O chichisbéu
Você deve estar pensando: o que é isso? Em primeiro lugar, por que é “o” chichisbéu, e não “a” chichisbela, ou a “chichisboa”? Vamos então às definições.
Um chichisbéu… bem, digamos, um chichisbéu é alguém merecedor de epítetos e chalaças. Jamais será digno de encômios. Ninguém dirá, ao ver se aproximar um da laia: alvíssaras! Ao contrário, todos dirão: Irra! Cáspite! Com a breca! Que carambolim! Pois a chegada de um chichisbéu sempre provoca um chimbalau na festa.
Um chichisbéu, ainda que porte um jacoto, sempre se achará casquilho, pois é dado a chibantear. Entretanto, é certo que dificilmente se tornará um xabregano. Isto confirma, aliás, o conhecidíssimo dito popular, “quem nasceu para xabrega jamais chegará a xabregano”.
Um chichisbéu é aquele biltre que está sempre a coscuvilhar as raparigas, e a fazer-lhes patuscadas. Se você está na festa, e decide contar uma história em que foi antagonista algum brutaz, aliado a um bando de asseclas, só floreando um pouquinho para ver se consegue catrapiscar alguma miosota na chilreta, o chichisbéu é aquele aziago que virá admoestá-lo: “não, não, não foi assim; na verdade o labrego não era tão goldre, nem procedia como vindo de algum valhacouto de valdevinos; aliás, não se pôs de permeio à choldrabolda porque maquino fora, mas sim por mero hábito de leriante”. Quer dizer, além de atolar-te o avanço em relação à edível, o safardana quer impor-se como ecdótico! Bofé! Só aplicando-lhe um caluete!
Não há mezinha capaz contra um chichisbéu. Ele é fumeta. O único modo de dar-lhe um quinau é sair à francesa, mal ele se disponha à parolagem em tua freguesia, porque certamente se cotovia ou seriema notar em tua caçapa, ele quererá primeiro fazê-la chimarrã, para depois albergá-la em sua soroca. E não há superá-lo em solércia: suspicaz, ele te fará parecer somelga aos olhos da semeada; e colherá o ainda solhorento broto com filáucia, deixando-te a contemplar brulotes. Ou no máximo com alguma semelé.
Portanto, diante de um chichisbéu é melhor alcantilar-se bem a pique do que depois prantear a asa que partiu. E se com tal cristalina explicação você ainda não sabe o que é um chichisbéu, ora figas, vá queixar-se ao cardeal porque bispo para tal esturdície é pouco, seu capadócio!
Já capadócio quer dizer… bem, fica para outra.
Glossário para entender “O chichisbéu”, por ordem de entrada em cena.
Ele mesmo, o chichisbéu – Em português antigo também se dizia o sigisbeo, e se escreviam ambas as palavras com “o” no final. A primeira referência escrita da palavra data de 1727, importado do italiano “cicisbeo”, cuja referência primeira data do ano anterior, 1726. Também nesta época o termo aportou no francês, igualmente importado do italiano. Esta velocidade de passagem de uma língua para a outra sugere a intensidade da imitação do gosto nos salões do tempo, ainda aristocráticos, mas em processo rápido de aburguesamento, graças à importação de modas e trejeitos. O “cicisbeo” originalmente designava um “chevalier servant”, ou seja, um “cavalheiro de companhia”, que acompanhava uma dama de linhagem mais alta do que a dele, e dirigia-lhe ditos elegantes e de efeito. Coisa de safado atrás de favores, nem sempre sexuais, mas de sobrevivência, para falar em castiço. Mais ou menos como o trovador medievo que dedicava um poema à castelã. Nem por sombra imaginava ele um romancete. Queria dizer mesmo: “olha como sou bom para educar seus filhos, em troca de comida, um canto aquecido para dormir e, se der, algumas moedas”. Com o aburguesamento definitivo dos salões, quando neles podia entrar qualquer um, desde que tivesse ou aparentasse ter muito dinheiro ou dívidas em relação aos outros frequentadores, “chichisbéu” passou a designar simplesmente o sujeito que dirigia galanteios insistentes às senhoras e senhoritas presentes. De acordo com o Houaiss, a base da palavra em italiano seria uma onomatopéia, “cici”, pronunciada “tchitchi”, que sugere o ciciar de palavras ao pé do ouvido das disputadas damas. A essa raiz se acresceu a terminação “beo”, provavelmente sugerindo “belo”, mas também derivada de nomes como “Matteo” ou “Taddeo”, que devem ter sido personagens que se destacaram na arte de chichisbelar junto ao belo sexo.
