Lançamento Boitempo: Nova classe média?, de Marcio Pochmann
A Boitempo Editorial lançou em maio o novo título da Coleção Mundo do Trabalho (coordenada por Ricardo Antunes): Nova classe média? – O trabalho na base da pirâmide social brasileira, de Marcio Pochmann, Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O autor participará de um debate de lançamento do livro na próxima quarta-feira, 06 de junho, na PUC-SP (saiba mais, confirme presença e convide seus amigos na página do evento no Facebook).
O livro está à venda nas livrarias de todo o país e pode também ser adquirido em versão eletrônica (ebook), pela metade do preço do livro impresso, nas lojas Gato Sabido, Livraria da Travessa, dentre outras.
Leia abaixo o texto de orelha do livro, escrito pelo economista José Dari Krein (professor do Instituto de Economia da Unicamp):
Marcio Pochmann apresenta nesta obra uma compreensão importante e diferente das transformações recentes ocorridas no país com a volta do crescimento econômico. Sua tese, em contraposição à visão predominante que busca explicar o atual processo pela emergência de uma nova classe média, é que a melhora dos indicadores na distribuição da renda do trabalho e o aumento de sua participação na riqueza gerada concentram-se, fundamentalmente, na base da pirâmide social, o que mostra também os seus limites. O Brasil teve um crescimento muito forte de ocupações formais, especialmente nos setores com remuneração próxima ao salário mínimo: caso de 94% do trabalho criado entre
2004 e 2010. Esses setores foram protegidos pela política de valorização do piso salarial, o que ocasionou um expressivo incremento em sua renda. No entanto, isso tende a uma crescente polarização entre “os trabalhadores na base da pirâmide social e os detentores de renda derivada da propriedade”.
O livro apresenta com clareza as diferentes formas de inserção precária no mercado de trabalho, assim como os imensos desafios para uma efetiva estruturação desse mercado em nosso país (emprego de qualidade e protegido). Apesar dos avanços recentes, a dinâmica das ocupações e do rendimento requer algo mais do que a inserção das pessoas como consumidoras. Com isso, recoloca-se a necessidade de construir serviços públicos de qualidade e gerar postos em setores mais complexos, aspectos decisivos para enfrentar a heterogeneidade e precariedade do trabalho, ainda persistentes.
Tendo como propósito a importância de estudar a base da pirâmide social, este livro nos provoca para uma reflexão sobre as características das ocupações e das relações laborais em alguns segmentos, como: trabalho para famílias; atividades primárias e autônomas; trabalho temporário e terceirizado. Em cada um dos capítulos, o autor defende pontos de vista que não são consensuais entre os especialistas, o que torna ainda mais importante sua leitura para compreender e debater as formas de luta das parcelas da população localizadas na base da pirâmide social brasileira.
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