Ao bombardear a Síria, Trump ameaça a humanidade
Por Miguel Urbano Rodrigues
e editores de ODiário.info
Ao bombardear a Síria, os EUA colocam o planeta Terra à beira de uma guerra apocalíptica cujo desfecho poderia ser o fim da humanidade.
O ataque com mísseis contra uma base aérea síria na povíncia de Homs foi lançado a partir de navios da US Navy baseados na base naval de Rota, em Espanha.
O presidente sírio, Bassar Al Assad, já havia negado qualquer responsabilidade no bombardeamento de um hospital com armas químicas e reforçou a condenação dessa ação terrorista.
Nos Estados Unidos, destacados membros do Congresso, republicanos e democratas, apoiaram a iniciativa de Trump. Na véspera, Hillary Clinton havia sugerido que os Estados Unidos bombardeassem a Síria. Recorde-se que ela é partidária do recurso a armas nucleares, tal como a maioria dos generais do Pentágono. Na Europa, a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Espanha e outros países da NATO apressaram-se a manifestar o seu apoio ao ataque armado à Síria.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou com veemência a agressão dos EUA a um estado soberano, a partir de um pretexto inventado. Anunciou a suspensão de todos os acordos com os EUA e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. O Irã também condenou a agressão. A China, cujo presidente se encontra de visita aos EUA, limitou-se a uma declaração ambígua.
A primeira conclusão a tirar do trágico acontecimento é a de que o atual ocupante da Casa Branca é um irresponsável, um tresloucado. O fato de ter sido eleito e a popularidade que o envolve são esclarecedores da decadência de uma sociedade para a qual o dinheiro é um valor supremo. Mas convém não esquecer que Trump atua como instrumento de uma máquina de guerra, de interesses económicos e políticos e de um sistema midiático perverso e poderosíssimo.
O bombardeamento criminoso da Síria abre uma crise cujo desfecho pode ser uma nova guerra mundial, uma crise que põe em causa a continuidade da humanidade.
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Vem aí… Miguel Urbano Rodrigues é um dos autores do próximo número da revista da Boitempo, a Margem Esquerda, um volume dedicado inteiramente ao centenário da Revolução Russa, com artigos de Slavoj Žižek, Michael Löwy, György Lukács, Wendy Goldman, Maria Lygia Quartim, Rejane Hoeveler, Daniela Lima, Emir Sader, Ricardo Pazzelo, Anita Prestes, Maria Orlanda Pinassi, Valentina Terechkova, Astrojildo Pereira, entre outros!
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Miguel Urbano Rodrigues é um jornalista e historiador português. Nascido em Moura, em 1925, passou 20 anos exilado no Brasil entre as décadas de 50 e 70. Ele é um dos autores da nova edição da revista da Boitempo, a Margem Esquerda, um volume dedicado inteiramente ao centenário da Revolução Russa. Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.
Como eu, os governos estadunidenses já se deram conta de que a China vai ultrapassá-los como potência econômica nos próximos anos. A Rússia, ainda que bem atrás nesse quesito, é outra potência cujos interesses geo-políticos são inaceitáveis para o stablishment dos países anglófonos e da Comunidade Europeia. Uma guerra me parece inevitâvel para evitar a mudaça do domínio mundial por essae forças. Bush já estabeleceu a doutrina do “ataque preventivo”, as armações – como as armas de destruição maciça do Iraque ou agora essas armas químicas do governo sírio – também já estão bem estabelecidas. Resta aguardar o louco que terá coragem de entrar para a História como o iniciador da maior catástrofe da Humanidade: a Terceira (e talvez última) Grande Guerra.
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Cara, esse maluco do Trump quer estilhaçar com o mundo!!
Quando haverá uma revolução para derrubada dessa patética figura que ele representa?
Os E.U.A. podem ser o país que mais mobilizou e se apropriou das ferramentas do capitalismo, mas também é possível, eles mesmos com a massa e toda classe trabalhadora revolucionarem esse governo caótico que o mesmo representa nessa esfacelada nação. Agora o mundo corre risco de se ver despedaçado pela política invasiva que conduzem a bel prazer, tudo a mando desse calhorda!!! A história condenará esse ser, se é que já não condena, pois mal administra esse país e reage como um cão querendo roer e destruir todo processo histórico que já desenvolvemos no mundo.
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4 mentiras da justificativa do Trump:
1. O ataque dos EUA foi de surpresa. Nem para os Sírios. Uma ação deste tipo não se faz de surpresa de uma hora para outra. Este ataque estava planejado faz tempo.
2. O ataque foi uma represália a morte de crianças. Quem acredita em um país que investe mais de U$ 500 bilhões em gastos militares por ano, que ele está preocupado com morte de crianças. A “represália” foi só uma justificativa.
3. Eles não se preocupam nem com sua própria população. Há dezenas de milhões de crianças, idosos, mulheres, americanos de todos as cores e credos, completamente desamparados na mais abjeta pobreza yankee.
4. O ataque foi devido ao uso de armas químicas pela Síria. A mesma desculpa foi dada para justificar a invasão do Iraque, depois descobriram que os iraquianos não tinham armas químicas.
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Querem saber? acho até possivel que o ataque com armas químicas poderia ter sido feito pelos próprios americanos ,para justificar essa ofensiva militar a Bassar al Assad. Preocupacão com criancas é a ultima coisa que Trump teria neste caso . Um paÏs da guerra como eles, não tem criancas como prioridade.
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E mais: acredito que há muitos mercenários de nacionalidades escusas saqueando a Siria . São piratas modernos de governos que lucram com a desgraca e o sofrimento de milhões de pessoas.
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Considero o texto uma elaboração absolutamente equivocada. Seus argumentos simplistas e maniqueístas não convencem.
A ordem de ataque americana a Síria é sim um fato grave e mostra a instabilidade global. Porém isso não legítima delírios. Um dos grandes erros da esquerda (e vejam, sou uma pessoa de esquerda) é o catastrofismo barato, buscando a crise final, sinais de decadência e destruição em tudo ou em qualquer coisa.
As loucuras de Trump, a máquina de guerra que ele comanda, os interesses sujos do dinheiro indicam um quadro histórico grave, mas são elementos ainda insuficientes para sugerir um cenário que evolua para um conflito mundial.
Faltou reflexão, polimento e bom senso ao articulista.
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Ficar procurando culpado, sobretudo de caráter pessoal ou circunstancial rende pouco, para a verdadeira compreensão do que acontece no sistema mundial, principalmente naquela região que, há décadas, tornou-se palco de conflitos internacionais entre as grandes potências. O que se sabe, de certo, é que o mundo é dominado por uma hierarquia de grandes potências, armadas até os dentes, numa conjuntura de grande crise, que não apresenta qualquer sinal de solução à vista, então isso está deixando o campo aberto para tentativas de solução de problemas isolados pela via da força. Assim, os países que acumularam armamentos durante anos, estão sempre a procura de pretextos para usá-los.
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