Lançamento Boitempo: Cidades Rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil
Disponível em ebook por R$5,00 nas livrarias
Amazon, Travessa, Saraiva e Google Play, entre outras!
Livro impresso por R$10,00 nas livrarias
Saraiva, Travessa e Cultura, entre outras!
Na esteira dos recentes protestos que abalaram o país, a Boitempo lança Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Trata-se do primeiro livro impresso inspirado nos megaprotestos que ficaram conhecidos como as Jornadas de Junho, além de ser o principal esforço intelectual até o momento de analisar as causas e consequências desse acontecimento marcante para a democracia brasileira. Escrito e editado no calor da hora, em junho e julho, Cidades rebeldes é um livro de intervenção, que traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas.
Participam dessa coletânea autores nacionais e internacionais, como Slavoj Žižek, David Harvey, Mike Davis, Raquel Rolnik, Ermínia Maricato, Jorge Souto Maior, Mauro Iasi, Silvia Viana, Ruy Braga, Lincoln Secco, Leonardo Sakamoto, João Alexandre Peschanski, Carlos Vainer, Venício A. de Lima, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira. Paulo Arantes e Roberto Schwarz assinam os textos da quarta capa, transcritos abaixo. O livro também conta com um ensaio fotográfico do coletivo Mídia NINJA e ilustrações sobre as manifestações de Laerte, Rafael Grampá, Rafael Coutinho, Fido Nesti, Bruno D’Angelo, João Montanaro e Pirikart, entre outros.
Leia abaixo os textos de quarta capa, escritos por Paulo Arantes e Roberto Schwarz
Duas semanas de rebelião urbana que mudarão a história política brasileira? A mais rápida, expressiva e surpreendente vitória popular de que se tem notícia em nosso país? Quem o diz não são os manifestantes mais envolvidos, mas a própria grande imprensa, num raro e único momento de perplexidade confessa. Até o próximo round, quando outros atores finalmente entrarem em cena, saberemos se as Jornadas de Junho começaram de fato a desmanchar o consenso entre “direita” e “esquerda” acerca do modus operandi do capitalismo no Brasil. Há vinte anos o país se tornou uma tremenda fábrica de consentimento, todos empenhados em se deixar esfolar com fervor. Batemos no teto? É o que a derrapagem histórica que detonou todo o processo sugere. Pela primeira vez a violência que restou da ditadura – e a “democracia” aprimorou –, aprisionando a política no aparato judiciário-policial, por algum motivo não funcionou dessa vez. Um limiar certamente foi transposto. Resta saber qual, e logo. No que tudo isso vai dar? “Já está dando”, disse-me outro dia um taxista.
– Paulo Arantes
Em duas semanas o Brasil que diziam que havia dado certo — que derrubou a inflação, incluiu os excluídos, está acabando com a pobreza extrema e é um exemplo internacional — foi substituído por outro país, em que o transporte popular, a educação e a saúde públicas são um desastre e cuja classe política é uma vergonha, sem falar na corrupção. Qual das duas versões estará certa? É claro que todos esses defeitos já existiam antes, mas eles não pareciam o principal; e é claro que aqueles méritos do Brasil novo continuam a existir, mas parece que já não dão a tônica. O espírito crítico, que esteve fora de moda, para não dizer excluído da pauta, teve agora a oportunidade de renascer. A energia dos protestos recentes, de cuja dimensão popular ainda sabemos pouco, suspendeu o véu e reequilibrou o jogo. Talvez ela devolva à nossa cultura o senso da realidade e o nervo crítico. Sem falar no humor, que nos seus momentos altos ela sempre teve.
— Roberto Schwarz
Publicada em parceria com o portal Carta Maior e com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, a obra segue a linha do livro Occupy: movimentos de protestos que tomaram as ruas, com o mesmo formato e preço (R$10,00 o impresso, R$5,00 o e-book), e consolida uma nova coleção da Boitempo, de livros de intervenção e teorização sobre acontecimentos atuais, intitulada “Tinta Vermelha”, em referência a um trecho do discurso do filósofo esloveno Slavoj Žižek no Occupy Wall Street, em 2011. Para tornar o livro acessível ao maior número de pessoas – estimulando-as, quem sabe, a ir às ruas por mudanças –, autores cederam gratuitamente seus textos, tradutores não cobraram pela versão dos originais para o português, quadrinistas e fotógrafos abriram mão de pagamento por suas imagens, o que possibilitou deixar o volume a preço de custo.
Debates de lançamento de Cidades rebeldes
A editora realiza, no dia 22 de agosto, um ciclo de debates sobre o direito à cidade e as “Jornadas de Junho”, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com alguns dos autores do livro.
São Paulo
com Paulo Arantes, Jorge Souto Maior, Ruy Braga, Karl von Holdt, Raquel Rolnik, Silvia Viana, Lincoln Secco, MPL e Roberto Schwarz (a confirmar)
22 de agosto | quinta-feira | 17h e 19h30
Sala 14 | Prédio de filosofia e Ciências Sociais | FFLCH | USP
Cidade Universitária | São Paulo | SP
Confira a página do evento no Facebook.
Rio de Janeiro
com Mauro Iasi, Carlos Vainer, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira
22 de agosto | quinta-feira | 18h
Auditório Manoel Maurício | CFCH | UFRJ
Campus Praia Vermelha | Rio de Janeiro | RJ
Confira a página do evento no Facebook.
Gostaria q a Boitempo publicasse um livro sobre como alguns representantes da Direita criaram essa conversa fiada de pedir por manifestações sem partido q acabou virando palavra de ordem. Não nos enganemos: essa é uma estratégia do pensamento reacionário em nosso país: Eles tentaram tornar o DEM e o PSDB populares (“Serra é do bem”) e não conseguiram…A estratégia agora é desideologizar até um ato de protesto.
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As manifestações de junho, tendo pico nos dias 17 e 18 foram manifestações onde a multidão se constelou, sem ser convocada por uma entidade centralizada, ao contrário daquelas manifestações que ocorreram no mes de julho, onde eram convocadas por hierarquias, transformando as pessoas em massas arrebanhadas. Isto do ponto de vista da emergência da sociedade em rede. Como escreveu o pensado Augusto de Franco: (…) Enfatizei também que não se trata mais de massas convocadas por organizações centralizadas, mas de multidões de pessoas consteladas de modo distribuído (e que se não entendermos isso não vamos entender nada).”
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alguém tem que fazer algo eles que ñ vão fazer; Desse jeito que ñ pode continuar.
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