Epítetos, chalaças, encômios – Convenhamos, leitor ou leitora, deixe de preguiça e vá procurar um dicionário.
Alvíssaras – Expressão da preferência do político João Amazonas, do PCdoB, que, ao saber da queda de Gorbachev, na finada União Soviética, derrubado pelos velhos estalinistas, escreveu um artigo na Folha de São Paulo intitulado “Notícias Alvissareiras”.
Irra! Cáspite! – Qualquer romance do século XIX está cheio destas exclamações, que indicam contrariedade, incômodo. Sinônimos mais civilizados e menos ridículos para os dias de hoje: “Aaargh! Puta que o pariu!” Sobre a ideia hoje corrente de civilização e ridículo, nada a comentar.
Com a breca! – Sempre me perguntei quem ou o quê seria essa tal de “breca”, e o que seria de nós se ficássemos “sem a breca”. Depois fiquei sabendo que “breca” era sinônimo de “cãibra”, que a gente nunca sabe quando vai atacar. Era, portanto, vista como uma coisa ruim, de origem diabólica, como todas as coisas ruins, e inesperada. Como o diabo tem pelo menos duas faces, uma ruim, mas a outra simplesmente traquinas, safada, brejeira, “breca” também passou a designar “traquinagem”. Daí, por exemplo, dizer-se ainda hoje “levado da breca” para um moleque safado. Portanto, pode-se deduzir que “com a breca!” é uma expressão abreviada de algo mais ou menos assim: “Essa coisa surpreendente veio (ou deve ir embora, se for ruim) com a breca”, isto é, com as artes de maldade ou de peraltices próprias do diabo, aquelas que são as inesperadas. Hoje quase não usamos mais essa expressão tão “out of fashion”; preferimos uma interjeição mais elegante e palatável, como “Puta Merda!”, que quer dizer também que algo “veio” ou “deve ir embora” como um monte de merda. Sinceramente, eu não me achava capaz de enjambrar uma explicação destas. Com a breca!
Carambolim – É uma palavra aparentada com carambola. Designava uma perda em cascata, num jogo de mesa, como o de cartas. Era algo como perder três mãos em seguida uma da outra, e ainda uma por causa da outra. A imagem vinha de jogos com bolas, como o bilhar ou antecessores, com bolas batendo umas nas outras e levando à perda de quem está olhando. Em todo caso, pode confiar: é uma desgraça.
Chimbalau – Prejuízo, problema, atrapalhação. Agora, o que chimbalau tem a ver com prejuízo, não tenho a menor ideia. Deve ter sido por causa de um balão que um chim soltou numa festa, e que estourou. Quem quiser que conte outra.
Jacoto – Pau pequeno. Sem comentário.
Casquilho – Vestido como janota, quer dizer, exageradamente elegante. É interessante pensar que “casquilho” pode ter a ver com “casco”, “casca”, isto é, envoltório, roupagem. É, mas não descobri qualquer prova de que tem.
Chibantear – Sinônimo de chibar, que quer dizer mostrar-se fanfarrão, janota, casquilho. Parece que vem de chibo, que quer dizer “cabrito jovem”. O que leva à conclusão de que os cabritos jovens devem ter ser muito exibidos antigamente. Hoje, se algum se exibir, vai pro espeto ou pra panela.
Xabrega, xabregano – Xabrega quer dizer coisa sem valor, vagabunda. Deve ser uma antecessora da contemporânea “brega”. Já “xabregano” é o monge do convento de Xabregas, na Espanha, da Ordem dos Franciscanos. Agora, o que xabrega tem a ver com xabregano, confesso não ter a menor ideia. Também, se você ainda não descobriu por que quem nasceu para xabrega nunca chegará a xabregano, é porque você de fato nasceu para xabrega, e nunca chegará a xabregano.
