Lançamento Boitempo: A rima na escola, o verso na história, de Maíra Soares Ferreira

A Boitempo Editorial lançou em abril o livro A rima na escola, o verso na história, de Maíra Soares Ferreira (que tem experiência na área de Psicanálise e Educação, com ênfase em educação popular, cultura e memória). O livro apresenta a luta pela preservação da cultura popular afro-indígena e sertaneja e sua transmissão às novas gerações, em comunidades como a da favela do Real Parque, na capital paulista, formada por migrantes descendentes da aldeia Pankararu (PE). 

A obra, ganhadora do prêmio Patativa do Assaré (MinC, 2010), terá noite de autógrafos em São Paulo na quarta-feira 30 de maio, das 19h às 21h, na Livraria Cortez (Rua Bartira, 317). Confirme presença e convide seus amigos na página do evento no Facebook.

Leia abaixo o texto de orelha do livro, escrito por Moisés Rodrigues da Silva Júnior:

Neste trabalho seguimos o processo de subjetivação de um coletivo de trabalhadores afro-indígenas sertanejos que, após ter sido levado para São Paulo como mão de obra da construção do estádio do Morumbi, ocupou um terreno à beira da marginal Pinheiros.

Dois organizadores articulam a empreitada: a arte, como um estado de encontro
no qual ecoam as vozes da tradição, traduzidas pelos instrumentos do lugar e da época; e o grupo, como o lugar de uma experiência original do inconsciente e de certas formas de subjetividade.

Maíra Soares Ferreira, ao reconhecer a importância da mestiçagem étnica e cultural presente na realidade sertaneja nordestina, propõe apreender – por meio dela – a diversidade das culturas e dos povos luso, indígenas, africanos, latinos e americanos. Com isso, no caso dos jovens alunos do Real Parque, em vez de eles se pensarem como “favelados”, segue-se a possibilidade de eles (re)criarem, para si, diferentes identidades híbridas.