Lançamento Boitempo: O capitalismo como religião, de Walter Benjamin
A Boitempo acaba de lançar O capitalismo como religião, livro inédito de ensaios do filósofo alemão Walter Benjamin (1892 – 1940). Com organização de Michael Löwy, um dos maiores estudiosos brasileiros de Benjamin (autor de Walter Benjamin: Aviso de incêndio), a obra integra a Coleção Marxismo e Literatura, coordenada por Leandro Konder e pelo próprio Löwy. A edição conta ainda com textos de Jeanne-Marie Gagnebin e Maria Rita Kehl.
A versão eletrônica (ebook) já está à venda nas livrarias Saraiva, Travessa e Google Play, dentre outras.
Confira abaixo o texto de quarta capa escrito por Jeanne-Marie Gagnebin:
Com este livro o leitor tem em mãos escritos de Walter Benjamin em sua maior parte desconhecidos não só do público brasileiro mas dos estudiosos e leitores do autor em geral. Com a liberação da obra de Benjamin para o domínio público, muitos ensaios surpreendentes vêm à tona, em particular os ditos de juventude, isto é, produzidos antes de seu primeiro contato com a teoria marxista, a partir da amizade com Asja Lācis e Bertolt Brecht.
Fiel à sua chave de interpretação, apresentada em numerosos livros, Michael Löwy escolheu textos que vão de 1912, quando Benjamin participa do movimento da “Jugendbewegung”, do qual se distancia no início da Primeira Guerra Mundial, até os anos mais decididamente militantes, no exílio, de 1933 a 1940. Segundo Löwy, trata-se de mostrar como Benjamin soube unir, na sua rejeição contundente ao capitalismo, impulsos oriundos tanto do romantismo alemão quanto do messianismo judaico e do marxismo libertário.
Vale ressaltar o ensaio que dá o título ao livro, “O capitalismo como religião”, de 1921, no qual Benjamin exerce uma crítica feroz ao capitalismo, promovido a religião universal da Schuld (isto é, tanto “dívida” quanto “culpa”), assimilando num gesto ousado as reflexões de Friedrich Nietzsche, Max Weber, Georg Simmel e do teórico anarquista Gustav Landauer. Tal texto pode ajudar a estabelecer uma distinção mais fina entre os conceitos de religião e teologia no pensamento de Benjamin.
Também deve ser mencionada a importância dos escritos ligados à redação da tese de livre-docência sobre a Origem do drama barroco alemão assim como de várias resenhas de Benjamin, que tentam questionar o presente por uma retomada crítica da tradição histórica e literária.
Benjamin é genial!
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Quando estará disponível para compra?
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Sílvia, o livro já está disponível em algumas livrarias!
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O bom e velho Benjamin não só nao perdeu a atualidade, mas esta cada vez mais atual.
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