Biltre – Masculino de “biltra”, mulher vil, de má condição. Imagine então o que o biltre pode ser. Para o português, veio do castelhano “belitre”. Isso nos deve fazer supor que havia uma castelhana “belitra”. Ba, devia ser supimpa. Já supimpa…
Coscuvilhar – Bisbilhotar, imiscuir-se, esgravatar, ciscar. O que queria dizer vilhar, pra gente vilhar cos… deixa pra lá.
Raparigas – Aquelas à cuja sombra é delicioso ficar. Sobretudo quando dão. Flores, é claro, conforme o Marcel. No Brasil, igual a folgada. Em Portugal, equivalente a moçoilas. Não sabes o que é moçoila? Então jamais estarás à sombra delas em flor. Sinto muito.
Patuscadas – Brincadeiras e folganças, como aquelas que os patos costumam fazer nas escadas, tentando subi-las ou desce-las. Quem quiser que conte outra…
Brutaz – Bruto assaz..
Catrapiscar – Se você não sabe o que é, descubra logo, pois quem não catrapisca se trumbisca, como dizia o finado Chacrinha. Por volta de 1968 a gente costumava catrapiscar uns breguetes aqui e ali.
Miosota – Flor. Miosótis. Também dita flor-de-lis. Aquela que Milady tinha no ombro, marcada a fogo. Quem é Milady? Ora vá se roçar nas ostras! Se não sabe, que adolescência teve? Flor de lis. Se quiser saber, leia Os Três Mosqueteiros.
Chilreta – Colar de corda com uma aselha. Esclarecedor, não?
Aziago – Que traz mau agouro, azarento. Que só lembra de coisa ruim. Em geral, nos governos, ocupa o Ministério da Fazenda ou o Banco Central.
Labrego – Homem de sentimento brutaz. Quer dizer “lá, eu brego”, eu brigo. Caramba, a que ponto cheguei, inventando algo assim!
Goldre – Indivíduo desavergonhado. Mistura de biltre com labrego. Sinônimo: Labregolde, o que não quer dizer nada. Nada: tema para a Filosofia. Então: Goldre: assunto filosófico. Donde, o Departamento competente que se arranje. De preferência, na Delegacia. Que, aliás, está cheia de goldres, labregos, labregoldes, aziagos, chilretas, miosotas, brutazes e o escambau.
Valhacouto – Também dito valhacoito. Abrigo, refúgio, tugúrio. Coito (ou couto) quer dizer um pedaço de terra ocupado e defendido. Quem diria, hein? Daí vem acoitar, dar abrigo, ou acoitar-se, procurar abrigo. O resto é com Freud. Valha-me o Couto! Que, aliás, deve ter sido um chefe de Capitania no Brasil. Cheio de coutos. Mas se enfiando certamente pelos coitos. É claro que só pelos pedaços de terra, gente!! Vocês pensaram o quê?!
Valdevinos – Vadio, estróina. Parece que derivou de um Balduíno, que devia ser um grande valdevinos. Que na Espanha plantava “vinos” em um “val”. Daí Valdevinos. Meu Deus, que explicação valdevinas!!
Choldrabolda – Choldra é um ajuntamento de gente bagunceira e desordeira. Imagine então a choldrabolda! É de pôr sebo nas canelas e depois dar às de Vila Diogo!
Maquino – Assaltante. Assaltante de estrada. Será que vem de “maquis”, aquela vegetação cerrada na França e na Córsega que dava abrigo aos assaltantes e depois à Resistência durante a Segunda Guerra? Si non é vero, é bene trovato. Mas no Cerrado brasileiro, isso daria simplesmente “cerradino”, o que não valeria grande coisa. Maquino, europeu, é melhor, porque lembra “máquina”. “Civilisé”.
Leriante – Indivíduo falastrão, fanfarrão, dado a lérias. Veja só. Ante ele, só no pau. Quero dizer, na pancadaria. Pensou o quê?
Edível – Comível. Mulher edível. Sem comentários.
