LANÇAMENTOS
Na trilha da Comuna de Paris
Boitempo lança quatro obras especiais em outubro e novembro para celebrar ano da França no Brasil
A Boitempo prepara quatro lançamentos especiais para os próximos meses, a partir das comemorações do ano da França no Brasil. Em sintonia com a proposta editorial de estímulo ao pensamento crítico, os livros apresentam algumas contribuições da produção intelectual francesa para a compreensão e transformação da sociedade global.
Em outubro, a editora lança o Retorno à condição operária, de Stéphane Beaud e Michel Pialoux, um clássico da sociologia do trabalho. A partir de uma profunda pesquisa sobre as transformações vividas pela classe operária na década de 1980, os autores buscam compreender o processo que resultou na perda de sua expressão política. Trata-se de um retrato não só das estratégias patronais para dissuadir a organização coletiva, mas também do impacto de novas técnicas gerenciais que alteraram de maneira significativa o sentido de identidades no mundo do trabalho.
O objeto de estudo de Beaud e Pialoux são as fábricas da montadora Peugeot, da região fabril de Sochaux-Montbéliard. Além de aspectos históricos e sindicais, os autores apresentam um mapa cultural do movimento operário, ampliando o escopo da sociologia do trabalho mais tradicional. O caso dos trabalhadores franceses serve de base para um panorama amplo e pertinente para entender o mundo do trabalho hoje.
Outro lançamento da Boitempo é o Revoluções, organizado por Michael Löwy. Nesta obra histórica, o sociólogo brasileiro radicado na França reúne os principais registros fotográficos dos processos revolucionários do final do século XIX até a segunda metade do século XX. O livro convida o leitor ao percorrer a diversificada experiência das lutas populares por meio de imagens histórica, como os primeiros registros fotográficos da Comuna de Paris. Esse percurso é narrado por intelectuais como Gilbert Achcar, Rebecca Houzel, Enzo Traverso, Bernard Oudin, Pierre Rousset, Jeanette Habel e o próprio Löwy.
Nas palavras de Luiz Bernardo Pericás, que assina a orelha do livro, “as barricadas da Comuna de Paris, os camponeses e soldaderas em armas no México, os operários nos sovietes da Rússia, as revoluções abortadas na Alemanha e Hungria, os partisans anarquistas e socialistas na Guerra Civil espanhola, a Longa Marcha vermelha na China e os guerrilheiros barbudos da Sierra Maestra em Cuba são alguns dos momentos de luta e dos ‘heróis’ anônimos apresentados neste livro”.
Alain Badiou, filósofo francês nascido em Rabat (Marrocos), é autor de outra tradução que a Boitempo lançará em outubro. Em São Paulo, o filósofo francês nascido em Rabat (Marrocos) parte do discurso do apóstolo para investigar os fundamentos do universalismo. Neste ensaio, Badiou aborda a conexão paradoxal feita por Paulo entre um sujeito sem identidade e uma lei sem suporte, que funda a possibilidade na história de uma predicação universal. Para o filósofo francês, o gesto inédito de Paulo é subtrair a verdade da dominação comunitária, seja de um povo, de uma cidade, de um império, de um território ou de uma classe social.
Olivier Pétré-Grenouilleau, em A História da escravidão, analisa não só a organização produtiva deste sistema, mas como a escravidão criou raízes na maneira da humanidade conceber e interagir com o mundo. Com um texto acessível e didático, o historiador francês resgata as origens da escravidão e seus desdobramentos ao longo da história para mostrar que este duro sistema deixou o racismo e as segregações como herança para os dias atuais.
Ótimo!
Parabéns pelos lançamentos !
Não esqueçam de avisar quando haverá o lançamento/noite de autógrafos das edições.
Abraço!
CurtirCurtir