ISTVÁN MÉSZÁROS RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL

István Mészáros recebe hoje prêmio internacional pela obra O desafio e o fardo do tempo histórico

Gratificação no valor de US$ 150 mil será integralmente doada pelo filósofo à Universidade Bolivariana da Venezuela

Meszaros_venezuelaO filósofo húngaro István Mészáros receberá na noite desta segunda-feira, 14, o importante Prêmio Simon Bolivar do Pensamento Crítico (Premio Libertador al Pensamiento Crítico), em Caracas, na Venezuela. Pela conquista, Mészáros receberá uma gratificação de US$ 150 mil, uma escultura representativa do prêmio e ainda o lançamento de uma nova edição em espanhol da obra vencedora – O desafio e o fardo do tempo histórico –, lançada mundialmente pela Boitempo em 2007.

A cerimônia de premiação acontecerá no teatro Teresa Carreño, que pode abrigar até 3 mil pessoas, às 18h (horário local).  O filósofo receberá o prêmio do governo federal da Venezuela e anunciou a doação integral do valor à Universidade Bolivariana da Venezuela. Professor da universidade de Sussex, na Inglaterra, Mészáros é reconhecido como um dos principais pensadores marxistas da atualidade.

Em sua quarta edição, o prêmio Libertador recebeu mais de 100 inscrições neste ano. De acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, a escolha da obra de Mészáros foi realizada por um júri internacional composto pelo vencedor da terceira edição do prêmio, Renan Vega Cantor (Colômbia), pelo economista e pesquisador Theotonio dos Santos (Brasil), pelo sociólogo Bernard Duterme (Bélgica), e pelos escritores Judith Valencia e Juan Antonio (Venezuela).

Nascido em 1930, Mészáros graduou-se em Filosofia na Universidade de Budapeste, onde foi assistente de Georg Lukács no Instituto de Estética. Deixou o Leste Europeu após o levante de outubro de 1956 e exilou-se na Itália, onde trabalhou na Universidade de Turim. Ao retornar à Universidade de Sussex, em 1991, recebeu o título de Professor Emérito de Filosofia. Autor de obras como Para além do capital (Boitempo, 2002), A educação para além do capital (Boitempo, 2005) e, recentemente, A crise estrutural do capital e Estrutura social e formas de consciência (Boitempo, 2009), este último lançado em agosto durante o III Seminário Internacional Margem Esquerda.

 

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