Safardana – Biltre. Possível derivação de uma das acepções de safar, que é subtrair, furtar. Dana era a mulher do sultão Safar-el-Din. Quer dizer, ela brinca com el-Din, e ele se dana. Daí, Safardana: a mulher que furtou a felicidade do sultão Safar. Deve estar na maravilhosa história, os Mil e um dias, em que o sultão conta histórias para sua mulher etc. Ou será o contrário?
Ecdótico – De Ecdótica, ciência que ajuda a fixar os textos. Há um tipo de chato de festa ou roda de conversa que não tem nada para contar. Então ele embarca no que os outros contam. A gente conta uma piada e ele corrige: não, não, eu conheço uma versão melhor, que é assim… Ou então alguém conta um fato engraçado que aconteceu com um político e ele: não foi bem assim não, pois segundo o Jornal X o que se passou foi o seguinte etc. etc. Da próxima vez em que isso acontecer, olhe o biltre firme nos olhos e diga: “Cáspite, seu labrego; ponha-se daqui com sua ecdótica falastraz”. Depois olhe o efeito na turma. Algum fará, sem dúvida.
Bofé – Acho demais essa exclamação. Vem de “à boa fé”, ou seja, “à luz da boa fé”. É óbvio que caiu em desuso. Hoje se diria “francamente”, “sinceramente”. Também está caindo em desuso. Mais comum, hoje: “merda!”.
Caluete – A estaca afiada que se usava no empalamento. O Conde Drácula, o histórico, que se chamava Vlad Tepes, parece que entendia disso como ninguém. Há até um quadrinho, em xilogravura, que mostra o Conde almoçando à sombra de centenas de seus inimigos turcos empalados. Gente fina. Mas é bom desconfiar desses quadrinhos: vendidos em livros depois da invenção da imprensa, eles davam muito dinheiro. Dizem que Vlad Tepes mandou empalar milhares de inimigos. Não é verdade. Foram apenas algumas dezenas. O que mostra que ele era um ser civilizado, numa época em que papas mandavam queimar às mancheias.
Mezinha – Remédio. Imagino que seja porque remédio costuma ficar em cima da mesinha, ao lado da cama. Esta, si non é vera, é horrível também.
Fumeta – Antigamente havia um papelzinho que se queimava para espantar mosquito. O cheiro era tão medonho que espantava tudo: até gente, gato e cachorro, vampiro, chato com e sem galocha, até santo e o diabo a quatro. Daí “fumeta” ficou para expressar o cara ou aquilo que ninguém aguenta. Este glossário, por exemplo, é fumeta.
Quinau – Uso metafórico, para “aplicar um corretivo”. Originalmente o “quinau” era a marca que os professores faziam nos trabalhos dos alunos assinalando os erros. Daí, “dar um quinau” passou a designar a ação de “admoestar alguém com palavras”, demonstrando-lhe o erro. E depois deslizou para “dar uma lição”, “deixar alguém em dificuldades”, sem ação. Agora, por que raios um quinau é um quinau tem uma explicação deveras suspicaz. Parece ter derivado de uma expressão “quin autem”, tataravó latina da nossa “mas muito antes pelo contrário”. Ou seja, era o que introduzia a argumentação adversa à de quem, ao contrário de dar, levava o quinau.
Sair à francesa – Sair à sorrelfa, escapar-se sem dar na vista, sem despedir-se. Não sei de onde vem esta expressão. Todos os franceses que conheço sempre se despedem muito polidamente. Alguns são muito salientes até, sobretudo se há damas ao redor, pondo-se muito chichisbéus com elas. Vai ver que os franceses só saem à francesa na França.
Chimarrã – Chimarrão é o animal doméstico, ou, se for gado, criado na estância, que depois volta à vida solta, selvagem. No vizinho Uruguai e no pampa brasileiro fronteiriço, virou uma raça de cachorro, hoje domesticada de novo: o “cimarrón”. Nas colônias francesas, “marron” era o escravo fugido. Enfim, são essas belas coisas da civilização.
Soroca – Pequena grota aberta naturalmente pelas chuvas e que serve de abrigo para animais silvestres. Ou então devia ser uma senhora oca, de algum índio muito rico. Escolha sua explicação preferida.
