O ódio aos russos do fascismo ucraniano
[A jornalista russa Olga Skobeeva sendo silenciada por um segurança ucraniano após dirigir uma pergunta ao presidente ucraniano Petro Poroshenko que saía de longa reunião do Quarteto da Normandia em Minsk no dia 12.02.2015.]
A mídia portuguesa dita de referência continua apresentando um panorama deformado da crise ucraniana.
Para os comentaristas da TV e dos grandes jornais o governo fascizante de Kiev é democrático. Acusam a Rússia de uma política agressiva e anexionista e apoiam a ajuda financeira da União Europeia e dos Estados Unidos à Ucrânia.
A comunicação social portuguesa inspira se, aliás, na campanha de desinformação internacional que difunde pelo mundo uma falsa da realidade ucraniana.
Diariamente o Canal Russia Today nos seus programas em inglês e espanhol transmite imagens, notícias e entrevistas que revelam uma realidade totalmente diferente da forjada pela propaganda da mídia ocidental.
Nessas reportagens, bem documentadas, transparece com nitidez o ódio – a palavra é essa mesma – do fascismo ucraniano à Rússia.
Dos muitos casos relatados pelo referido canal selecionei alguns que iluminam bem a atitude das autoridades de Kiev perante os jornalistas russos que cobrem acontecimentos na Ucrânia.
– Em Minsk durante a cimeira que reuniu Merkel, Hollande, Putin e Poroshenko, a jornalista Olga Skobeeva, do Canal Rússia 24, quando aproximou o microfone do Presidente da Ucrânia foi brutalmente agredida por um segurança de Poroshenko que lhe colocou um braço no pescoço e lhe tapou a boca impedindo-a de falar.
– Dois jornalistas que cobriam acontecimentos em território ucraniano foram detidos pelos Serviços de Segurança e ameaçados de serem processados por “atividades informativas subversivas” contra a Ucrânia por incumbência da Rússia.
– O mesmo Serviço advertiu que qualquer cidadão que colabore com jornalistas russos incorre em responsabilidade penal.
– Uma jornalista do Canal russo NTV ficou detida uma noite no aeroporto de Kiev, privada de passaporte, depois de lhe negarem entrada no país.
– Dois jornalistas russos que filmavam uma manifestação da extrema-direita em Kiev foram presos e deportados.
– Zaur Sheozh, repórter da sucursal em Moscovo da Al Jazira, do Qatar, foi preso quando prentendia cobrir o primeiro aniversário de Maidan e o cessar-fogo assinado em Minsk. Interrogado durante quatro horas, foi depois deportado.
– Eelisaveta Jramtsova, correspondente da Life News, e a sua ajudante foram detidos quando tomavam um táxi para ir entrevistar um especialista de questões ligadas à agricultura. Dois homens entraram no táxi, identificaram-se como agentes do Serviço de Segurança e informaram que pretendiam interrogá -los sobre um possível atentado numa praça da cidade. Conduzidas a um lugar desconhecido, foram deportadas e proibidas de voltar à Ucrânia durante cinco anos.
A HISTERIA ANTI-RUSSA
O Serviço de Segurança elaborou uma lista negra dos meios de comunicação da Rússia. Todos, com exceção do canal de TV Dozhd, oposicionista, foram proibidos de trabalhar na Ucrânia. Simultaneamente suspendeu as credencias dos representantes de 100 representantes da mídia russa.
A decisão foi tao absurda que a União Europeia e a OSCE decidiram protestar, por envolver um ataque inadmissível à liberdade de expressão.
O Clube de Jornalistas do México também enviou um protesto ao governo de Kiev pelas medidas que impedem os jornalistas russos de trabalhar na Ucrânia.
O governo de Putin, através do Vice-ministro das Relações Exteriores, Vassili Nebenzia, sentiu a necessidade de condenar com veemência a atitude assumida pelo parlamento ucraniano ao aprovar no dia 26 de Fevereiro a decisão do Serviço de Segurança que impede na pratica os media russos de trabalhar no país.
O assassinato en Moscovo, no dia 28 de Fevereiro, de Boris Nemtsov, ex vice-primeiro ministro de Ieltsin e líder da oposição, contribuirá certamente para a intensificação da campanha ocidental contra a Rússia e Putin no momento em que a popularidade do presidente russo atinge o auge pela sua firmeza no diálogo com a União Europeia e os EUA a propósito da crise ucraniana. Observadores ocidentais admitem que o crime tenha sido ideado por forças políticas da oposição empenhadas em destabilizar a Rússia.
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Miguel Urbano Rodrigues é um jornalista e historiador português. Nascido em Moura, em 1925, passou 20 anos exilado no Brasil entre as décadas de 50 e 70. Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.
Não há dúvida, Miguel Urbano Rodrigues deixa aqui uma bela imagem do Partido Comunista Português! E verdadeira! Posso garantir que qualquer outro elemento do PCP escreveria exatamente a mesma coisa.
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Republicou isso em xykosanto.
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Gostaria de que o ilustre bloqueteiro explicasse quem agride quem: se é a Ucrânia que agride a Rússia ou se é a Rússia que vem agredindo a Ucrânia!
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