos camponeses. Em geral, a sociedade culta e as elites modernizadoras acreditavam que os camponeses eram uma barreira ao progresso. Elas descreviam as massas rurais como tímidas, submissas, complacentes, tacanhas, avarentas e tolas devido à tradição, religião e superstição.
Os intelectuais e ativistas da direita, incluindo o próprio Nicolau II, idealizavam essas mesmas qualidades, acreditando que os camponeses constituíam um bastião dos valores tradicionais contra as ambições dos radicais. Muitos da esquerda compartilhavam essa crença e consideravam os trabalhadores rurais como conservadores ignorantes, empenhados apenas em assegurar suas pequenas propriedades.
É conhecida a caracterização dos camponeses por Marx como “a classe que representa a barbárie dentro da civilização.” Ele desenvolveu perspectivas mais sofisticadas nos seus últimos anos, mas a esquerda estava mais familiarizada com seus escritos anteriores. Trótski e Gorky compartilhavam de seu ponto de vista e odiavam o campesinato.
Os liberais, entre outros, também desconfiavam deles, chamando os camponeses de temnye liudi — as massas sombrias.
Durante 1917, no entanto, esse povo supostamente retrógrado surpreendeu seus defensores na intelligentsia com sua hábil atividade revolucionária. Ainda que cada região e vilarejo possuísse suas próprias nuances, as estruturas principais de uma política gerada em âmbito local compartilhava muitas características entre eles.
Primeiramente, os camponeses se reuniram para formar comitês nos vilarejos. Eles também chamaram estas organizações de comitês camponeses, embora, às vezes, houvesse permissão para que não-camponeses de confiança participassem: professores, sacerdotes e mesmo latifundiários se encontravam participando nas atividades do comitê. Os trabalhadores rurais rapidamente excluíram qualquer indivíduo daqueles grupos que tentassem dominar a organização.
Uma vez que os camponeses perceberam que não enfrentariam repressão imediata, seus comitês começaram a empreender ações cada vez mais intensas. Coletavam lenha ilegalmente – uma tradicional provocação aos latifundiários – e começaram a invadir pastos e plantar sementes em terras privadas. Exigiam salários maiores e arrendamentos menores.
Eles reconheceram que, embora desejassem urgentemente a redistribuição de terras, o momento para uma “Repartição Negra” ainda não havia chegado. Porém, com o passar dos meses e a ausência de retaliação, suas ações se tornaram mais ousadas.
Podemos dividir o tempo entre as Revoluções de Fevereiro e Outubro em três períodos. Na fase inicial, que ocorreu da abdicação de Nicolau até o verão, houve a ampliação da radicalização. Após a repressão armada das Jornadas de Julho, os elementos reacionários e da direita no governo tentaram reverter as conquistas do povo. Ironicamente, como a própria Revolução de Fevereiro, o acontecimento deu início a um período de radicalização renovada.
Antes de Julho, os camponeses acreditavam que suas vitórias continuariam até conquistarem a redistribuição das terras. Depois de Julho, no entanto, eles perceberam que seus oponentes estavam tentando evitar justamente isso. Isso levou os camponeses – e os trabalhadores – a um período de radicalização defensiva durante a qual aprofundaram a revolução para preservá-la.
Para os camponeses, isso significou a tomada das terras e o uso da violência contra os latifundiários mais intransigentes e hostis. A escalada da atividade camponesa, da formação de um comitê à retomada da posse das terras de forma violenta, ilustra como a polarização adquiriu forma ativa. Isso também enfatiza o fato de que as tentativas de interromper a revolução apenas tornaram o processo mais forte.
A atividade dos trabalhadores seguiu um padrão semelhante. No começo de março, a classe trabalhadora urbana venceu longas batalhas: reduziram a jornada de trabalho semanal e obtiveram maiores salários. Mas, como seus camaradas rurais, as ações radicais dos trabalhadores urbanos escalaram e sua polarização cresceu conforme se tornou evidente que o governou queria retirar estes direitos. No fim do verão e começo do outono, suas demandas foram muito além das exigências salarias. Eles queriam o controle, e as ocupações de fábrica se tornaram cada vez mais comuns.
Graças ao trabalho extensivo de alguns historiadores, temos uma excelente compreensão de como isso ocorreu. O principal fator da radicalização foi a inflação, mais do que a política. Os aumentos salariais de março logo foram consumidos e a pressão da produção para a guerra, especialmente em Petrogrado, anulou a limitação de horas. Os trabalhadores e suas famílias logo se viram em condições tão ruins quanto as anteriores.
Esta situação estimulou a militância, o que, por sua vez, gerou a resistência dos patrões, que por retaliação, fechavam suas fábricas. Alguns proprietários admitiram que os locautes se destinavam a disciplinar a mão de obra até a submissão; em outros momentos, os patrões alegavam que faltava combustível ou matérias primas para manter a produção.
A resposta dos trabalhadores surpreendeu seus chefes e, possivelmente, inclusive a eles mesmos. Ao invés de desistir, eles ocuparam e começaram a administrar seus próprios locais de trabalho. Desenvolveu-se uma luta de classes sobre a propriedade das fábricas. O desemprego conduziu esta polarização. O fechamento de uma fábrica significava que os trabalhadores e suas famílias — que sobreviviam semana a semana com salários escassos e não tinham poupanças ou fundos de greve a que recorrer — iriam enfrentar a miséria.
À medida que os trabalhadores rurais e urbanos desenvolviam posições mais radicais, o governo lutava para manter sua legitimidade.
