PARA ALÉM DO CAPITAL: LÓGICA DESTRUTIVA E QUESTÃO AMBIENTAL
Caracterizado por István Mészáros como um sistema essencialmente destrutivo, umas das consequências perversas do sistema do capital é a destruição do meio ambiente em larga escala. Para Brett Clark, que participou nesta quinta-feira do III Seminário Margem Esquerda, o sociometabolismo do capital é incompatível com a natureza, uma vez que o sistema submete tudo a uma lógica produtiva em busca do lucro crescente – lógica que entre outras contradições, impõe uma dinâmica de progresso associado ao desperdício. O resultado é um processo de acumulação que penaliza todo o mundo, incapaz de alcançar equilibrio social ou ambiental, dada suas contradições inerentes.
Clark retomou os legados de Mészáros e Marx, destacando que a reorganização das relações de trabalho e do modo produtivo precisa contemplar a desalienação do trabalho e, ao mesmo tempo, a compatibilidade entre a humanidade e a natureza.”O curso de desenvolvimento destrutivo do capitalismo pode levar ao extermínio da humanidade, não há tempo a perder”. A ameaça ao meio ambiente é mais um fator que coloca a urgência da transformação social na ordem do dia. Nesse sentido, Carlos Walter Porto-Gonçalves, classificou esta crise como uma crise civilizatória que recoloca para os socialistas a questão ambiental, deixada por muito tempo em segundo plano pela maior parte da esquerda. Em sua contrbuição ao debate Mohamed Habbib caracterizou o sistema do capital não em crise, mas já em colapso. O conteúdo da palestra, em breve, estará disponível em vídeo no Blog da Boitempo.
Gostaria de deixar um convite a acessarem o site:
https://www.meszaros.comoj.com
Lá podem ser acessadas alguns textos do Prof. István Mészáros.
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