Debate sobre “O romance histórico” de György Lukács (28/09 no Goethe-Institut SP)

Arlenice Almeida da Silva, Jorge de Almeida, Sandra Guardini Vasconcelos e Carlos Eduardo Ornelas Berriel debatem "O romance histórico" de György Lukács

A Boitempo Editorial e o Goethe-Institut de São Paulo realizaram na noite de ontem, 28 de setembro de 2011, debate de lançamento de O romance histórico, do filósofo húngaro György Lukács. A Boitempo tuitou os melhores momentos do debate ao vivo em seu perfil no Twitter, leia seleção desses momentos abaixo e confira as fotografias do evento no álbum da editora no Facebook.

Agradecemos a presença de todos! Acompanhem nossas redes sociais para se informarem sobre próximos eventos da editora.

19:50 – Wolfgang Bader, diretor regional do Goethe-Institut na América Latina, abre o debate destacando a variedade e atualidade de Lukács

19:55 – Carlos Eduardo Ornelas Berriel, professor da Unicamp, inicia sua fala destacando a maturidade de Lukács em “O romance histórico”. 

20:00 – “Lukács participou vividamente no debate estético do início do século XX, como Adorno, Benjamin, Bloch, Brecht…” (Berriel)

20:02 – “Para Lukács, o valor estético independe da ideologia por trás da obra.” (Berriel)

20:04 – “Este ‘O romance histórico’ é a grande obra do autor durante sua moradia na URSS, na qual desenvolveu sua estética.” (Berriel) 

20:07 – “Lukács coloca em destaque a questão de como demonstrar na ficção a forma como a história molda os indivíduos.” (Berriel) 

20:14 – “O romance histórico se foca em períodos de crise na história e por este motivo não pode ser abstraído na forma.” (Berriel)

20:15 – “Lukács esclarece, portanto, através da literatura, a forma como a história interfere na construção do sujeito.” (Berriel) 

20:17 – Arlenice Almeida da Silva, professora da Unifesp, inicia sua fala agradecendo a Boitempo por tê-la convidado a apresentar o livro.

20:22 – “A publicação de ‘O romance histórico’ possibilita ao leitor brasileiro acesso a uma das grandes obras do filósofo.” (Arlenice)

20:24 – “Neste livro, temos acesso a grande aspecto da obra lukacsiana em seu estudo da literatura, inspirado por Marx e Hegel.” (Arlenice)

20:30 – “O gênero romance é moderno porque problemático, a forma e o tempo nada reconciliam. Eis a tese de ‘A teoria do romance'” (Arlenice)

20:34 – “Cabe refletir sobre os motivos de Lukács retomar os impasses de ‘A teoria do romance’ em ‘O romance histórico’.” (Arlenice)

20:36 – “Paralelo a ‘O romance histórico’ Lukács escreveu ‘O jovem Hegel’, introduzindo Hegel no debate sobre o romance.” (Arlenice)

20:44 – “Lukács apresenta problema: a história provoca alteração formal, uma forma épica na qual se dá o eclipse do herói épico.”

20:46 – “Portanto, estudar a forma possibilita investigar os motivos históricos pelos quais o sujeito não se constitui.” (Arlenice)

20:50 – “Lukács buscou comprovar que a historicidade é mais forte no romance histórico do que no drama.” (Arlenice) 

20:52 – “Para Lukács, a forma é engendrada pela matéria histórica (e não pela subjetividade).” (Arlenice)

20:54 – Sandra Guardini Vasconcelos, professora de literatura inglesa da Usp, inicia sua fala, focada na obra de Walter Scott.

20:55 – “A teoria do romance pensa a questão da forma literária como arte, mas não foi assim que o romance surgiu.” (Sandra)

20:57 – “Lukács destaca a forma como, no romance histórico, o herói aparece como medíocre, ordinário. Eis sintoma de nosso tempo.” (Sandra)

21:00 – “Walter Scott teve grande impacto no cenário literário de sua época e depois perdeu foco. Lukács o recuperou.” (Sandra)

21:02 – Jorge de Almeida, professor de teoria literária e literatura comparada da Usp, inicia fala elogiando a edição brasileira do livro.

21:09 – “A leitura de ‘O romance histórico’ é densa e provocativa. A tradução da Boitempo contribui muito para essa experiência.” (Jorge) 

21:11 – “O livro conclui questionando o que será do romance histórico dali em diante.” (Jorge)

21:13 – “O livro reconsidera ‘A teoria do romance’ tendo em vista a apropriação da história pelo nazismo. Que será da história?” (Jorge)

21:14 – “Para Lukács, quando da escrita do livro, fazia-se necessário objetivar a união das massas contra a ascensão nazista.” (Jorge)

21:16 – “Lukács recupera uma tradição literária (Scott, Balzac) mas condena outra que entendemos como muito importante hoje em dia.” (Jorge)

21:17 – “Lukács condena a literatura da má consciência burguesa, do realismo pós século XIX.” (Jorge)

21:19 – “Para Lukács, o que importa é o contato com o povo, daí importância de sua leitura no Brasil.” (Jorge)

21:21 – “A literatura brasileira tem por tradição a problematização da constituição do sujeito histórico do povo.” (Jorge) 

21:25 – “Como diz Adorno, ‘O romance histórico’ é registro de uma história que poderia ter sido mas não foi.” (Jorge)

21:27 – “Como a história não tomou caminho que Lukács objetivava, a leitura dialética de sua obra nos permite pensar nosso futuro.” (Jorge)

1 comentário em Debate sobre “O romance histórico” de György Lukács (28/09 no Goethe-Institut SP)

  1. Boa tarde

    Ontem eu e meu amigo percebemos que os palestrantes estavam com textos a respeito do debate, logo peço a gentileza que a boitempo disponibilize-os no blog.

    Curtir

Deixe um comentário