Rumo a Outubro
Os principais eventos que levaram à Revolução de Outubro, tanto na cidade quanto no campo, compartilharam mais um aspecto em comum. Quando o Governo Provisório incorporou mais dos chamados socialistas moderados, seus eleitores se voltaram contra ele.
Isso fez com que se cumprisse a profecia de abril de Lênin. Ele havia argumentado que o governo era essencialmente burguês, capitalista, uma entidade imperialista. Dessa maneira, Lênin alertou, ele não deveria ser apoiado. As últimas semanas fatais do governo confirmaram esses problemas previstos.
A demanda dos camponeses por terra tinha aumentado, mas o governo – com uma maioria de ministros socialistas e uma grande proporção de supostos Socialistas Revolucionários (SRs) de orientação camponesa – ignorou, ou ativamente se opôs à tomada de terras em nome da unidade nacional. Muitos dos governadores provinciais que solicitavam medidas repressivas pertenciam aos SRs. Isso desiludiu os camponeses, e o partido rachou entre membros moderados e uma ala esquerda que, eventualmente, se uniu aos bolcheviques, apoiando integralmente a ocupação de terras.
Algo similar aconteceu nas fábricas. Os ministros mencheviques e SRs estavam dirigindo a repressão às greves e ocupações. Como resultado, os trabalhadores recorreram aos bolcheviques. Os socialistas moderados falharam em se desprender da armadilha do Governo Provisório, apoiando uma administração cujos interesses capitalistas se opunham diretamente àqueles de sua base.
A História nos conta que as ações revolucionárias podem se desenvolver a partir de motivações econômicas e sociais tanto quanto de fatores políticos. Para as pessoas comuns da Rússia, nos campos e nas fábricas, a privação foi uma força radicalizadora. Além disso, a suposta natureza não-revolucionária dos camponeses e seu pretenso bairrismo poderiam ser superados, dadas as apropriadas circunstâncias. O Estado podia lidar com uma, ou algumas poucas rebeliões nos vilarejos. No entanto, dez mil revoltas simultâneas subjugaram o governo. Esses acontecimentos criaram uma onda de agitação na qual os políticos tiveram que tentar se equilibrar.
Ao ficar evidente que Lênin e seus partidários eram o único grupo preparado para lutar ao lado dos trabalhadores e camponeses, o movimento de massas os impulsionou ao poder. A Revolução Russa foi um verdadeiro movimento vindo de baixo, no qual os líderes e intelectuais tiveram que se ajustar às aspirações do povo.
O dossiê especial “1917: o ano que abalou o mundo“, reúne reflexões de alguns dos principais pensadores críticos contemporâneos nacionais e internacionais sobre a história e o legado da Revolução Russa. Aqui você encontra artigos, ensaios, reflexões, resenhas e vídeos de nomes como Alain Badiou, Slavoj Žižek, Michael Löwy, Christian Laval, Pierre Dardot, Domenico Losurdo, Mauro Iasi, Luis Felipe Miguel, Juliana Borges, Wendy Goldmann, Rosane Borges, José Paulo Netto, Flávio Aguiar, Mouzar Benedito, Ruy Braga, Edson Teles, Lincoln Secco, Luiz Bernardo Pericás, Gilberto Maringoni, Alysson Mascaro, Todd Chretien, Kevin Murphy, Yurii Colombo, Álvaro Bianchi, Daniela Mussi, Eric Blanc, Lars T. Lih, Megan Trudell, Brendan McGeever, entre outros. Além de indicações de livros e eventos ligados ao centenário.
[* Traduzido por Renata Maffezoli e Angelo Regis, este artigo integra uma série de artigos sobre o centenário da “Revolução Russa de 1917″ organizada pela revista Jacobin e que sairá ao longo do ano e publicada no Brasil em uma parceria entre o Blog Junho e o Blog da Boitempo. Redigidos originalmente em inglês, os artigos serão traduzidos em várias línguas, como francês, espanhol, alemão e coreano. Para o português, o blog Junho reuniu um grupo de tradutores e colaboradores, coordenados por Fernando Pureza, que atenderam ao chamado para trazer, ao público brasileiro, alguns dos trabalhos mais atuais sobre a Revolução Russa celebrando o centenário do evento político mais importante do século XX.]
Especial A história da Revolução Russa // Leia também:
- “Antes de Fevereiro“, de Todd Chretien.
- “A História da Revolução de Fevereiro“, de Kevin Murphy.
- “Partindo da Estação Finlândia“, de Yurii Colombo.
- “Gramsci e a Revolução Russa“, de Álvaro Bianchi e Daniela Mussi.
- “De Fevereiro a Outubro“, de Lars T. Lih.
- “A revolução na Finlândia“, de Eric Blanc.
- “As mulheres de 1917“, de Megan Trudell.
- “Os bolcheviques e o antissemitismo“, de Brendan McGeever.
- “Violência e revolução em 1917“, de Mike Haynes.
- “As Jornadas de Julho“, de Daniel Gaido.
- “As revoltas camponesas de 1917“, de Sarah Badcock.
***
Christopher Read é professor de História da University of Michigan, professor emérito de Ciência Política e História na Universidade de Chicago e pesquisador da National Research University – Higher School of Economics em São Petersburgo, na Rússia. É autor, entre outros, de The Baku Commune, 1917-1918: Class and Nationality in the Russian Revolution (Princeton University Press, 1972). Este artigo foi escrito especialmente para o dossiê sobre o centenário da Revolução Russa, organizado pela Revista Jacobin, traduzido para o português pelo Blog Junho, e publicado em parceria com o Blog da Boitempo.
Não estou encontrando a página
CurtirCurtir