Lançamento Boitempo: “De que lado você está?”, de Guilherme Boulos
Acaba de sair do forno (quentíssimo!), o livro de estréia de Guilherme Boulos na Boitempo: De que lado você está? Reflexões sobre a conjuntura política e urbana no Brasil, “uma obra de intervenção, que propõe saídas à esquerda para os desafios que a explosiva conjuntura brasileira nos oferece”.
Para o autor, as cidades “tornaram-se barris de pólvora, prestes a explodir.” Assim, o livro se divide em três partes: “Barril de pólvora”, com textos sobre questões urbanas, “Estopins”, sobre questões políticas, e “Artilharia”, centrada na crítica de expoentes da conjuntura brasileira atual, entre eles Reinaldo Azevedo, Eduardo Cunha e Gilmar Mendes. Cada seção reúne artigos de jornal do autor, amarrados por ensaios inéditos de Boulos. Tudo isso é precedido por um longo ensaio introdutório em que o autor expõe sua visão geral da realidade sobre a qual se debruça e esclarece a articulação entre os textos: “Se falar de barril de pólvora, estopins e artilharia pode soar normal nos dias de hoje é porque vivemos um momento de conflagração, de crise de modelo. Essa crise é o fio-condutor que perpassa os artigos aqui reunidos”. Fechando o livro está um posfácio do cientista político André Singer, sobre a trajetória de Guilherme Boulos. A orelha do livro, assinada por Leonardo Sakamoto, você lê integralmente aqui no Blog da Boitempo! Confira, ao final deste post, a agenda completa de debates e eventos de lançamento de De que lado você está?, com Guilherme Boulos.
Leia a orelha do livro, assinada por Leonardo Sakamoto
Com este livro, Guilherme Boulos não pretende ser amado. Muito menos lembrado com carinho, ou sequer fazer amigos.
Convenhamos: alguém que coordena ocupações de imóveis vazios voltados à especulação imobiliária, ocupações que despejam ratos e baratas e os substituem por seres humanos, não está preocupado em ser premiado em algum concurso de simpatia.
De que lado você está? é um livro que fomenta a dor inerente à desconstrução do preconceito e da cultura do comodismo, transmitidos por família, amigos, escola, igreja e mídia e absorvidos, bovinamente, por todos nós.
Como alerta o próprio autor, ele não pretende criar consensos, mas sim tomar partido no dissenso. Coisa que parcela significativa da esquerda parece ter esquecido.
Exatamente por isso, é um livro necessário. Ainda mais nestes tempos confusos, em que há muita certeza baseada em vento.
Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), é a liderança social mais importante do Brasil. A questão da qualidade de vida nas grandes cidades tornou-se o principal palco de disputa sobre o país que queremos e sobre como chegar até lá. E os sem-teto, que são o efeito colateral do “desenvolvimento” das últimas décadas, organizados ou não, juntam-se aos milhões.
Mas não é apenas por isso. Boulos mistura a legitimidade de quem vive o dia a dia de ocupações e despejos, a reflexão teórica e acadêmica de sua formação de filósofo e a didática de sua experiência como professor em artigos que usam também do sarcasmo e da ironia como armas para furar as barreiras que impedem a compreensão da realidade.
Em suma, você é atropelado e nem consegue anotar a placa do caminhão.
Seus textos, originalmente publicados na Folha de S.Paulo e agora reunidos aqui com alguns inéditos, colocam o dedo na cara dos donos do sistema de transporte público, mostram quem ganha com a crise da falta de água e reafirmam que a esquerda, apesar de seus críticos, não está morta. Pelo contrário, é mais necessária do que nunca. Precisa apenas retomar o caminho perdido.
A leitura deste livro é obrigatória para quem quer entender as forças e as ideias envolvidas na construção da realidade do Brasil de hoje. Porque Guilherme Boulos é um dos agentes dessa construção. Quer você goste ou não.
Leonardo Sakamoto
De que lado você está? | Eventos de lançamento com Guilherme Boulos
Republicou isso em bule13verdee comentado:
“As cidades “tornaram-se barris de pólvora, prestes a explodir.”
A ocupação dos espaços abandonados. A nova configuração de moradias. Como usar os espaços ociosos?
Convenhamos: alguém que coordena ocupações de imóveis vazios voltados à especulação imobiliária, ocupações que despejam ratos e baratas e os substituem por seres humanos, não está preocupado em ser premiado em algum concurso de simpatia.
De que lado você está? é um livro que fomenta a dor inerente à desconstrução do preconceito e da cultura do comodismo, transmitidos por família, amigos, escola, igreja e mídia e absorvidos, bovinamente, por todos nós.
Como alerta o próprio autor, ele não pretende criar consensos, mas sim tomar partido no dissenso. Coisa que parcela significativa da esquerda parece ter esquecido.
Exatamente por isso, é um livro necessário. Ainda mais nestes tempos confusos, em que há muita certeza baseada em vento.
Confira estreia de Guilherme Boulos, livro: “De que lado você esta?”
A conjuntura política e urbana no Brasil.
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“As cidades “tornaram-se barris de pólvora, prestes a explodir.”
A ocupação dos espaços abandonados. A nova configuração de moradias. Como usar os espaços ociosos? O que é espaço público?
A conjuntura política e urbana no Brasil está sob o domínio do capitalismo. A arquitetura do caos prilviegia a classe média.
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Gostaria de saber se este livro sairá também em edição e-book.
Grato
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