Solércia, suspicaz, e logo mais adiante filáucia – Solércia é uma das qualidades do suspicaz, que consegue combiná-la com a sua proverbial filáucia. Suspicaz é aquele usa de sua filáucia solertemente. Enquanto filáucia é, das qualidades do suspicaz, a mais solerte. Fácil de entender, não?
Somelga – Sinônimo de bisbórria, pessoa sem muita importância. És somelga?
Semeada – Diz-se da quadra de terra que acabou de ser semeada, para futura colheita.
Solhorento – Prematuro. Que recém tomou sol, e portanto ainda é muito novo para a colheita. Que apanhou sol mas ficou ao relento. Essa última fui eu que inventei. As outras, algum outro biltre.
Brulote – Barcaça velha que se enchia de explosivos e se infiltrava entre os navios inimigos, para faze-los ir pelos ares. Do francês “brûlot”. Assim como Cocote, que deve ter vindo de… Deixa pra lá.
Semelé – Essa é extraordinária. Segundo o Cândido de Figueiredo uma “semelé” é “uma mulher enrugada, mas cheia de malícia”. Será uma definição arcaica de “sogra”? Salomé? Prefiro a última. Uau!
Esturdície – Qualidade de quem fica lendo, ou pior, escrevendo um glossário desses.
Capadócio – A Capadócia era uma região muito pobre e desassistida de tudo, lá pela Ásia Menor, ao sul do Cáucaso, próxima da Armênia e da Anatólia. Muita gente emigrou de lá. Na Europa, “Capadócio” virou sinônimo de “trapaceiro”. No Brasil, de “tapado”. Nada muito lisonjeiro, não? Quero dizer, nada lisonjeiro para quem fica inventando e usando esses adjetivos. Mas há compensações: São Jorge é o padroeiro da Inglaterra e um santo muito forte, padroeiro do Brasil. Ele e Nossa Senhora Aparecida são nossos protetores maiores. Além do mais, ele é um santo sincrético, que visita outras religiões. No Rio Grande do Sul, também atende pelo nome de Ogum. Na Bahia, Oxossi. Uma mãe de santo me disse que sou filho dele. E ele era da Capadócia, o que me faz ser um pouco capadócio. Com muita honra.
Para escrever essas esturdícies acima consultei muitos dicionários, como o Houaiss, o Aurélio, o Cândido Figueiredo, o Lello Universal, o Caldas Aulete, o Larousse du XIXème, a Grande Enciclopédia Italiana, e “Emília no país da gramática” e “Viagem ao céu”, do Monteiro Lobato.
E a cachola. Já cachola…
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Dois livros de Flávio Aguiar publicados pela Boitempo Editorial já estão disponíveis para venda em versão eletrônica (ebook): o romance histórico Anita, sobre a vida de Anita Garibaldi, e seu livro mais recente, Crônicas do mundo ao revés. Ambos estão à venda na Livraria Cultura e no Gato Sabido.
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Flávio Aguiar nasceu em Porto Alegre (RS), em 1947, e reside atualmente na Alemanha, onde atua como correspondente para publicações brasileiras. Pesquisador e professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, tem mais de trinta livros de crítica literária, ficção e poesia publicados. Ganhou por três vezes o prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, sendo um deles com o romance Anita (1999), publicado pela Boitempo Editorial. Também pela Boitempo, publicou a coletânea de textos que tematizam a escola e o aprendizado, A escola e a letra (2009), finalista do Prêmio Jabuti, e o recente Crônicas do mundo ao revés (2011). Colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às quintas-feiras.
Flavio Aguiar esse glossário foi muito”trabalhoso” ? Então da próxima vez, fala de política…é menos cansativo… É só uma sugestãozinha , tá? Ah! e sabe que mais ? acho que “sair à francesa” tambem poderia ter tido origem no fato de os franceses quando estavam em quartos em que não deveriam ter entrado (por motivos óbvios), precisavam sair muito discretamente, sem serem notados …Que acha ? Mas só um texto como este para nos fazer esquecer por uns minutos que Ali Babá e os Quarenta (?) Amigos ainda vivem e estão entre nós.
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